quinta-feira, setembro 23, 2010

Verdades sobre Paris

- Todo dia acontece algo estranho no metrô. Hj, por exemplo, o condutor abriu o alto-falante pra avisar que um grupo de meninas que havia entrado no trem era de "pickpockets". E é óbvio que elas estavam no meu vagão.

- Pão e derivados; queijos e derivados; chocolate e derivados; congelados e derivados. Essa é minha alimentação aqui. E mesmo com zilhões de biscoitos de chocolate no armário, eu comprei um copo de nutela.

- Para ser parisiense, basta correr pra pegar o metrô e estar sempre com fones nos ouvidos. Pode ser qualquer fone, desde os discretos do Ipod aos gigantes que vc usa pra ouvir música em casa.

- Eu sou a ÚNICA pessoa nesta cidade que lava o cabelo de manhã.

- Quando o metrô está cheio (quase sempre), a pessoa mais fedida sempre está posicionada ao seu lado, com o suvaco na altura do seu nariz.

- As pessoas adoram me pedir informações. E eu fico muito boba com isso.

- A cada dia entendo mais o que os seres humanos falam no telejornal. E eu fico muito boba com isso.

- A cada dia entendo mais os avisos do moço no alto-falante do metrô. E eu fico muito boba com isso.

- O Brasil está em alta aqui, ao contrário do Sarkozy. Semana passada, três revistas diferentes traziam matérias enormes sobre nosso país e, é claro, nosso presidente e os candidatos à sucessão. Uma delas trazia uma matéria sobre a produção de documentários no Brasil, citando Eduardo Coutinho e João M Salles! Que feliz!!

- A linha 7 do metrô tem de tudo, menos franceses.

- No último fim de semana aconteceram os "Journées europeannes du patrimoine", em que todos os museus e atrações públicas estavam abertos e com entrada gratuita. Lindo!

- Até 5 de outubro está rolando a Faire au Vin, uma época em que todos os mercados estão vendendo todos os vinhos e chapanhes e afins por preços extremamente baratos. Semana passada comprei uma garrafa de Bordeaux por menos de 3 euros.

- Comprar sapato é legal. E comprar o sapato que vc queria há um ano, mas não tinha seu número na época, e agora custa a metade do preço é melhor ainda.

- Comprei um casaco lindo. Ontem foi o último dia de verão. E cadê o frio???

- Se vc falar em francês com os franceses, eles serão simpáticos (salvo raras exceções).

- É muito bonitinho qdo os franceses falam Iphone ("Ífóne") e Ipod ("Ípód").

- As crianças são fofas e usam óculos escuros. Mimorro!!!!

- Eu não estou com saudades do Brasil, nem do Rio, nem de casa, nem do trabalho. Como diz U2, "home is where your heart is". E o meu está aqui. 

- E a mais verdadeira e que mais me dói constatar: o tempo passa MUITO depressa aqui.


quarta-feira, setembro 22, 2010

Retratos de Paris
























Paris - Vive la grève!

Na França, tudo é razão pra uma greve. Canso de ouvir aqui, dos próprios franceses: "Greve? hihihi Isso é tão francês...". E é mesmo. No último dia 7 o setor de transportes parou pq o povo está muito insatisfeito com as mudanças que o Monsieur Sarkozy planeja fazer na previdência, aumentando a idade pro pessoal se aposentar. Então os sindicatos resolveram fazer greve, pronto. Mas a greve aqui não é bagunça não! Dias antes o metrô já espalha cartazes explicando como vai funcionar (pq, na verdade, ninguém para completamente, só diminui a quantidade de carros disponíveis). E eu juro que já passei uns perrengues bem maiores no metrô nos dias em que ele estava teoricamente funcionando na boa.

Bom, acontece que os trabalhadores fizeram la fête (sim, pq a greve é mais uma festa com música que uma manifestação da massa revoltada) e o congresso aprovou a primeira parte das mudanças, como queria o maridão da Carla Bruni. Opa! E isso é motivo para... mais uma greve!!! Amanhã, dia 23, lá vamos nós de novo... Até então, nenhum problema. Mas dessa vez a ópera que eu ia foi cancelada por causa disso! Que absurdo! Tô puta tb! Vou fazer greve!


É ótimo qdo vc está no vagão e o alto-falante anuncia: "Mesdames e Monsieurs, votre attention, s'il vous plaît". Batata! É sinal de que deu merda, está dando merda ou vai dar merda. Geralmente é pra avisar que, devido a quaisquer razões, o trem vai permanecer por mais alguns minutos naquela estação. Hoje, no meio do trajeto da linha 4, anunciaram que o trem só iria até a estação seguinte (e faltavam umas 10 pra ele chegar à final); ontem disseram que o RER B, EXATAMENTE o trem que eu ia pegar, estava com o serviço suspenso por causa de dois acidentes na linha; no domingo, ficamos parados por mais de 10 minutos na linha 1; semana passada, fecharam a linha 13 pq alguém havia caído nos trilhos! Gente!!!!! O metrô daqui dá uma novela! O que se passa????

Fora o povo que está sempre com MUITA pressa, independentemente da hora. As pessoas escutam o barulhinho do metrô e saem correndo esbaforidas pra pegá-lo, mesmo sabendo que dali a dois minutos virá outro. Não interessa. Tem que ser AGORA! Quando toca o sinal avisando que as portas vão fechar, aí é que a galera fica doida e se joga dentro do vagão. E aí lá dentro fica todo mundo apertadinho, naquele calorzinho gostoso (dependendo do momento e da linha, o odor tb é uma delícia), mas existem uns banquinhos retráteis que os bonitinhos que estão sentadinhos fecham e ficam de pé quando o trem está cheio. Isso é bonito, gosto disso.

E metrô tb é cultura! Além de ser o lugar onde eu consigo ler meu jornalzinho gratuito e aprender várias expressões novas em francês, é bom pra escutar as conversas alheias. Mas o melhor foi ter aprendido que o "me dá licença" daqui é o "pardon". Vai saltar e tem 500 pessoas no se caminho até a porta? Manda um "pardon" e sai empurrando todo mundo. Ah, como é bom se sentir um habitante daqui...

sábado, setembro 18, 2010

U2 em Paris - Eu fui!

O melhor show da minha vida.









quinta-feira, setembro 16, 2010

Paris - Um banho de cultura / Giverny - O fantástico mundo de Monet

Para ler ouvindo: Cotidiano (Chico Buarque)
http://www.youtube.com/watch?v=FB4IaqWITB8


Ah, como é bom fazer as coisas com calma! Que diferença pras minhas outras viagens, em que eu saía correndo pra dar tempo de ver/fazer tudo. Agora eu faço assim:

- Acordo às 7h, qdo ainda está meio escuro;
- Ao abrir a porta do hotel que dá pra rua, vem aquele ventinho frrrrrrrrrrrio da manhã parisiense (mas já vi uma menina de vestidinho curto e sem manga, a louca);
- Ando duas quadras até o metrô. Na entrada, toda manhã, fica um cara com um violão cantando qq coisa que só é possível de identificar pela melodia pq francês ele não fala, muito menos inglês. É hilário! Ele tem uma voz fininha e desafinada, e fica "cantando" de Beatles a Celine Dion à moda Pepê e Neném, lembram_ Eu sempre fico dividida entre o sentimento de pena e a vontade de dar uma gargalhada;
- Logo em seguida, pego um exemplar do "Metro" (o jornalzinho gratuito que é o Destak daqui) e certamente o mocinho que distribui já me conhece pq eu sou a única que dá bonjour e merci a ele, cuitchado. Esse jornalzinho é demais, pq eu vou me atualizando e treinando muito a leitura em francês. Já aprendi várias palavrinhas novas legais;
- Duas linhas de metrô depois (incluindo a troca em Montparnasse, que é abarrotada e imensa, com direito a esteira rolante), chego lindamente à Aliança;
- O curso acaba na hora do almoço e aí eu tenho a tarde inteirinha pra fazer o que eu quiser! Ah, que maravilha! É chegar na calçada, pegar o mapa e decidir: aonde irei hj? A vida é muito feliz mesmo.

Como cultura nunca é demais, esta semana fui ao Museu l'Orangerie ver uma coleção linda de pinturas impressionistas. Depois sentei numa espreguiçadeira à beira do chafariz no Jardin des Tuileries. De lá, decidi ir à Pinacoteca ver uma exposição de objetos utilizados pelos Incas. Que surpresa! Maravilhosa a exposição (fica até Fev/2011 aqui, olha a dica). Que incrível a cultura inca! E o melhor foi saber que um povo tão avançado tocava... adivinha o quê... chocalho!!!! hahahaha! Ai, que orgulho! Quase todos os objetos usados pelas castas mais altas da sociedade eram de ouro, pois ele representava o Deus Sol, então era uma aproximação com a divindade-mor; a prata representava a divindade feminina; e o chocalho era usado com outros instrumentos nas festas e cerimônias. Aprendi tudo isso em uma hora e meia, lendo tudo bonitinho em francês. Depois fui comemorar dando um presente ao olfato e à visão com um passeio à Fuchon e à Hédiard, as lojas com a maior variedade de chocolates, vinhos, champanhes, chás, foie gras, caviares... e os maiores preços tb. Comprei um chocolate humilde (o menor de todos, mas delicioso) por 1,95 só pra não sair com as mãos abanando.

Ontem fui ao museu do Salvador Dali em Montmartre. Já vim à Paris outras vezes, como eu nunca tinha ido lá??? É demais! Ele é muito doido, adoro! Bengalas, caracois e gavetas pra todos os lados! hahaha E uma brasileira paraíba praticamente fazendo um book fotográfico dela mesma com as esculturas ao fundo. Tenho vontade de bater nessa gente. 

E hoje eu peguei um trem pra Vernon, depois um ônibus pra Giverny. Tudo isso pra conhecer a casa e o tão famoso jardim do Monet. Nossa, que coisa mais linda! É tão colorido que parece um sonho ou efeito de um chá de cogumelo (nunca tomei, mas tenho impressão de que é assim. rsrsrs). Se tirar os turistas, parece que vc está de fato num quadro do Monet. Não aguentei e liguei pra minha mãe pra falar da minha emoção em estar ali. Afinal, foi ela quem me apresentou à obra dele.


Renoir, no Musée de l'Orangerie

Dali (o relógio é o perfil dele com uma lágrima)


 Monet na tela...


 ... e ao vivo

 Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome...

Paris - L'Alliance Française

Agora eu escrevo por temas pq fica mais fácil, tá? Então vamos falar do curso, um dos motivos que me trouxe à esta amada cidade.

Achei que o curso "intensivo" seria mais frenético. Não é. Bem tranquilo, por sinal. Tem deverzinho todo dia, a professora, Caroline (pronuncia-se Carrrrroline) fala docemente e numa velocidade que todo mundo compreende. É ótimo! Já falei que ela usa retroprojetor e apaga o quadro negro com uma esponjinha que ela molha na água, né? E eu pensei que fosse ter aula no lugar mais moderno do mundo... rsrsrs Tô aprendendo MUITO. Cara, como eu gosto dessa língua! E como ela tem exceções, meu Deus! É sempre assim: "Neste tempo verbal, todos os verbos são regulares, com exceção de..." e aí vem uma lista imensa.

Mas nada consegue ser melhor que o fato de vc olhar a turma, olhar o mapa mundi pendurado na parede e se dar conta de que cada uma daquelas pessoinhas veio de um lugar diferente do planeta. Agora estão ali, ao seu lado, com o mesmo objetivo. Nossa, isso é demais! Os intervalos, então, qdo nos reunimos na cafeteria e o bate-papo (em francês) rola solto, são de um aprendizado e uma troca de experiências e culturas sem tamanho.

A cada semana algumas pessoas vão embora e novos coleguinhas chegam, então fica tudo muito dinâmico. A turma é bem cheia e as pessoas são (quase todas) MUITO legais. Mas como o francês é movido pelas exceções, tb temos algumas na turma. É feio ficar citando a nacionalidade, até pq não quero generalizar nem gerar uma crise diplomática. Mas tem uma ser humana que eu nem achava tão chata, mas agora ela começou a me irritar (e ai resto da turma tb) pq ela ri muito alto e em momentos nada engraçados, fala alto PACARALHO, quer responder a tudo e hj ainda deu fora em duas meninas. A outra, de outro país, é mega anti-social, acha que entende MUITO, tem um sotaque ESCROTO que NINGUÉM entende e quando tem trabalhinho em grupo ela vira de lado e começa a fazer sozinha. Que imbecil.

Confesso que tb é difícil entender quando os orientais falam. Não é preconceito, gente, é fato. A língua deles é totalmente diferente, deve ser complicado pra eles. De qq forma, é muito bacana esse esforço. A tailandesa fala tão baixinho, tão pra dentro, que parece que está contando um segredo. Ela tb troca o R pelo L, que nem o Cebolinha, então um verbo como "arrête" vira "alête". Difííííícil, viu? A chinesa é uma fofinha que mistura todas as línguas e põe o dedinho no queixo pra pensar. Os gregos trocam o J pelo Z, então "je suis" vira "ze suis". Bonitinho. Queria saber como eles veem o sotaque brasileiro.

Adoro a chinesa, a grega, e tb as brasileiras, as australianas, as alemãs o mexicano que fala metade da frase em francês e a outra metade em inglês, sempre carregado com sotaque castelhano, e a iraniana, que é a mais doida de todas, a mais figura e a que fala melhor. Loira, com piercing, roupas coloridas, fala besteira à beça. Vc olha pra ela e NUNCA imagina que é de um país islâmico e cheio de restrições. Dia desses a tarefa era apresentar o amiguinho do lado. Aí a chinesa foi apresentar a iraniana: "Ela é do Iraque..." hahahaha! E a iraniana, rindo: "Não!!!!! Eu sou do Irã! Iraque é nosso inimigo"!!!!! Caraca, me mijei de rir!

terça-feira, setembro 14, 2010

Paris - Ópera

Para ler ouvindo: http://www.youtube.com/watch?v=KsAzJ5lE33Q

Faz mais de uma hora que voltei da ópera e estou emocionada até agora. Navio Fantasma foi minha estreia nesse mundo. E tem coisa melhor que assistir à sua primeira ópera em Paris? Não, não tem. Minha expectativa era grande e só não superava meu medo de achar tudo muito chato. Tentei descansar antes de ir, mas aqui não estou tendo tempo pra quase nada. E como diz um amigo meu, “Tempo dormido, tempo perdido”. E pra minha surpresa, tudo foi incrível!

A cenografia super modernosa, a orquestra extremamente poderosa. Estava me sentindo uma criança feliz quando vai ao teatro pela primeira vez, sabe? E fica olhando tudo, soltando uns risinhos, essas coisas. Então sentei toda metida no meu lugar pra ler o programa. E quando a orquestra começou a tocar a introdução, nossa, fiquei toda arrepiada, os olhos se encheram d’água. Uma emoção fortíssima pela intensidade do espetáculo e pela dádiva de poder estar aqui, em Paris, e presenciar uma coisa tão bonita. Senta, a mocinha da história, tinha uma voz de dilacerar corações. O resto do elenco tb era de um talento enorme, mas essa cantora (Adrianne Pieczonka) merece toda a minha admiração. Foram 2h30 de espetáculo sem intervalos e confesso que nem senti o tempo passar. Juro!

A Ópera Bastille é um teatro gigante e moderno. Meu lugar (menos caro) era lááá em cima. Perfeito pra ver a orquestra inteira, pra ver todo o palco e pq não havia qualquer cabeção na minha frente. E as músicas de Wagner... ai, que coisa mais linda! Queria muito que cada um de vcs que leem o que escrevo aqui pudesse sentir isso agora, pq é muito difícil expressar em palavras. Mas tenham certeza de uma coisa: estou leve, contente, emocionada e doida pra ver outra!

Um espacinho pra deixar registrado que gente mal educada o é em qualquer lugar, né? Cara, o que tinha de celular tocando DURANTE o espetáculo era uma coisa inacreditável! Um aviso enorme pedindo pro público manter os aparelhos desligados. Aí começa a ópera e o primeiro toca. Então o outro ser humano, em vez de se dar conta do mico e do desrespeito, mantém o dele ligadão tb, e aí toca em seguida. E tinha umas mulheres que provavelmente compraram um lugar meio distante de tudo e estavam pegando lugar dos outros. Viam uma poltrona vazia, opa, iam lá e sentavam. Aí o dono chegava, elas saíam. Depois da terceira tentativa, sentaram na escada e foram gentilmente convidadas a se retirar e a ir pro lugar certo. Bem feito! E olha que estamos na França.

Ópera não é uma coisa fácil de entender e apreciar. Já estava me preparando para essa há quase dois meses. O que acontece em cada cena, quais são os personagens, quais são as músicas, como a história de desenrola, tudo isso eu já sabia de trás pra frente (na teoria) quando me sentei com o programinha nas mãos. Por isso eu sou extremamente grata ao Márvio, que me deu uma verdadeira aula sobre ópera em geral e sobre o Navio Fantasma, mais especificamente. E eu não tenho a menor dúvida em dizer que minha experiência de hoje não teria tido a mesma grandiosidade se ele não tivesse me preparado tão bem e me passado tantos detalhes. Puxa vida, querido Javier, muito obrigada mesmo!

Mas é óbvio que o melhor dessa história toda foi que o povo canta tudo em alemão e eu entendi TODAS as legendas em francês!!! GENTE! Isso é muita evolução! É uma conquista muito muito muito grande pra mim. E isso só aumenta minha emoção. Ah, que dia mais belo!!! Viva a cultura, as novas experiências e as minhas férias! :)

Côte d'Azur - Nice, Mônaco e Cannes (é muita chiqueza!)

Para ler ouvindo: Rap das Armas (Cidinho e Doca)  - Tem explicação. Leia!
http://www.youtube.com/watch?v=ZthNYozVwNM

No sábado, agora com Désirée e Sylvie, peguei um ônibus pra Mônaco. Uma hora de viagem numa condução lotada (de turistas, óbvio), tipo hora do rush. Olha, foi fácil não. Mas enfim, chegamos bonitas e com câmeras em punho. Até agora não consegui imaginar se os moradores de Mônaco trabalham, pois a impressão que dá é que tudo lá tem como base a ostentação e que a vida se resume a apostar uma grana no cassino de Monte Carlo, pegar um bronze nas praias de água cristalina, passear em carros conversíveis, dar uma volta pelo Mediterrâneo a borde de iates gigantes e aguardar o ano todo pelo GP de Fórmula 1. Tá, é uma visão superficial, de quem passou apenas duas horas na cidade. Mas é muito interessante  mesmo. Os prédios são todos amontoadinhos em cima da montanha. Favela chique.


Mas o pouco tempo em Mônaco tinha um porquê: estávamos ansiosas pra pegar uma prainha logo! E lá fomos nós em mais um ônibus, agora para Villefranche Sur Mer, uma cidadezinha pequenininha entre Nice e Mônaco, onde as praias são de areia (na verdade, são mini pedrinhas), o mar é super azul e a vida é muito bela; a mulherada faz topless sem a menor vergonha, exibindo seus seios durinhos (Not!) e toda a sua exuberância (Not! Not!); as crianças são fofas, jogam peteca e falam francês muito melhor que eu (inveja!); a água é realmente transparente, então vc nada, nada, e continua conseguindo ver o fundo. Só sei que eu dei um mergulho bacana, voltei pra canga (tá, o povo usa toalha, mas eu sou carioca, né?) e dormi sob o sol, como a Bela Adormecida do Mediterrâneo. De volta à Nice, fomos a um pub\boate cheio de homens lindos e sem iniciativa (nessas horas é um saco ser mal acostumada com homem brasileiro) e nos acabamos de dançar. Então o DJ resolveu sair das músicas óbvias e tocar “Morro do Dendê é ruim de invadir, nós com os alemão vamo se divertir”... Oi?? Tudo bem que eu era o único ser humano naquele lugar que conhecia a música, mas super me empolguei no “Parapapapapapapapapapa Paparapaparapaparaclackbum”. Mas levei as gringas pra pista comigo. Hahaha!


Último dia na Riviera Francesa. Perdi a hora pq acabou a bateria do meu celular, que ótimo. Fiquei tranqüila pq os gringos do meu quarto acordavam cedo, então fui na deles. E eles acordaram tarde. E eu saí correndo de novo pra fazer checkout, tomar café e pegar o trem pra Cannes, cidade luxo, cidade das marcas famosas, do festival de cinema, dos iates, das palmeiras. Das zilhões de praias particulares, da velharada exibindo suas muchibinhas ao sol. Quem pensa que mulher bonita faz topless está perdendo tempo. Passei só duas horas na cidade pq tinha que pegar o trem de volta à Nice e chegar no aeroporto a tempo de pegar o voo e voltar pra Paris, sendo que eu não lembrava a hora do voo. Rá! Não sei o que está havendo comigo. Já fui tão mais organizada...

Ainda deu tempo de dar uma voltinha pela parte velha de Nice, que tem umas ruazinhas estreitas cheias de restaurantes fofinhos. Aliás, Nice parece mais uma cidade italiana que francesa. A arquitetura e as fachadas lembram muito as de Roma e Veneza.


Daí que nessas companhias aéreas baratinhas, tipo Easyjet, vc só pode levar uma bagagem de mão. E eu estava com uma mochila abarrotada e mais uma bolsinha micro e quase imperceptível. Mas é claro que o moço do check in percebeu e me mandou colocar a bolsa dentro da mochila. E quem disse que havia espaço??? Comecei a ficar em pânico, empurrando a bolsa pra dentro enquanto outras coisas iam caindo. Comédia pastelão da Sessão da Tarde. 


Já e Paris, a primeira tentativa de usar o fogão elètrico do hotel. Nem foi tão difícil, mas as panquecas queimaram um pouco. Caraca, não nasci mesmo pra isso.

Monaco. Not bad, hum?
    Cassino de Monte Carlo



Curtindo uma praiana em Villefranche / O melhor bronzeado EVER!
Oi? Vem sempre aqui? / Sylvie e Désirée
Cannes


Mediterrâneo

Côte d'Azur - Nice is nice!

Para ler ouvindo - Alright (Supergrass)
http://www.youtube.com/watch?v=fwjXgskUN50&ob=av2e

Sexta saí correndo do curso em direção ao aeroporto rumo à Côte d’Azur!!! EEEEEEEE!!! Totalmente desesperada pq não fazia idéia se daria tempo de pegar o voo. Deu certo. E valeu a pena por três razões:
1- Havia umas crianças MUITO lindas e pequenas no avião que ficavam falando “Oh La La”. Quase mordi a criança por tanta fofura!
2- O mocinho da recepção do albergue era um inglês MUITO gato, tipo... my size.
3- Nice é uma cidade MUITO incrível! Lugares de praia têm uma energia diferente, né? O Rio é assim, Barcelona é assim, e Nice tb. Dia lindo, o maior sol, pessoas felizes e contentes pelas ruas, no calçadão, na praia. Tudo bem que aqui não tem areia, a praia é de pedra, uma coisa estranhíssima e desconfortável. O povo leva colchãozinho pra praia em vez de canga, imagina! Mas tudo bem. O mar azul da Riviera Francesa compensa qq coisa.

Cheguei ao hostel na mesma hora de uma outra menina. Passado o choque inicial com a gostosura do bonitão inglês, virei pra ela na maior cara-de-pau e marcamos de sair juntas pra conhecer a cidade. Então Désirée, uma alemã, se tornou minha amiga oficial na Provence.  Conhecemos a praia de pedras e o centro de Nice. E olha, o pôr-do-sol em Nice tem toda a razão de ser tão famoso. Somado à brisa do fim da tarde, é realmente espetacular. Tive vontade de aplaudir, como fazem em Ipanema.

Pegamos amizade com Sylvie, uma francesa, e Claudia, uma jornalista mexicana que tinha amigos na cidade. Nos juntamos a esse grupo de venezuelanos e fomos beber e conversar na praia, sentados na... pedra. Fazer o quê? Os diálogos eram os mais doidos, pois geralmente começavam em inglês, no meio mudavam pra francês e ainda ganhavam umas palavras em castellano. Se juntar um pouco de cerveja a isso tudo dá pra perceber a confusão que foi. Depois nos arrastaram para um clube de salsa ali perto. Mega divertido! Os latinos todos trabalhados na ginga, mexendo os quadris e os ombrinhos, e os europeus tentando imitar. Destaque para os venezuelanos, que detestam Hugo Chávez (o chamam de “Huguito”, que doce), adoram o Lula e disseram que certamente estarão no Brasil pra Copa e pras Olimpíadas. O Brasil é muito bem falado no exterior, principalmente entre os latinos (pq os europeus não têm tanto conhecimento assim do nosso país).

É bem feio mesmo.
 O barquinho do meu pai
 

Sunset / Aula de tambor na praia (adorei!)
                                                       

As fachadas são todas fofinhas assim

Place Massena

Paris - Turismo à espanhola

Para ler ouvindo: Maná

Dois dias com companhia em Paris! Viva! Ficar sozinha é ótimo, mas ter um amiguinho pra conversar é bom demais tb. Dani é um amigo espanhol que mora em Barcelona. A gente se conheceu na Patagônia e ele veio a Paris me encontrar. Não é fofo? Impressionante como as pessoas que moram na Europa quase não conhecem a Europa. Foi a primeira vez do Dani em Paris e eu, brasileira metida, fui a guia do coitado. E o que fazer com um marinheiro de primeira viagem na cidade? O óbvio: Notre Dame, Louvre, Champs Elysées, Arco do Triunfo e Torre Eiffel. Pra fechar a noite em grande estilo, cerveja! Na quinta, paramos num café bonitinho perto da Torre. Estávamos lá degustando uma maravilhosa cerveja sei-lá-de-onde (acho que belga ou alemã) e eis que entrou Marcos Losekann, correspondente da Globo. Caraca! Eu encontro o maluco da Globosat na Champs Elysées, o repórter num café... George Clooney, quando vc vai aparecer pra mim???

No dia seguinte ainda passamos no Promenade Plantée, um jardim super bonitinho que fica em cima de um viaduto (onde não passa carro, claro) e que foi uma das locações do filme “Antes do pôr-do-sol”. Confesso que eu estava buscando esse lugar desde que vim aqui pela primeira vez. E agora uma menina da minha turma de francês comentou sobre esse lugar e me disse onde era. Que coisa! Deve ser por esse milagre da descoberta que caiu o maior pé d’água no meio da tarde. Mas pra comemorar, um crepe de nutella e mais cerveja, agora alemã com certeza, num café na Place de La Bastille. O que mais tem aqui são cafés fofos. Aí vc senta bonitona na varanda. E o que mais tem na varanda são fumantes. Nossa, como as pessoas fumam sem parar na Europa. Credo!!

Já falei aqui que minha câmera tomou ácido e nunca mais voltou ao normal, né? Então chegou a hora de estar adquirindo uma nova. Dani tb me acompanhou à loja e ainda ligou pra pegar umas dicas com uma amiga na Espanha que entende tudo de câmeras. Muito fofo. Seguindo indicações, comprei uma Canon toda rosa, que vem com uma bolsinha rosa. Ah, que lindo. Câmera da Barbie, praticamente. A minha cara.

terça-feira, setembro 07, 2010

Paris - Aujourd'hui!

Para ler ouvindo: É Hoje (pode ser com a Ilha ou a chata da Fernanda Abreu)
http://www.youtube.com/watch?v=tjF0wNppGE0

Finalmente chegou o momento que eu mais esperava: meus pensamentos são em francês!! Caraca, que alegria, que emoção!! Nem sei descrever. Não é fácil vir pra um país que fala uma língua diferente. Eu fico com medo de falar com as pessoas às vezes, é difícil se ajustar a outro vocabulário e eu sempre acho que nunca conseguiria alcançar esse momento. E ele deu a carinha hoje. Fui tentar pensar em espanhol pra falar com um amigo e só vinham frases em francês; na aula, falei um monte de coisas, tipo íntima do idioma; e nas horas em que estava com meus devaneios, eles também vinham em francês. Obrigada, Senhor. Me ajude a continuar assim. 

Li “Comer, rezar, amar” há uns meses e, no livro, a personagem vai pra Nápoles, se não me engano, entra num restaurante e pergunta ao garçom o prato de que ele mais gosta lá. Assim que bati o olho nisso, tive vontade de fazer. Hoje tb foi esse dia. Entrei numa boulangerie pequenininha e muito fofa que tem aqui na rua do hotel, cheia dos mais lindos e cheirosos pães e doces, expliquei pra atendente que era minha primeira vez ali e pedi que ela me indicasse o doce de que mais gostava na loja. Surpresa com o pedido e extremamente simpática, me sugeriu a tartelette de chocolate com pistache. Gente, que coisa mais deliciosa! É tão bonito que deu até pena de comer. Voltarei lá com certeza! Se tiverem doce de chocolate com morango, comprarei todos os dias.

Depois tive a brilhante ideia de fazer uma caminhada aqui pela redondeza pra conhecer melhor o bairro, o comércio e caçar uma farmácia (calma, mãe, não tô doente!). Olha, foi uma belíssima ideia pq aqui perto tem uma rotatória e várias ruas que não se encontram. Resultado: me perdi, claro! Me oriento muito bem com mapas, mas na intuição, vou te contar... não fazia ideia de onde eu tinha vindo nem pra que lado ficava a rua do hotel . Completamente sem noção. A única coisa que eu lembrava da minha rua é que tinha um daqueles mega guindastes de obra (nem sei se o nome é esse), mas aqui nas redondezas há zilhões desse! Olhei pra cima, procurei um destes e fui seguindo. Cara, que sorte! Era exatamente o que fica aqui perto. Rá! Muito ninja! 

Mas me perder teve lá suas vantagens. Pelo menos agora conheço TODOS os restaurantes, lojas, mercados, cemitério (ah, é por isso que a vizinhança é tão calma... hahaha) e farmácias da região. E por falar em farmácia, minha busca era por acetona. Entrei na primeira pra perguntar como se chamava aqui (“dissolvant”, a quem interessar possa). Uma acetona no Brasil custa R$1 e pouquinho. Aqui custa pelo menos €3,50! E eu cheguei a ver por mais de €5!!! Pelo amor de Deus! Foi o dinheiro mais mal gasto da minha vida! Nunca mais venho de esmalte pra Europa.

PS1 (não é Playstation!): Tem um menininho aqui no prédio da frente que tem um mega pôster do Raí com a camisa da selação brasileira. Ainda não consegui descobrir se é guarda-roupa ou papel de parede. Na verdade, nem tenho certeza se é o Raí, mas parece! 

PS2: Amanhã chega minha primeira visita! EEEEE!!!


Délicieux!

Paris - Quem faz a sorte é que é de verdade

Para ler ouvindo: Casuarina

E lá fomos nós para o primeiro dia do curso de francês. De pé às 6h30!!! Acho que não acordava tão cedo desde a época da escola. Gente, metrô às 8h da manhã em Paris é, tipo assim, Central do Brasil. Linha 2 do Rio, sabe? É o lado povão da cidade, que eu adoro, confesso. Já havia dito aqui que gostava muito de Berlim por ela ter esse lado de gente normal, que trabalha, pega ônibus etc. E Paris tb tem esse lado, que alegria! Nada contra a chiqueza e a sophysticação, mas me identifico mais com a “nemzada”.

O método da Aliança Francesa daqui é igual ao do Brasil. Mas a diferença (e que diferença!) primordial está no fato de a professora ser francesa e de os amiguinhos de classe serem dos mais diversos lugares do mundo: Alemanha, Itália, Austrália, Grécia, Japão, Tailândia, China, México, Irã e até Gávea e Barra da Tijuca, vejam só, mas desses eu não ouvi falar muito não. É uma experiência muito louca ter aula junto com essas pessoas. Amo essa improbabilidade. 

Vou te dizer que os prédios da Aliança no Rio são bem mais moderninhos que o daqui. Ainda se usa retroprojetor e a lousa ainda é quadro negro a giz (!). Aí Caroline, a professora, foi apagar o que ela havia escrito no quadro: pegou uma esponjinha amarelinha (dessas de lavar louça, mas não tão bela como a minha de patinhos), molhou numa cumbuquinha de água e apagou tudo. Eu precisei de alguns segundos pra entender e aceitar aquilo. Deve ser horrível viver num país tão atrasado.

Voltei pro hotel pq o seu moço eletricista\encanador vinha fazer aqueles consertos que eu pedi. Então ele precisava trocar uma lâmpada que ficava sobre a cama. Como chegar lá? Simples: ele tirou os sapatos, subiu na cama todo trabalhadinho nas meias e pronto. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!!!!! Mas no que ele subiu, metade dos estrados soltou e fez um mega barulho. Aí ele virou pra mim meio sem graça e disse: “Oh, quel catastrophe”! Fiquei até com pena, mas quase tive um ataque de riso.

Depois fui bater perna ali na Champs Elysées em busca de uma câmera (pq essa minha está querendo se aposentar por tempo de serviço). Uma mulher me perguntou onde era a Louis Viton e sem querer eu a mandei pra direção oposta. Mais uma que me achou com cara de parisiense, e eu fiz essa desfeita com ela. Foi sem querer, eu realmente não sabia onde ficava e só fui descobrir umas quadras depois, pq a loja estava com uma MEGA fila na porta, tipo Casas Bahia quando pedir concordata.

Eis que entro na Fnac e dou de cara com o CD do Casuarina! Caraca, que orgulho do grupo e do João, meu amigo fofo!!!! Com etiqueta de “recomendado”, um luxo só! Ao lado do CD do Gilberto Gil! E ainda custava 20 euros, mais caro que o DVD do Michael Jackson, gente! Então fui na Virgin só pra tirar a prova e ver se o Casuarina tb estava lá. E estava! Bem na frente! Ainda peguei uns que estavam pra trás e botei na frente tb, pra incentivar as vendas e ajudar os amigos. Hehehe

Cara, ainda cruzei com um cara da Globosat em plena Champs Elysées! Hahahaha Foi muito escroto pq a gente nunca se falou no trabalho, então um olhou pro outro com cara de “te conheço”, mas ninguém falou nada. Na volta ao Brasil vou descobrir quem ele é. rsrsrs..

 Minha escolinha durante este mês

 Casas Bahia

 Se meu fusca falasse, diria "PQP".

 Joga no Google pra saber.

 Lindos!!!!

Paris - Alguém lá em cima gosta de mim

Para ler ouvindo: qq canto gregoriano

Domingão de sol, de praia, de Maraca lotado... Meu primeiro dia normal (=sem sono) em Paris. Acordei cedo e fui à missa. Sim, vc leu certo. Não sou católica, acho que as igrejas são mais museus que outra coisa, mas desde antes da viagem eu cismei que em meu primeiro domingo nesta cidade eu iria a uma missa na Notre Dame. Não entendo missas. Acho longas (essa não foi diferente), nunca sei qdo é pra levantar ou pra sentar de novo, não sei completar as frases do padre e desconheço a hora que é pra dizer “paz em Cristo” (é isso mesmo??). Mas fui mesmo assim, pra ver como é a missa numa das catedrais mais famosas do mundo. Ganhei uns papeis pra acompanhar tudo (tipo ópera, moça?), sentei ao lado de uma americana que sabia a hora do “paz em Cristo” e atrás de um cara que se ajoelhou algumas vezes. Ou seja, era só seguir o que eles faziam que não teria erro. Bom, pra quem não entende, missa realmente não é das coisas mais divertidas, mas eu gostei de estar ali, fiz uma prece, levantei, sentei, levantei, sentei, olhei tudo em volta, ganhei aperto de mão dos amiguinhos ao lado e apreciei muito o canto do coro. Isso sim foi lindo! O mocinho cantava “Rassasie-nous de ton amour, nous serons dans la joie et les chants”. Traduzindo mal e porcamente: “Sacie-nos com seu amor, nós estaremos alegres e cantando".

No caminho pro metrô, uma senhora me parou na calçada pra perguntar as horas. Ai, meu Deus!! Que momento TENSO pra quem acabou de chegar e não está confortável com a língua local! Pensei em dizer que eu não era daqui. Mas, cara, era a minha chance. A mulher perguntou pra MIM, e eu tinha que fazer por onde. Além do que, se ela me perguntou foi pq me achou com cara de habitante de Paris, né? Aí eu peguei meu celular (ainda com o horário brasileiro), fiz as contas do fuso, passei pro francês e voilà. Ela entendeu!!! E eu continuei meu caminho toda serelepe.

À tarde, um passeio pela feira de animais na Île de la Cité, uma caminhada por Les Halles e pela parte externa do Louvre, um pulinho na Apple Store pra pesquisar os iPods e cair de amores pelo iPad, e outro na Virgin, onde me juntei a dezenas de crianças e mães em busca de material escolar. Fui comprar um caderninho singelo pro meu curso que começava o dia seguinte e nunca achei que isso fosse tão difícil. A maioria dos cadernos aqui não tem aquela pauta normal, bonitinha, mas milhares de micro linhas horizontais e verticais, que formam vários quadradinhos na folha. Por quê???

Pra descansar desse dia tãããão cansativo e tãããão cheio de questões a serem resolvidas, sentei ao sol numa espreguiçadeira no Jardin des Tuileries, degustei um maravilhoso sanduíche preparado por mim mesma e o fim de tarde em Paris foi um encanto.

 Feira de animais

Barracas de tudo às margens do Sena

 Duh. Adivinha.

 Jardin des Tulieries