O segundo dia em San Diego foi todinho das praias. Afinal, é mais que obrigação aproveitar o sol da Golden Coast. Primeiro, um ônibus até La Jolla (se fala “La Róia”. Se falar diferente pode sair uma palavra feia), onde as algas imperam, claro, e os leões marinhos bronzeiam as panças. Depois, mais ao sul, Pacific Beach e Mission Beach, uma ao ladinho da outra. Habitadas basicamente por cocotos californianos (*aplausos*) jogando bola, correndo, mergulhando e pegando onda. Alguma dúvida de que foi ali que eu passei a tarde inteira e me batizei nas águas do Pacífico? Ah, que vidinha mais ou menos.
Outro ônibus mais pro sul, agora pra Ocean Beach, uma praia mais cheia, com uma galera mais farofa (no nível californiano, não Piscinão de Ramos), onde o pessoal parece pegar onda usando sistema de cotas. Sim, porque os surfistas aqui são os senhores, os barrigudinhos, as crianças e os totalmente sem jeito. Mas cá estava seguindo mais uma dica brilhante do maluco do hostel: assistir ao pôr-do-sol de um píer que vai até láááá longe no mar e fica cheio de pescadores, pelicanos e gaivotas. E eu, que achei que já tivesse sido feliz no primeiro dia, não esperava a plenitude que foi aquele entardecer no meio do mar da Califórnia. Botei uma musiquinha óbvia no iPod, senti aquela brisa (cismei com vento) e esqueci da vida. Qualquer coisa que eu escrever aqui, por mais bonita que seja, não vai ser capaz de traduzir aquele momento. Só eu sei. E foi lindo demais.
À noite,
baladinha com o povo doido do hostel num pub ótimo com duelo de pianos. Nunca tinha visto isso. O público escolhe as músicas que
quer ouvir e os caras têm que tocar! Podem fazer o arranjo que quiserem, mas o
desafio é tocar o que for. O único problema, não só aqui, mas em todo o país, é
que tudo fecha cedo. Antes de 2h da manhã e não tem mais nada pra fazer.
O que é isso, minha gente? Vem aprender com brasileiro como se faz night, vem.
Último dia
em San Diego, a gente se manda pro maior zoo do país, com uma quantidade
interminável de macacos e ursos. Mas a estrela maior, pra mim, foi o hipopótamo
que dorme boiando. Não, mentira, o melhor era ouvir aquelas criancinhas com voz
fininha e inglês perfeito dizendo “Look, mommy, a turtle”! Ai, que vontade de
morder!!!!
Voltinha em
Old Town, com direito a almocinho mexicano delícia e balde de
marguerita. Eita lelê. No passeio pelo Balboa Park, avisto ao longe alguém
muito parecido com um amigo do Brasil. Super coincidência. Não fosse pelo fato
de que, ao me aproximar mais dele, vi
que não era parecido. Era sim o meu amigo queridíssimo Davi. Em San Diego. No
mesmo lugar e mesma hora que eu. De férias na mesma época que eu. Um sem saber
da viagem do outro. E o destino só me pregando peças ótimas. Pode continuar
assim que eu tô amando!
E pra fechar minha curta temporada nessa cidade, fiz questão de assistir a um jogo de baseball. San Diego Padres x St. Louis Cardinals. Eu sei lá quem era melhor, eu sei lá que campeonato era aquele.
O que eu queria mesmo era ter a experiência de ir a uma partida e ver como o povo se comportava diante de um esporte tão importante na cultura deles. Até assisti a uns joguinhos na ESPN antes de viajar pra não chegar lá muito perdida. Mas olha: se já é difícil na TV, com comentaristas e tudo, ao vivo é impossível de entender. Foram as três horas em que eu mais boiei na minha vida. Que coisa mais lenta, Jesus! Dá pra ir ao banheiro zilhões de vezes, comprar 500 hot dogs, aproveitar o free wifi pra entrar no Facebook, dormir, tirar foto... pra ter uma ideia, além dos dois home runs, o momento mais divertido foi quando um qualquer invadiu o campo, pulou a grade que dava pra rua, correu pelo gramado do lado de fora e conseguiu desviar de todos os seguranças que corriam atrás dele. Muito Chuck Norris! Ah, e eu aplaudi um home run do time adversário e não fiquei de pé durante a execução de "God bless America" em pleno 11/9. Muito bem, Marcela. Fazendo tudo errado.
E pra fechar minha curta temporada nessa cidade, fiz questão de assistir a um jogo de baseball. San Diego Padres x St. Louis Cardinals. Eu sei lá quem era melhor, eu sei lá que campeonato era aquele.
O que eu queria mesmo era ter a experiência de ir a uma partida e ver como o povo se comportava diante de um esporte tão importante na cultura deles. Até assisti a uns joguinhos na ESPN antes de viajar pra não chegar lá muito perdida. Mas olha: se já é difícil na TV, com comentaristas e tudo, ao vivo é impossível de entender. Foram as três horas em que eu mais boiei na minha vida. Que coisa mais lenta, Jesus! Dá pra ir ao banheiro zilhões de vezes, comprar 500 hot dogs, aproveitar o free wifi pra entrar no Facebook, dormir, tirar foto... pra ter uma ideia, além dos dois home runs, o momento mais divertido foi quando um qualquer invadiu o campo, pulou a grade que dava pra rua, correu pelo gramado do lado de fora e conseguiu desviar de todos os seguranças que corriam atrás dele. Muito Chuck Norris! Ah, e eu aplaudi um home run do time adversário e não fiquei de pé durante a execução de "God bless America" em pleno 11/9. Muito bem, Marcela. Fazendo tudo errado.
E queria deixar aqui minha homenagem ao Lulu. Em cada parte da Califórnia você lembra da música dele e nota que ela é muito real! Arrasou, Lulu!
O vento beija meus cabelos
As ondas lambem minhas pernas
O sol abraça o meu corpo
Meu coração canta feliz
:)