O que
realmente importa é descobrir que uma parte da Europa, esse continente tão
belo, faz parte de você. Ou você faz parte dele. Enfim, é pegar um avião,
desembarcar num novo país e se sentir em casa, com a impressão de que,
estranhamente, as coisas ali não são estranhas para você. Portugal, coisa
linda, cruzei o oceano só pra te conhecer. E no fim das contas descobri que te
conhecia desde sempre.
Seu povo sério
e , sim!, hospitaleiro e simpático, nos recebeu numa manhã fria de céu azul e
sol gigante falando a língua mais bonita do mundo: a nossa. E como é bom falar
o bom e velho português e ser entendido! É um afago na alma, um abraço de
amigo. Melhor que isso foi só ter chegado ali com a minha mãe, que nunca havia
viajado pro exterior antes, e notar o olhar dela tão brilhante, incrédulo, infantil,
um pouco assustado e MUITO feliz. Sério. Eu nunca havia visto minha mãe tão
feliz como a vi nesses dias de viagem. Viajar é a melhor coisa da vida e ainda opera toda uma magia! :)
O sono não
deu muita trégua no primeiro dia, mas também não impediu uma caminhada pelas
pedras portuguesas (pedras locais?) tão lisas e polidas (que nem no Rio, só que
ao contrário) da Baixa e pela lindíssima Praça do Comércio, o Cais da Ribeira
beijando o Tejo, e as ladeiras intermináveis do Chiado (Salvador, é você?) e da
Alta.
No dia
seguinte, metrô até Restauradores e bonde moderninho até Belém. A névoa não
queria arredar pé, então começamos o tour pelo Mosteiro dos Jerónimos. Uma
igreja magnífica guarda o túmulo do Camões e do Vasco da Gama (vice de novo!),
e dá pra ficar horas observando cada mínimo detalhe esculpido nas pilastras e
arcos.
A poucos passos dali, a atração mais importante: o restaurante dos deliciosos e imperdíveis pasteis de Belém. Quentinhos, com canela e açúcar, fazem a vida valer a pena. Ainda mais se acompanhados do chocolate quente (indico!) e do sanduíche no pão de centeio produzido na casa. Pra fugir da muvuca turística, vá caminhando lá pro fim do estabelecimento e certamente haverá mesas livres. E eis que, depois desse happy meal, o sol apareceu. Então foi só cruzar o jardim e a avenida em direção ao rio pra dar de cara com o Padrão dos Descobrimentos. Gente, eu fiquei abestalhada com o tamanho e perfeição daquele negócio. As esculturas são enormes! É muito bonito! E o Vice da Gama ali, tipo o segundo ou terceiro na escala de importância. Tô te dizendo... Alguns metros adiante, a famosa Torre de Belém, de onde os navegadores partiam pra explorar esse mundão de meu Deus. É muita história, muita relação com a nossa própria história. Adoro essas coisas.
A poucos passos dali, a atração mais importante: o restaurante dos deliciosos e imperdíveis pasteis de Belém. Quentinhos, com canela e açúcar, fazem a vida valer a pena. Ainda mais se acompanhados do chocolate quente (indico!) e do sanduíche no pão de centeio produzido na casa. Pra fugir da muvuca turística, vá caminhando lá pro fim do estabelecimento e certamente haverá mesas livres. E eis que, depois desse happy meal, o sol apareceu. Então foi só cruzar o jardim e a avenida em direção ao rio pra dar de cara com o Padrão dos Descobrimentos. Gente, eu fiquei abestalhada com o tamanho e perfeição daquele negócio. As esculturas são enormes! É muito bonito! E o Vice da Gama ali, tipo o segundo ou terceiro na escala de importância. Tô te dizendo... Alguns metros adiante, a famosa Torre de Belém, de onde os navegadores partiam pra explorar esse mundão de meu Deus. É muita história, muita relação com a nossa própria história. Adoro essas coisas.
E quem disse
que o dia havia acabado? Nada disso! Voltamos pra Lisboa a tempo de visitar a
Igreja de Santo António, A Catedral da Sé e, no topo da colina, o Castelo de
São Jorge com sua muralha e o lugar perfeito pra apreciar o sol se pondo sobre
a cidade e o rio.
Todos os
dias agradeço a minha amiga Elissa por duas indicações que fizeram toda a
diferença nessa ida a Portugal: passar um dia no Porto e ir à Tasca do Chico. Porque, gente, a Tasca do Chico é o lugar
mais especial que existe em terras lusas. Um pequeniníssimo restaurante no Bairro
Alto (a boa é subir pelo Elevador do Glória, também conhecido por um bonde super charmoso que sai da Praça dos Restauradores) , em que clientes de todas as idades se espremem e dividem mesas
apertadinhas. A decoração é baseada em clubes de futebol e elementos
referentes ao fado, o chouriço é flambado ali mesmo na sua frente num fogo que
faz seu rosto arder, e o vinho tinto local acompanhando é a melhor pedida. Lá,
toda segunda e quarta a partir de umas 20h, as luzes são apagadas e só restam
as poucas velas sobre as mesas, enquanto todo o ambiente e o seu coração são
tomados pela força do “fado vadio”. Cantores de fado não profissionais e dois
violonistas apresentam uma música mais linda que a outra no meio da clientela
amontoada. Impossível não se emocionar. Os mais sensíveis, como eu, não seguram
as lágrimas. Garantia de uma noite mágica.
Tasca do
Chico
Rua do
Diário de Notícias, 39
Recomendo
chegar por volta de 19h, ou corre-se o risco de não conseguir entrar/sentar
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