quarta-feira, dezembro 31, 2008

Retrospectiva 2008

Tava lendo num post antigo do meu já aposentado fotolog que minha primeira refeição em 2008 foi miojo com Doritos. Tá explicado por que eu tive tanta dor de estômago durante o ano.

Mas isso é o de menos. Porque 2008 foi O ANO! Quando chega nesse finalzinho eu sempre gosto de olhar um pouquinho pra trás e fazer um balanço do que aconteceu. E graças a Deus só me vem coisa boa à mente. Claro que passei por momentos bons e outros nem tanto, mas esses últimos eu deixo no passado. Os demais, carrego comigo.

Foi inesquecível o desfile do Salgueiro. Ensaiar é chato, cansativo e todo ano eu digo que vou dar um tempo de samba. Mas em 2008 eu cheguei à dispersão já pensando no Carnaval de 2009. A roupa era linda, a bateria estava foda (Estandarte de Ouro!) e eu aproveitei cada instante naquela avenida.

2008 foi o ano do casamento da Lu e do Thiago, do meu feriadão desvendando São Paulo, do jantar de aniversário cheio de gente legal na casa da Carol, do mega show da Madonna, da volta no tempo na festa da EDEM, do Mengão metendo 3x1 no Botafogo na final do Estadual, do ouro banhado a lágrimas do Cielo, do término da pós (agora sim!), de muito trabalho, muitos ensaios. Pelo menos acho que consegui dormir umas horinhas a mais que no ano passado. Idade.



Mas acima de tudo 2008 foi um ano de planejamento e prática. De aventura, independência, cara-de-pau, força, passos firmes e coração aberto. Muitos pensamentos. O ano em que o Velho Continente foi descoberto... por mim! Consegui, em um mês, sentir as mais diversas emoções, variar entre a ansiedade e o cansaço extremo, caminhar, respirar e sentir lugares tão diferentes, inimagináveis. Reencontrar. E conhecer novas pessoas no caminho e, por que não, pra toda a vida.

O ano é novo e podemos fazer dele o que quisermos.
Pense. Ria. Dance. Abrace. Confie.
Viaje! Por esse mundão afora ou pelo universo do seu quarto; num livro, numa música, num beijo, num olhar.

O mundo está aí. É só olhar na janela e abrir a porta.

Feliz 2009!

terça-feira, dezembro 16, 2008

Madonna é o poder!

Mais poderosa que o Obama. Mais poderosa que o Osama. Mais que a Mulher Maravilha e o Super-Homem juntos. Madonna é foda. E o show de ontem no Rio ficou pra história. Cara, se eu tivesse perdido esse momento me arrependeria pro resto da vida!!!

Ingresso comprado em cima da hora, uma semana antes do show. Arquibancada, que é mais barato. Excursão da Tia Marcela (freqüentadora assídua dos jogos do Flamengo) levando mais quatro moçoilas indefesas pro Maracanã. E Paulinha nunca havia pisado no maior estádio do mundo. Que emoção, hein, miga??!!


Nenhuma fila, nenhuma confusão. Entramos lindas e belas pela rampa do Belini e o moço segurança me reconheceu do Salgueiro! Pronto. Mais famosa que eu, ali, só a Madonna mesmo. Nunca vi o anel do Maracanã tão vazio. Vazio meeeesmo, tipo só a gente. Aproveitamos o momento, o espaço e a inspiração para sair saltitando, rodopiando e fazendo performances de “Like a virgin”. E ninguém tinha bebido (ainda).
O DJ estava tocando umas musiquinhas conhecidas e as beeshas (como diz Carol) se sentindo numa rave: mexendo os bracinhos e mandando ver na reboladinha. Todo mundo crente que o show começaria às 20h30, mas a mãe de Lourdes Maria só apareceu às 21h40. Enquanto isso, o povo fez ola, bateu palmas, vaiou e chamou a moça de piranha. Mico. Morro de vergonha dessa gente que vaia, xinga, taca lata nos outros e sobe na garupa do colega, atrapalhando a visão dos demais. Espero que o público de São Paulo não faça isso.

ÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ!!!!!!!! Começou o show!!!! Som ótimo e alto à vera, luzes, laser e várias imagens surreais nos telões. Madonna nem tinha aparecido ainda e nós já estávamos arrepiadas, loucas, pulando, aos berros. E quando ela surgiu, sentadinha na cadeira e cantando “Candy Shop” (que não é a do 50 Cent), o mundo veio abaixo. Só música boa, uma atrás da outra, mistura do CD mais recente com os clássicos que marcaram nossa infância e pré-adolescência. O auge foi com “Like a prayer”, em que a massa de 55 mil pessoas pulava e berrava como se não houvesse amanhã.
Into the groove de 'Vogue'
Duas horas a-lu-ci-nan-tes!!! Nada é “legalzinho” no show da Madonna. Tudo é bom pacaralho. Mega estrutura, mega produção, cenografia foda, performances incríveis e... a Madonna, né, gente? A mulher é sinistra! Que domínio de público! Que poder! A criatura tem 50 anos, dança sem parar, pula, faz pole dance, agacha várias vezes seguidas e tem o público na mão. E ainda deixa toda a humildade de lado pra perguntar pros súditos: “Who’s your queen??”. “Yoooooouuu”, a plebe responde, hipnotizada!! Madonna pode. Ela nos faz libertar a diva e a beesha que há em cada um de nós.
Empolgação pós-show

domingo, dezembro 14, 2008

Velha infância

Só quem estudou na EDEM sabe o que ela representa. Muito do que eu sou hoje devo a essa escola. Felizmente ela ainda existe, mas a atual sede, na Barão de Itambi 28, onde passei toda a infância e adolescência, será demolida. E ontem rolou uma festa de despedida que marcou minha vida.

Atravessei o portão e já dei de cara com o Zé, o porteiro único, tradicional e com vários fios brancos na cabeça. Parei e fiquei olhando lá pra dentro da escola. O pátio, a quadra. Nossa, como tudo parece bem menor. Eu achava aquele espaço tãããão grande e agora percebo que eu que era um ser pequeno demais. Roberta, minha melhor amiga desde a 1ª série do primário, ao meu lado em mais uma aventura.

Ai, que vontade de abraçar aquelas paredes! Que saudades daquilo tudo. Foi uma coisa de maluco encontrar a Ester, das aulas de Artes, e a Madá, a moça da cantina que me servia cachorro-quente e mate no recreio (minha alimentação já era ótima naquela época). Cara, elas me conheceram quando eu era uma pirralha, no primário ainda, e anos depois (põe ano nisso!) lembraram meu nome e me deram um abraço tão carinhoso como se eu nunca tivesse saído dali. Aí fui inventar de entrar na primeira sala que estudei, no C.A. Aquelas mesinhas tão pequenas, o abecedário todo colorido colado acima do quadro negro, o coração apertado, olhos cheios d’água, arrepio e a cabeça num dia qualquer de 1987.

E umas pessoas que eu não via há uma década, tem noção? Anete (Literatura), Gilda (Matemática), Gustavão (Música - cara, quem não teve aula com ele??), Tânia (Química – “Explosão é com ‘x’, senão não explode!”), Carlos (professor de Ciências da 8ª série que, por pouco, não lembrou meu nome), Ivani e todos os lindos e lindas que estudaram comigo ao longo de toda uma vida na EDEM, do Jardim ao 3º ano: Roberta, Andréa, Renata, Pedrinho, Mary, Laura Caldas, Bela, Laura Jacob, Sole, Raphael Ferraz, Rafael Mendes, Fernando, Miguel, Marina, Gustavo, Verônica. Cada um com a sua vidinha, com sua profissão, gente grande. Gente com a EDEM na essência. Órfãos.


O pátio

Na sala da 8ª série

Com a Ester, na sala de Artes

1991 - 4ª série


A festa da firrrrrma

Dezembro é um barato. Esse clima de encerramento de mais um ciclo, confraternizações com os amiguinhos. Mas depois das folgas que a gente ganha no Natal e no Réveillon, a melhor coisa de dezembro é a festa de fim de ano da Globosat. Eu, que já participei de umas sete, não consigo eleger a melhor. Todas são o fervo e esse ano não foi diferente.

Pra variar, estava muuuuuuito calor, mesmo com a chuva que caiu. Bebida e comida liberadas e o povo todo consciente de que era proibido cair na piscina (para evitar o constrangimento de ser retirado da festa). É ótimo. Calor da porra, nego cheio de álcool nas idéias, a festa toda acontecendo em volta daquela piscina linda, cheia da luz azul, e a gente fingindo que ela não existe.

Então a gente vai e... bebe. Porque o frozen parecia mais um suquinho, mas fez a alegria da criançada. E que alegria!! Foi um tal de sair abraçando as pessoas como se vc não as visse há séculos (mas duas horas antes elas estavam ao seu lado, trabalhando, como acontece em todos os dias do ano). E toma-lhe frozen. Aí vc começa a tirar fotos engraçadinhas. E mais frozen. Aí todo tipo de “piriguete” começa a surgir, multiplicando-se feito Gremlins. E quando a quantidade de frozens já atingiu um patamar elevadíssimo, o puto do DJ coloca o pancadão. Aí já era!!! Porque funk é uma parada bizarra. Quando começa a tocar a atmosfera muda. Os comportamentos mudam. O povo vira bicho. E quando vc dá por si, está descendo até o chão com gente que vc nunca falou na empresa. Vixe.

Só que marcam uma festa dessas pra uma quinta-feira. E na sexta todo mundo tem que trabalhar normalmente, onde já se viu? Nossa, cheguei na Globosat e estava um silêncio... parecia prédio abandonado daqueles filmes em que uma epidemia devasta toda a população. Todo mundo trabalhando com o arraso da pessoa humana. Tinha gente dormindo na van na hora de voltar pra casa. Nunca vi disso. Aí vc começa a ver umas fotos e dar umas gargalhadas incrédulas por não lembrar de metade delas.

O moço do Tráfego foi na minha sala entregar uma fita e soltou um “Que isso, Marcela! Arrasou na festa, hein”. E eu não sei o nome dele e não lembro de tê-lo visto lá. Aí liguei pra um dos meus sonoplastas preferidos (tenho que dizer que os dois são preferidos senão dá briga) e ele manda “Nossa, a equipe do Sexy Hot é funkeira”! Oi? Ainda bem que é só uma vez ao ano. Assim dá tempo de esquecer. E pensar na próxima!

Antes do frozen, com cabelos no lugar e a make intacta

Algumas horas depois...





quinta-feira, dezembro 11, 2008

Zapeando

Tenho pesquisado bastante coisa na TV ultimamente. Uma busca por coisas novas e idéias interessantes. Mas olha... tá difícil. Tirando o 15 Minutos e o CQC (que de fato chamam muita atenção por serem realmente bons, diferentes, inovadores e tal), além do Cilada e mais alguns poucos, o que sobra me faz ter raiva, às vezes pena. A impressão que passa, principalmente no que diz respeito à programação dos canais por assinatura, é que está tudo nas mãos de produtoras terceirizadas que empacotam qualquer besteira com uma artezinha, um(a) apresentador(a) bonitinho(a) e foi pra conta. Infelizmente, o conteúdo é o menos importante nessa história toda. Ok, acho ótimo haver espaço pra produtoras. É a chance de ter mais gente – geralmente jovem – trabalhando e, teoricamente, um respiro numa TV tão saturada de atrações repetitivas, pobres, bobas. Mas pouca coisa se salva, uma pena.

Tá pra nascer coisa pior que o Sexshake, do Multishow. Integrante da faixa da madrugada do canal, o programa traz umas mulheres (sem rosto) rebolando gratuitamente, uns highlights com notícias do mundo pornô (a única coisa razoavelmente interessante) e umas enquetes muito idiotas, tipo “Vc conheceu um cara lindo, gostoso, maravilhoso. Mas ele tem o pênis pequeno. O que fazer?”. Hum... posso trocar de canal? Pra piorar, quem responde são uns ex-BBBs. Pelo amor de Jesus! Discussões bobas com gente sem qualquer coisa a acrescentar! Zzzzzzzz... Sem contar o fato de que metade do programa são umas artes sem sentido, tipo MTV. Totalmente sem razão de ser. Fiquei surpresa ao descobrir que é uma produção da Conspiração, conhecida por trabalhos tão bonitinhos. Ok, vou ler um livro.

PS1: Amanhã tem festa Globosat! Oba!

PS2: Vou ao show da Madonna!!! ÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ!!!!!!! Enquanto o dia não chega, divirtam-se com o post da Carol sobre o show nas Argentinas.

PS3: Ronaldo no Corinthians? Já vai tarde! De gordo, no Flamengo, já basta o Obina!

sábado, dezembro 06, 2008

Doida demais

Eu não sou normal. Dia desses me peguei pensando profundamente nisso e cheguei à conclusão de que a normalidade é uma coisa que passa longe da minha pessoa. Não sei se isso é bom ou ruim. Não tenho condições de julgar. Só sei que fiquei, cá com meus botões, indagando: minha vida poderia ser bem normal. Eu poderia trabalhar no Disney Channel. Eu poderia dançar balé clássico. Eu poderia passar as férias com a família em Cabo Frio. Eu poderia estar casadinha, com filhos.

Mas nããããããããão!!!!!

Eu trabalho no Sexy Hot, mesmo sendo menininha delicadinha. Eu sou ritmista de escola de samba, mesmo com toda essa ausência de melanina na pele. Eu passei um mês inteiro mochilando pela Europa, mesmo sozinha. E casar e ter filhos está nos meus planos beeeeem futuros, ainda que eu já esteja chegando aos trinta.

Ao mesmo tempo é engraçado porque, ao "fugir" da normalidade, vc acaba despertando o interesse (às vezes até a admiração) de outras pessoas. Tem gente que acha o máááximo eu trabalhar na programação de um canal pornô e lidar de forma tão natural com o conteúdo (a gente se acostuma, povo!). Outros olham pra mim e acham inacreditável eu tocar na bateria do Salgueiro: “Tão magrinha, tão quietinha, tão branquela...” (pura fachada. Eu sou magra de ruim, falo pra caramba e tenho sangue de negona). Muitos amigos meus – muitos meeeesmo! – dizem não ter coragem de viajar sozinhos, ainda mais pra tão longe. Mas um deles até falou de mim pra terapeuta como exemplo de pessoa que toma iniciativa e vai atrás do que quer. Outro disse que minha viagem mudou a vida dele. Uau. E enquanto a maioria dos amiguinhos já está casando e tendo filhos, eu continuo me divertindo com os errados enquanto não acho o certo. Essa frase é velha, mas verdadeira. E outra: só me divirto com um errado quando vale a pena. Troco uma saída meia-bomba pela minha casinha sem pestanejar. Acho lindo esse negócio de casamento, bebês e tal. Mas perco a paciência quando saio com vários amigos casados que só sabem falar... da vida de casados. “Ah, quanto assunto legal... zzzzzzzzzzzzzzzzzzz”, é o que fico pensando na hora.

Putz, será que tem alguma coisa errada comigo? Será que eu já deveria estar me preocupando em encontrar alguém pra casar logo e passar o Carnaval em Cabo Frio assistindo aos desfiles pela TV?

Quantas dúvidas malucas. Mas sei lá. Pra mim essa minha vidinha ainda é muito normal.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

União faz a força e o açúcar

Muito bizarro o que está acontecendo em Santa Catarina por causa da chuva. O Profissão Repórter mostrou cada coisa que não se deseja nem ao pior inimigo. Tirando aquelas paradas clássicas de um acontecimento assim, duas coisas me chamaram muito a atenção: um abrigo que corria o risco de desabar e um supermercado saqueado pela população. Na altura dos joelhos, água suja e cheia de restos de toda a sorte de coisas. O povo agora revira a lama pra ver se ainda encontra algo. As prateleiras, vazias. Até os computadores dos caixas haviam sido levados. Do lado de fora, um senhor empurra, pela água, um carrinho com uma bicicleta novinha e umas cem garrafas de H2OH. Pra quem perdeu tudo, qualquer coisa serve pra recomeçar a vida. Pra quem quiser ajudar, contas bancárias oficiais da Defesa Civil:

Banco/SICOOB SC - 756 - Agência 1005, Conta Corrente 2008-7
Caixa Econômica Federal - Agência 1877, operação 006, conta 80.000-8
Banco do Brasil - Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7
Besc - Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0.
Bradesco S/A - 237 Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1
Itaú S/A - 341, Agência 0289, Conta Corrente 69971-2
SICREDI - 748, Agência 2603, Conta Corrente 3500-9
SANTANDER - 033, Agência 1227, Conta Corrente 430000052
BANRISUL - 041, Agência 0131, Conta Corrente 06.852725.0-5

Por falar em perder tudo, o Vasco vai cair, né? Dessa vez o vice passou longe. rsrsrs Parei de acompanhar futebol esse ano quando o Flamengo começou a dar mole (aqui entende-se eliminação idiota na Libertadores e derrotas sem-noção quando éramos liderem isolados do Brasileirão). Agora atura o hexa do São Paulo. Obina é engraçadinho, eu até teria um bonequinho dele (como diz o Bernardo), mas nunca vi jogador tão irracional e afobado. A bola vem e ele chuta pra qualquer lugar, sem pensar. O Botafogo, mais uma vez, nada, né? E se o Florminense caísse junto com o Vasco, aí sim seria um ano bem feliz.

Mas a boa é que ontem teve um jantar de confraternização do showcalho do Salgueiro. Na verdade, esse povo arruma qualquer motivo pra se reunir. E é por isso que, modéstia à parte, a gente arrebenta na avenida. Podem falar o que quiserem, mas é fato que um grupo unido, coeso, que se diverte junto, mas que trabalha por um objetivo sério consegue resultados surpreendentes. Foi assim em 2007 (quando ganhamos bônus dos jurados) e em 2008 (com o Estandarte de Ouro). Aguardem 2009, pois a gente vem com tudo!

PS: Agora, anos depois, o Bush vem dizer que errou ao insistir que o Saddam tinha armas nucleares. Ah, Bush, na moral...

PS2: Ir pra Brasília assistir a São Paulo x Goiás por, pelo menos, R$150?? Coloca um cocar e chama o Bush!