domingo, novembro 21, 2010
Reflexões de quem deixou o coração em outro continente
"Saudade é um sentimento que, quando não cabe no peito, escorre pelos olhos".
segunda-feira, novembro 15, 2010
Alsácia - Colmar / Riquewihr / Strasbourg
"Pôxa, você parou de escrever de repente"! Parei, gente. Não foi por falta de vontade, mas entre ficar escrevendo num quarto de hotel e passar o dia aproveitando os ares de Paris pelas ruas eu fiquei com a segunda opção. Agora, mais de um mês após voltar ao Brasil (a verdade é que eu não voltei, mas isso é outro assunto), vou tentar recuperar minhas memórias e expô-las aqui.
Passei um mês vivendo e estudando em Paris, e tirava os fins de semana pra conhecer as delícias da França. E delícia é justamente o que não falta na Alsácia, a região nordeste do país, fronteira com a Alemanha (oba!). Colmar, Riquewihr e Strasbourg foram meus destinos nesses que foram os dias mais frios da minha vida. Tudo estava lindo, belo e ensolarado na França até esse fim de semana. O tempo cinza dá uma preguiça monstra, né, mas nada que acabe com meu espírito desbravador.
Escolhi conhecer Colmar há mais de um ano, durante uma aula na Aliança Francesa no Rio em que exibiram um videozinho sobre a cidade. Me apaixonei por seus canais, suas pontes e suas casinhas fofas. E ir até lá valeu a pena, pois tudo é ainda mais encantador ao vivo. Tirando o fato de que cheguei no fim da tarde de uma sexta chuvosa e o único evento era uma feira de agricultores com entrada paga. Ou seja, não havia quase ninguém nas ruas, só alguns restaurantes abertos. Paciência, né? Escolhi um mais despojadinho e comi a melhor batata rosti da minha humilde existência, acompanhada de um Riesling, vinho típico dessa região. E pensar que eu não dava a mínima pra vinhos brancos até esse momento.
No dia seguinte foi bem mais fácil cair de amores pelas fachadas de Colmar. Cada casinha que dava vontade de abraçar e brincar de boneca! Só não consegue ganhar da fofura extrema de Riquewihr (pronuncia-se "Riquevír"), uma micro cidade (quase não dá pra chamar de cidade) bem próxima. Meia hora de ônibus e você salta na entrada de Riquewihr, mas pode chamar também de conto-de-fadas. Isso aqui no Natal deve ser uma coisa de maluco. Uma ladeira de paralelepípedo cercada das mais amáveis e coloridas casinhas e lojinhas, enevoada pelo cheiro dos macarons, bolinhos deliciosos que, infelizmente, causam dor de barriga.
Riquewihr faz parte da rota do vinha da Alsacia e, pra falar a verdade, eu decidi conhecê-la na esperança de conseguir ver uma plantação de uvas. Só isso. E nem foi difícil. Imaginem minha alegria ao constatar que a cidade é CERCADA de plantações de uvas! Existe um tour em que você paga alguma coisa e caminha pelo morro cheio de uvas. Ou então você pode ser curioso como eu e descobrir que, do outro lado da estradinha, há um campo enorme, aberto e gratuito, cheinho das mais lindas uvas, roxas e verdes. Amei!
Fui a Strasbourg porque é a cidade mais conhecida da Alsácia e é onde fica o Parlamento Europeu. A cidade é bonitinha, bem maior que Colmar. Ela sim tem cara de cidade, mas não a mesma magia das menores. De qualquer forma, é uma delícia caminhar margeando o rio até os prédios do Parlamento, que não têm absolutamente nada a ver com o resto do lugar. Melhor ainda quando o solzinho tímido resolveu dar o ar da graça por cinco minutos e iluminar os sobrados e meu coração.
Passei um mês vivendo e estudando em Paris, e tirava os fins de semana pra conhecer as delícias da França. E delícia é justamente o que não falta na Alsácia, a região nordeste do país, fronteira com a Alemanha (oba!). Colmar, Riquewihr e Strasbourg foram meus destinos nesses que foram os dias mais frios da minha vida. Tudo estava lindo, belo e ensolarado na França até esse fim de semana. O tempo cinza dá uma preguiça monstra, né, mas nada que acabe com meu espírito desbravador.
Escolhi conhecer Colmar há mais de um ano, durante uma aula na Aliança Francesa no Rio em que exibiram um videozinho sobre a cidade. Me apaixonei por seus canais, suas pontes e suas casinhas fofas. E ir até lá valeu a pena, pois tudo é ainda mais encantador ao vivo. Tirando o fato de que cheguei no fim da tarde de uma sexta chuvosa e o único evento era uma feira de agricultores com entrada paga. Ou seja, não havia quase ninguém nas ruas, só alguns restaurantes abertos. Paciência, né? Escolhi um mais despojadinho e comi a melhor batata rosti da minha humilde existência, acompanhada de um Riesling, vinho típico dessa região. E pensar que eu não dava a mínima pra vinhos brancos até esse momento.
No dia seguinte foi bem mais fácil cair de amores pelas fachadas de Colmar. Cada casinha que dava vontade de abraçar e brincar de boneca! Só não consegue ganhar da fofura extrema de Riquewihr (pronuncia-se "Riquevír"), uma micro cidade (quase não dá pra chamar de cidade) bem próxima. Meia hora de ônibus e você salta na entrada de Riquewihr, mas pode chamar também de conto-de-fadas. Isso aqui no Natal deve ser uma coisa de maluco. Uma ladeira de paralelepípedo cercada das mais amáveis e coloridas casinhas e lojinhas, enevoada pelo cheiro dos macarons, bolinhos deliciosos que, infelizmente, causam dor de barriga.
Riquewihr faz parte da rota do vinha da Alsacia e, pra falar a verdade, eu decidi conhecê-la na esperança de conseguir ver uma plantação de uvas. Só isso. E nem foi difícil. Imaginem minha alegria ao constatar que a cidade é CERCADA de plantações de uvas! Existe um tour em que você paga alguma coisa e caminha pelo morro cheio de uvas. Ou então você pode ser curioso como eu e descobrir que, do outro lado da estradinha, há um campo enorme, aberto e gratuito, cheinho das mais lindas uvas, roxas e verdes. Amei!
Fui a Strasbourg porque é a cidade mais conhecida da Alsácia e é onde fica o Parlamento Europeu. A cidade é bonitinha, bem maior que Colmar. Ela sim tem cara de cidade, mas não a mesma magia das menores. De qualquer forma, é uma delícia caminhar margeando o rio até os prédios do Parlamento, que não têm absolutamente nada a ver com o resto do lugar. Melhor ainda quando o solzinho tímido resolveu dar o ar da graça por cinco minutos e iluminar os sobrados e meu coração.
Colmar
Riquewihr
Strasbourg
quinta-feira, setembro 23, 2010
Verdades sobre Paris
- Todo dia acontece algo estranho no metrô. Hj, por exemplo, o condutor abriu o alto-falante pra avisar que um grupo de meninas que havia entrado no trem era de "pickpockets". E é óbvio que elas estavam no meu vagão.
- Pão e derivados; queijos e derivados; chocolate e derivados; congelados e derivados. Essa é minha alimentação aqui. E mesmo com zilhões de biscoitos de chocolate no armário, eu comprei um copo de nutela.
- Para ser parisiense, basta correr pra pegar o metrô e estar sempre com fones nos ouvidos. Pode ser qualquer fone, desde os discretos do Ipod aos gigantes que vc usa pra ouvir música em casa.
- Eu sou a ÚNICA pessoa nesta cidade que lava o cabelo de manhã.
- Quando o metrô está cheio (quase sempre), a pessoa mais fedida sempre está posicionada ao seu lado, com o suvaco na altura do seu nariz.
- As pessoas adoram me pedir informações. E eu fico muito boba com isso.
- A cada dia entendo mais o que os seres humanos falam no telejornal. E eu fico muito boba com isso.
- A cada dia entendo mais os avisos do moço no alto-falante do metrô. E eu fico muito boba com isso.
- O Brasil está em alta aqui, ao contrário do Sarkozy. Semana passada, três revistas diferentes traziam matérias enormes sobre nosso país e, é claro, nosso presidente e os candidatos à sucessão. Uma delas trazia uma matéria sobre a produção de documentários no Brasil, citando Eduardo Coutinho e João M Salles! Que feliz!!
- A linha 7 do metrô tem de tudo, menos franceses.
- No último fim de semana aconteceram os "Journées europeannes du patrimoine", em que todos os museus e atrações públicas estavam abertos e com entrada gratuita. Lindo!
- Até 5 de outubro está rolando a Faire au Vin, uma época em que todos os mercados estão vendendo todos os vinhos e chapanhes e afins por preços extremamente baratos. Semana passada comprei uma garrafa de Bordeaux por menos de 3 euros.
- Comprar sapato é legal. E comprar o sapato que vc queria há um ano, mas não tinha seu número na época, e agora custa a metade do preço é melhor ainda.
- Comprei um casaco lindo. Ontem foi o último dia de verão. E cadê o frio???
- Se vc falar em francês com os franceses, eles serão simpáticos (salvo raras exceções).
- É muito bonitinho qdo os franceses falam Iphone ("Ífóne") e Ipod ("Ípód").
- As crianças são fofas e usam óculos escuros. Mimorro!!!!
- Eu não estou com saudades do Brasil, nem do Rio, nem de casa, nem do trabalho. Como diz U2, "home is where your heart is". E o meu está aqui.
- E a mais verdadeira e que mais me dói constatar: o tempo passa MUITO depressa aqui.
- Pão e derivados; queijos e derivados; chocolate e derivados; congelados e derivados. Essa é minha alimentação aqui. E mesmo com zilhões de biscoitos de chocolate no armário, eu comprei um copo de nutela.
- Para ser parisiense, basta correr pra pegar o metrô e estar sempre com fones nos ouvidos. Pode ser qualquer fone, desde os discretos do Ipod aos gigantes que vc usa pra ouvir música em casa.
- Eu sou a ÚNICA pessoa nesta cidade que lava o cabelo de manhã.
- Quando o metrô está cheio (quase sempre), a pessoa mais fedida sempre está posicionada ao seu lado, com o suvaco na altura do seu nariz.
- As pessoas adoram me pedir informações. E eu fico muito boba com isso.
- A cada dia entendo mais o que os seres humanos falam no telejornal. E eu fico muito boba com isso.
- A cada dia entendo mais os avisos do moço no alto-falante do metrô. E eu fico muito boba com isso.
- O Brasil está em alta aqui, ao contrário do Sarkozy. Semana passada, três revistas diferentes traziam matérias enormes sobre nosso país e, é claro, nosso presidente e os candidatos à sucessão. Uma delas trazia uma matéria sobre a produção de documentários no Brasil, citando Eduardo Coutinho e João M Salles! Que feliz!!
- A linha 7 do metrô tem de tudo, menos franceses.
- No último fim de semana aconteceram os "Journées europeannes du patrimoine", em que todos os museus e atrações públicas estavam abertos e com entrada gratuita. Lindo!
- Até 5 de outubro está rolando a Faire au Vin, uma época em que todos os mercados estão vendendo todos os vinhos e chapanhes e afins por preços extremamente baratos. Semana passada comprei uma garrafa de Bordeaux por menos de 3 euros.
- Comprar sapato é legal. E comprar o sapato que vc queria há um ano, mas não tinha seu número na época, e agora custa a metade do preço é melhor ainda.
- Comprei um casaco lindo. Ontem foi o último dia de verão. E cadê o frio???
- Se vc falar em francês com os franceses, eles serão simpáticos (salvo raras exceções).
- É muito bonitinho qdo os franceses falam Iphone ("Ífóne") e Ipod ("Ípód").
- As crianças são fofas e usam óculos escuros. Mimorro!!!!
- Eu não estou com saudades do Brasil, nem do Rio, nem de casa, nem do trabalho. Como diz U2, "home is where your heart is". E o meu está aqui.
- E a mais verdadeira e que mais me dói constatar: o tempo passa MUITO depressa aqui.
quarta-feira, setembro 22, 2010
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