A saudade apertou e eu voltei, e eu voltei... Pois é, criei o blog só pra contar minhas peraltices pela Europa, mas a verdade é que de vez em quando, do nada, eu vivencio alguma coisa e dá vontade de sair correndo pra escrever. Então vou utilizar esse humilde espaço pra escrever o que der na telha, não só assuntos referentes a viagens. Se bem que a vida toda é móóóó viaaaaaaaaaaaagem, né? Então faz sentido.
Ok, mas não por acaso vou voltar falando de... viagem! Zumbi ganhou um feriado que ainda não á nacional. Aliás, nem sei exatamente quais lugares o adotam. Sei que ganhei uma folguinha e me mandei pra São Paulo. Por quê? Não sei. Gosto daqui. Gosto da bagunça. E Sampa tem muito mais “opções culturais” que o Rio, então inventei de fazer turismo aqui. Ir a museus, reencontrar vários amigos tb.
Na última hora abri mão de ficar em albergue pq foi me dando uma preguicinha de dividir banheiro e quarto com outras pessoas. Prontofalei. Tô no bom e não tão velho Formule 1 na Consolação, quase esquina com a Paulista. Ótima localização, perto do metrô, o fervo.
Fazia tempo que não viajava de ônibus, aquela coisa de ir pra rodovária e tal. E rodoviária é um lugar interessante, né? Um monte de gente carregando travesseiro com aquelas fronhas estampadas, mais um tanto carregando várias coisas em sacos plásticos... putz, tenho horror a saco plástico!! Hahahaha E como tem gente que viaja com camisa de time, nunca vi! Deve ser moda, não é possível.
Cheguei toda errada no Terminal Tietê. Seis horas da manhã. Cara amassada, frio da porra! Mas aí peguei um taxi (qdo viajo eu fico rica) com um motorista velhinho que era o ser mais fofo que eu conheci na vida! Daqueles senhores simpaticíssimos, que contam a vida inteira pra vc, sabe? Pois então: seu Nestor veio pra cá ainda jovem da Bahia (eu trouxe o coco!), onde era seresteiro. E não é que ele começou a cantar várias musiquinhas de Nelson Gonçalves e cia enquanto passávamos pelas ruas vazias da cidade? E ainda mandou a pérola: “Meu sonho era me casar só com 80 anos. Sabe por quê? Pra eu fazer chazinho e esquentar os pés da minha esposa, e ela fazer o mesmo comigo”. Pára, gente. Foi por pouco que não apertei aquelas bochechas.
Fui logo pro lugar que mais queria visitar em Sampa: o Museu da Língua Portuguesa. Superou minhas expectativas. Cara, o museu é foooooda! Lindo, emocionante, inteligente, interativo. Aliás, ele inteiro é uma poesia. Dá vontade de abraçar tudo, uma loucura. Pra me deixar mais feliz ainda, havia uma exposição temporária sobre o Machado de Assis. E eu a-m-o Joaquim Maria!!! O ingresso custa R$4 e estudante paga meia! Caraca, dá até pena de pagar só dois reais. A Estação da Luz tb é uma coisa linda de Deus! E ainda estava disponibilizando um piano lá no hall de entrada pra quem quisesse tocar. E olha que o pessoal tocou mesmo! Super bacana! A Pinacoteca, logo em frente, tb é linda. Só o prédio já vale a visita e o ingresso de R$4.
Ainda dei uma andadinha pela Paulista, mas me bateu um sono inacreditável. Nem consegui descansar muito pq aproveitei a boa-vontade do Danilo, que fez um tour pela cidade comigo. Cara, já é a 550ª vez que venho a São Paulo, mas não adianta: eu nunca vou entender esse lugar! Onde começa uma coisa e termina outra? Como sair de um lugar e ir pra outro? Eu sempre confundo Vila Mariana com Vila Madalena. E pra mim, Higienópolis, Itaim, Pacaembu e Morumbi é tudo Jardins! E se até o povo daqui se confunde às vezes, então tô no lucro. Desisto.
PS: Aqui tem de tudo. Todo tipo de gente. Até mendigo de terno e calça social, gente!
quinta-feira, novembro 20, 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
tá demais, hein, marcelinha! Texto leve. Feliz. Você. Totalmente você. Tá dando certo. Tudo que a gente fez. Vem pensando. Museus. Diário de bordo. o seu. tô viajando contigo. cê nunca esteve sozinha. cê sabe disso. bjs!
Postar um comentário