terça-feira, novembro 25, 2008

São Paulo - Formigueiro na selva

Essa cidade é doida demais! Não sei explicar. Deve ser por isso que gosto daqui. Não sei se pra morar, mas pra passar uns feriados ela é ótima! E tô aproveitando o tempo com calma, nada de correria. Ontem fui ao Museu do Futebol, que é incrível!!! Super lindo, organizado e, para os amantes do futebol (como eu), emocionante. É claro que não poderia faltar o Zico na galeria dos grandes nomes do esporte no país. Valeu, Mengão!! O museu fica no estádio do Pacaembu, bem embaixo das arquibancadas. E o melhor da exposição fica num espaço escuro onde imagens das torcidas são projetadas em telões e os cantos ecoam nas próprias estruturas do estádio. Fiquei uns 15 minutos parada ali, viajando.

E por falar em emoção, foi uma aventura chegar no Pacaembu. Cismei em ir andando. Peguei o mapa, vi a rota mais simples e fui. Só que a rota mais simples consistia em viadutos onde não passam pedestres. Ou seja: nó na minha cabeça, só pra variar. Caraca, é muito difícil andar aqui, Jesus!!! Segui por uma outra rua, quase deserta, que, pelo mapa, tb dava no estádio. Só que, de repente, ela sumiu. Puf. Simples assim. Aí tive que optar por uma outra rua que surgiu por ali. Finalmente avistei o muro do estádio e *puf* reapareceu a rua que tinha sumido. Tá, vcs não devem estar entendendo nada, mas enfim. Foi pior do que parece.

Tb fui a uma pizzaria muito legal com a Mônica e a família toda dela. Quanta gente boa! Amei a companhia deles. Ainda esticamos num bar chamado Drosóphila. Muuuuuito bom!! Espetáculo as caipirinhas de saquê com frutas vermelhas. Mas o melhor da noite foi descobrir que aqui se come fios de ovos de sobremesa. Sabe aquelas paradinhas amarelinhas que vêm em cima do bolo e a gente sempre tira? Então. Aqui vem um montão num pratinho e vc vai comendo felizinho com o garfinho. :)

E se São Paulo é uma cidade louca, a Rua 25 de Março extrapola. Frenéééééética! Imagina muita gente. Agora multiplica por mil, de todos os tipos, andando em todas as direções, mesmo sem haver espaço físico pra isso. Gente empurrando. Gritando. Aí toca “Adocica” e, três metros depois, “Summer night”. E passa uma carrocinha que vende açaí com leite condensado. E milho no potinho (pq essa coisa de espiga já saiu de moda). E tudo que vc possa imaginar. Aliás, tudo de que vc não precisa está à venda lá. E tá todo mundo comprando!

Tb reencontrei a Samantha (eba!) e fomos com os pais dela no Mercado Municipal. Que lugar lindo! Uma coisa meio tradicional e popular, com vitrais lindos, barracas de frutas frescas, queijos, frutos do mar e os famosíssimos sanduíche de mortadela (e põe mortadela nisso!) e pastel de bacalhau. Optei pelo pastel pq aquela tonelada de mortadela no sanduíche seria um atentado contra meu organismo.

E veio a chuva!! Essa historinha de que São Paulo é a terra da garoa é men-ti-ra! O que eu vi foi um temporal! As ruas do Jardins eram cachoeira de tanta água que descia pelo meio-fio. E eu nem quis saber: fui pro Masp ver uns quadros lindos, várias exposições incríveis, como uma de arte chinesa contemporânea. E não satisfeita, atravessei a Paulista e fui andando até a Livraria Cultura. Aí já era. Perdi a noção do tempo no meio de tantas revistas e livros maravilhosos! Ali vc pode folhear e ler o que quiser, sem ter a obrigação de comprar nada. Sentei num pufe e li metade de um livro, feliz.

Sábado à noite fui com Mônica e Aranha pra uma super balada: a Lanchonete da Cidade, toda fofinha, com decoração anos 60 e onde nos entupimos de batata frita, cheeseburger e um alucinante milkshake de doce de leite com nutela. Devia ser proibido inventarem coisas dessa natureza.

Tô feliz! Sempre que eu cismo com alguma coisa, vou atrás e consigo. Hahahaha! Ainda não tô acreditando que deu certo. Vai ser legal!

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