As pessoas estão falando muito sobre o apagão, Itaipu, Furnas, Dilma, blá blá blá whiskas sachê. Eu só gostaria de fazer uma simples consideração sobre o assunto:
Eu tinha velas.
E não tinha fósforos.
quarta-feira, novembro 18, 2009
quarta-feira, outubro 21, 2009
Paris - Look into your heart and you'll find love
Finalmente o post do último dia de viagem, quase um mês depois...
Marquei de encontrar o Pietro (meu novo amigo brasileiro) na Republique, bem perto do hostel, às 9h30, mas antes tinha que tomar café e fazer o checkout. Já tinha passado das 9, eu tinha devorado o café em 4 minutos, mas ainda faltava descer com a minha mala de 23 kg. E o elevador resolveu não funcionar. Desespero batendo, eis que surge um ser iluminado, musculoso, charmoso, simpático que fez a bondade de carregar a mala pelas escadas. Era brasileiro, o fofo. E essas aparições só acontecem qdo eu to indo embora...
Mas deu certo. Pietro foi uma super companhia e meu fotógrafo oficial (afinal é muito chato ficar tirando auto-retrato e sorrindo pra vc mesma). O mais louco foi que conseguimos o recorde de visitar todos os principais monumentos de Paris num só dia. Praça da Bastilha, Place des Vosges,Île de St Louis (onde, por indicação de amigos, tomei o sorvete mais caro da minha vida. Mas era de chocolate branco, era uma delícia e eu consegui estabelecer um diálogo razoavelmente grande e complexo em francês com o vendedor), Île de La Cité, Notre Dame, Louvre, Jardin des Tuileries, Place de La Concorde, Champs-Élysées e Arco do Triunfo. Isso tudo a pé. Com direito a muitas fotos fanfa no caminho (comprove abaixo).
Só no fim da tarde, depois de um almoço bem gorduroso num fast food francês, pegamos o metrô pra Montmartre. Gente, como eu ADORO esse lugar! As ruas de paralelepípedo são lindas, as praças com seus artistas, os cafés. Pra mim, a Sacré-Coeur tem o interior de igreja mais lindo do mundo, e eu me emocionei de novo lá dentro.
A essa altura uma sensação muito doida já tomava conta de mim. Sensação de vitória, de conquista, de saudades de Paris, de saudades de casa. Vontade de abraçar aquela cidade, de abraçar a mim mesma. Um orgulhinho por ter corrido atrás de algo que eu queria e ter conseguido chegar ali, de novo. Muita emoção junta. Ainda fazia sol e sentamos na escadaria da Sacré-Coeur, junto a milhares de outros turistas. Um músico amador começou a tocar músicas lindas no violão. E eu fiquei meio ali, meio fora dali, em algum lugar que eu não lembro, mas que era só meu. E, como da primeira vez em que me despedi de Paris, chorei incontrolavelmente em silêncio (e agora to toda emocionada lembrando daquele momento). Muito feliz. Muito.
Pedi pro seu moço do violão tocar uma música do Oasis antes de eu voltar pra buscar a mala no albergue. E ainda deu pra passar correndo no mercado pra comprar queijo, geleia e biscoitos franceses. Amo os mercados da França. A caminho do aeroporto, meu coração já era todo saudades de casa. O voo foi muito chato. Nada pra fazer e lo-ta-do de chineses que não paravam de falar. Levantavam pra conversar com os colegas que estavam sentados mais longe. E até qdo o avião passava em zona de turbulência e mandavam todo mundo sentar, eles continuavam em pé, conversando. Os comissários davam o aviso de atar os cintos em francês, inglês e português. Três línguas. E os chineses não se esforçavam. Uma comissária, já impaciente, falava “siiiiiit doooooown” e fazia mímica pros caras entenderem. Os chinas repetiam os gestos dela, riam feito bobos e continuavam ali, em pezinhos no corredor, conversando. Se eu já estava irritada, imagine a pobre da comissária.
E aí cheguei!! Meu pai me deu um abraço apertado em silêncio e tenho quase certeza que ele estava emocionado. Eu estava. Pq a Europa é linda, é foda, é um sonho, é mágica e eu quero voltar sempre. Mas o Rio é o Rio. É a mais nova cidade olímpica. E é aqui que me sinto em casa.
Marquei de encontrar o Pietro (meu novo amigo brasileiro) na Republique, bem perto do hostel, às 9h30, mas antes tinha que tomar café e fazer o checkout. Já tinha passado das 9, eu tinha devorado o café em 4 minutos, mas ainda faltava descer com a minha mala de 23 kg. E o elevador resolveu não funcionar. Desespero batendo, eis que surge um ser iluminado, musculoso, charmoso, simpático que fez a bondade de carregar a mala pelas escadas. Era brasileiro, o fofo. E essas aparições só acontecem qdo eu to indo embora...
Mas deu certo. Pietro foi uma super companhia e meu fotógrafo oficial (afinal é muito chato ficar tirando auto-retrato e sorrindo pra vc mesma). O mais louco foi que conseguimos o recorde de visitar todos os principais monumentos de Paris num só dia. Praça da Bastilha, Place des Vosges,Île de St Louis (onde, por indicação de amigos, tomei o sorvete mais caro da minha vida. Mas era de chocolate branco, era uma delícia e eu consegui estabelecer um diálogo razoavelmente grande e complexo em francês com o vendedor), Île de La Cité, Notre Dame, Louvre, Jardin des Tuileries, Place de La Concorde, Champs-Élysées e Arco do Triunfo. Isso tudo a pé. Com direito a muitas fotos fanfa no caminho (comprove abaixo).
Só no fim da tarde, depois de um almoço bem gorduroso num fast food francês, pegamos o metrô pra Montmartre. Gente, como eu ADORO esse lugar! As ruas de paralelepípedo são lindas, as praças com seus artistas, os cafés. Pra mim, a Sacré-Coeur tem o interior de igreja mais lindo do mundo, e eu me emocionei de novo lá dentro.
A essa altura uma sensação muito doida já tomava conta de mim. Sensação de vitória, de conquista, de saudades de Paris, de saudades de casa. Vontade de abraçar aquela cidade, de abraçar a mim mesma. Um orgulhinho por ter corrido atrás de algo que eu queria e ter conseguido chegar ali, de novo. Muita emoção junta. Ainda fazia sol e sentamos na escadaria da Sacré-Coeur, junto a milhares de outros turistas. Um músico amador começou a tocar músicas lindas no violão. E eu fiquei meio ali, meio fora dali, em algum lugar que eu não lembro, mas que era só meu. E, como da primeira vez em que me despedi de Paris, chorei incontrolavelmente em silêncio (e agora to toda emocionada lembrando daquele momento). Muito feliz. Muito.
Pedi pro seu moço do violão tocar uma música do Oasis antes de eu voltar pra buscar a mala no albergue. E ainda deu pra passar correndo no mercado pra comprar queijo, geleia e biscoitos franceses. Amo os mercados da França. A caminho do aeroporto, meu coração já era todo saudades de casa. O voo foi muito chato. Nada pra fazer e lo-ta-do de chineses que não paravam de falar. Levantavam pra conversar com os colegas que estavam sentados mais longe. E até qdo o avião passava em zona de turbulência e mandavam todo mundo sentar, eles continuavam em pé, conversando. Os comissários davam o aviso de atar os cintos em francês, inglês e português. Três línguas. E os chineses não se esforçavam. Uma comissária, já impaciente, falava “siiiiiit doooooown” e fazia mímica pros caras entenderem. Os chinas repetiam os gestos dela, riam feito bobos e continuavam ali, em pezinhos no corredor, conversando. Se eu já estava irritada, imagine a pobre da comissária.
E aí cheguei!! Meu pai me deu um abraço apertado em silêncio e tenho quase certeza que ele estava emocionado. Eu estava. Pq a Europa é linda, é foda, é um sonho, é mágica e eu quero voltar sempre. Mas o Rio é o Rio. É a mais nova cidade olímpica. E é aqui que me sinto em casa.
E um videozinho pra alegrar a vida:
Jason Mraz - I'm yours - http://www.youtube.com/watch?v=hwaexb5Ir2k
Well open up your mind and see like me
Open up your plans and then you're free
Look into your heart and you'll find love, love, love...
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domingo, setembro 27, 2009
Paris - O corpinho pede arrego
Hj pra acordar foi uma merrrrrrrrrrrrrrda! Realmente o quarto é bem melhor que o outro, as pessoinhas dormem direitinho e nem roncam, e o colchão parecia que estava me abraçando. Ai, que vontade de dormir o dia inteiro! Mas é Paris, não dá! A mocinha do café é bem mais simpática que a que trabalhava aqui ano passado, mas a comida continua exatamente igual.
Queria ir a Versailles amanhã, mas segunda as coisas não abrem, então tive que ir hj mesmo. Cara, a fila dava umas cinco voltas. Uma hora e vinte em pé, debaixo de um sol de meio-dia e identificando vários brasileiros paraíbas com camisas de time. Pq é muito fácil identificar as pessoas pela nacionalidade:
Com camisa de clube – brasileiro
Mulher com boné – brasileira
Falando alto – brasileiro
Tirando fotos engraçadinhas e se achando “o” palhaço – brasileiro
Casaquinho nos ombros, feito o tio Sukita – paulista
Gente, não to falando mal não! É só engraçado ficar brincando de achar brasileiro, principalmente quando se está sozinha numa fila. Bom, aí eu fiquei pegando um bronze francês durante quase 1:20! E qdo cheguei no balcão de informação, quase na boca da bilheteria, descobri que eu não precisava ter ficado na fila pq eu não queria ir ao palácio principal (já fui ano passado), só aos palaciozinhos da Maria Antonieta. Aliás, só me dei bem hj pq apresentei meu passe de trem e consegui ir de graça pra Versailles. Pq eu me ferrei várias vezes. Pra voltar pra estação de trem eu não podia cortar caminho por dentro dos jardins de Versailles pq meu ingresso não dava esse direito. Sério, eu andei que nem uma filha da puta em volta do terreno do palácio pra chegar na estação. Nesse momento, odiei com todas as minhas forças a riqueza da realeza francesa. Meu sonho é que os reis tivessem vivido num conjugadinho de 13m quadrados.
Eu fico super me achando qdo falo com alguém em francês. Qdo a outra pessoa fala poucas coisas é ótimo. Mas qdo ela insiste em falar frases enormes e super rápidas, fudeu. Eu vou lá e faço uma pergunta falando bem rápido, mas eu quero que a resposta seja beeeeeeeeeeeeeeem leeeeeeeeeeeeeentiiiiiiiiiiiiiiiiiiinhaaaaaaaaaaaaaaaa, senão o jeito é fazer uma cara estranha e pedir pra pessoa falar inglês. Aí toda a minha metidez vai por água abaixo.
Aí já eram cinco da tarde e eu até pensei em dar mais uma volta por Paris, mas meu corpo não aguentava. Vim direto pro albergue e tirei uma sonequinha divina por uma hora. Parecia que eu tinha dormido uma noite inteira, tamanho o alívio. Acordei na maior disposição e peguei o metrô pro Tocadéro, pra poder ver de pertinho a Torre Eiffel. Gente, eu lembrava do caminho! Tô boba com essas coisas. Mas o que importa é que a Torre estava lá, mais linda do que nunca e com a lua bem ao lado. Meio redundante dizer que eu comecei a chorar vendo isso, né_ E voltei pro albergue degustando um crepe de nutella e admirando os bonitinhos franceses no metrô.
E nessa minha última noite em Paris eu vou... dormir!!! A cidade luz já está toda no meu coração (desde que eu vim aqui a primeira vez) e preciso MUITO descansar mais pra aproveitar meu segundo último dia em Paris. Ano passado foi um cansaço emocional intenso. Portanto, posso esperar qq coisa.
PS: Sim, eu tiro muita foto FODA e elas viram quadrinhos na minha casa depois.
Queria ir a Versailles amanhã, mas segunda as coisas não abrem, então tive que ir hj mesmo. Cara, a fila dava umas cinco voltas. Uma hora e vinte em pé, debaixo de um sol de meio-dia e identificando vários brasileiros paraíbas com camisas de time. Pq é muito fácil identificar as pessoas pela nacionalidade:
Com camisa de clube – brasileiro
Mulher com boné – brasileira
Falando alto – brasileiro
Tirando fotos engraçadinhas e se achando “o” palhaço – brasileiro
Casaquinho nos ombros, feito o tio Sukita – paulista
Gente, não to falando mal não! É só engraçado ficar brincando de achar brasileiro, principalmente quando se está sozinha numa fila. Bom, aí eu fiquei pegando um bronze francês durante quase 1:20! E qdo cheguei no balcão de informação, quase na boca da bilheteria, descobri que eu não precisava ter ficado na fila pq eu não queria ir ao palácio principal (já fui ano passado), só aos palaciozinhos da Maria Antonieta. Aliás, só me dei bem hj pq apresentei meu passe de trem e consegui ir de graça pra Versailles. Pq eu me ferrei várias vezes. Pra voltar pra estação de trem eu não podia cortar caminho por dentro dos jardins de Versailles pq meu ingresso não dava esse direito. Sério, eu andei que nem uma filha da puta em volta do terreno do palácio pra chegar na estação. Nesse momento, odiei com todas as minhas forças a riqueza da realeza francesa. Meu sonho é que os reis tivessem vivido num conjugadinho de 13m quadrados.
Eu fico super me achando qdo falo com alguém em francês. Qdo a outra pessoa fala poucas coisas é ótimo. Mas qdo ela insiste em falar frases enormes e super rápidas, fudeu. Eu vou lá e faço uma pergunta falando bem rápido, mas eu quero que a resposta seja beeeeeeeeeeeeeeem leeeeeeeeeeeeeentiiiiiiiiiiiiiiiiiiinhaaaaaaaaaaaaaaaa, senão o jeito é fazer uma cara estranha e pedir pra pessoa falar inglês. Aí toda a minha metidez vai por água abaixo.
Aí já eram cinco da tarde e eu até pensei em dar mais uma volta por Paris, mas meu corpo não aguentava. Vim direto pro albergue e tirei uma sonequinha divina por uma hora. Parecia que eu tinha dormido uma noite inteira, tamanho o alívio. Acordei na maior disposição e peguei o metrô pro Tocadéro, pra poder ver de pertinho a Torre Eiffel. Gente, eu lembrava do caminho! Tô boba com essas coisas. Mas o que importa é que a Torre estava lá, mais linda do que nunca e com a lua bem ao lado. Meio redundante dizer que eu comecei a chorar vendo isso, né_ E voltei pro albergue degustando um crepe de nutella e admirando os bonitinhos franceses no metrô.
E nessa minha última noite em Paris eu vou... dormir!!! A cidade luz já está toda no meu coração (desde que eu vim aqui a primeira vez) e preciso MUITO descansar mais pra aproveitar meu segundo último dia em Paris. Ano passado foi um cansaço emocional intenso. Portanto, posso esperar qq coisa.
PS: Sim, eu tiro muita foto FODA e elas viram quadrinhos na minha casa depois.
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sábado, setembro 26, 2009
Paris - Não tem jeito
É a cidade mais linda do mundo. Não adianta. É e pronto. Vim pra cá, confesso, com uma certa pena de deixar Berlim. E pensando que ela não conseguiria mais me emocionar tanto, já que é minha segunda vez aqui. Bullshit! Fez um dia lindo, céu azul, não muito frio, e aí eu cheguei na margem do Sena, exatamente como no ano passado, e não consegui controlar o choro. As lágrimas saíam como torneira mal fechada. Foi do nada. Eu não pensei em nada, não forcei nada. Elas simplesmente vieram (em abundância!) e eu não tenho como negar que sou completamente apaixonada por esse lugar.
Aliás, é muito sebo esse negócio de “ah, é minha segunda vez em Paris”. É bom DEMAIS chegar aqui e já saber andar, qual metrô pegar, como mexer na maquininha de ticket do metrô, em qual rua entrar... Mas confesso que me surpreendi comigo mesma ao entrar no mercadinho em frente ao hostel e me lembrar exatamente onde ficava a água e a seção dos deliciosos biscoitos franceses. Choquei. Tô em casa.
Dessa vez eu vim sem roteiro. Saí hj e nem toquei no mapa. Já visitei as principais atrações da outra vez, então agora eu caminho sem rumo, entro onde der vontade, e isso é maravilhoso. Fiz um passeio bacana pelo Quartier Latin e comprei um croissant numa padaria com um cheirinho inesquecível de pão quente, que ia fisgando as pessoas pela rua que nem desenho do Tom e Jerry. Ah, e eu pedi em francês pq, cara, como eu me divirto falando francês! Falo pouco, mas já quebra um galho que eu nem te conto. Tirando com a mulherzinha do metrô, que eu pedi “um bilhete pro dia todo” e ela ficou toda querendo me dar esporro pq eu tinha que ter pedido “1-jour billet”. Ah, faça-me o favor.
Acabou que à tarde fui pro Louvre. Sim, eu sei que já fui lá, mas achei muito desperdício estar aqui tão pertinho de um dos melhores museus do mundo e não dar nem uma passadinha. O melhor é que fui de graça. Conheci no hostel uns brasileiros que já tinham ido lá hj e me deram o ingresso deles, que vale pro dia todo. Uhuuuuu!!! Louvre de graça foi lindo demais. Ok, passei de novo na Monalisa e na Venus de Milo, só pra dar um Hi 5, afinal a gente já se conhece. E depois saí andando pelo museu sem seguir nenhum guia. Sempre quis fazer isso.
Quase desfalecendo de fome mais uma vez, comprei um croque monsieur e fui ver o por-do-sol da Pont des Arts, sobre o Sena, com vista pras outras pontes, pra Torre Eiffel e pra Île de La Cité. Ou seja, paraíso na Terra. Aí a tarde foi caindo, o céu foi ficando alaranjado, depois rosa, depois violeta. E eu fui ficando ainda mais feliz, feliz, feliz...
Gente, tá tocando Chico Buarque na recepção do albergue!!! Emoção!!!
Sobre o albergue: Absolute Paris. É o mesmo do ano passado, mas o cara me botou num quarto horroroso. Velho, banheiro sujo e fedido, cortina do box nojenta, chuveiro que jorrava água pra fora. Aí botei minhas coisas em cima da única cama que me pareceu livre, na parte de cima da beliche. E tinha uma aranha enorme no teto, bem pertinho da cama. Não estava acreditando naquilo. Fiquei puta, mas achei melhor relevar e ir pra rua, afinal são apenas duas noites aqui. Aí eu voltei ainda há pouco e algum ser humano do quarto tinha tirado minhas coisas de cima da cama e colocado as dele. Tipo “Ooooooi!!!! Não viu que tinha coisa em cima da porra da cama”?? Aí não deu. Fui na recepção e pedi pra me trocarem de quarto. Agora estou num bem mais bonitinho, com banheiro limpo e, pela primeira impressão, pessoas organizadinhas. Graças.
Aliás, é muito sebo esse negócio de “ah, é minha segunda vez em Paris”. É bom DEMAIS chegar aqui e já saber andar, qual metrô pegar, como mexer na maquininha de ticket do metrô, em qual rua entrar... Mas confesso que me surpreendi comigo mesma ao entrar no mercadinho em frente ao hostel e me lembrar exatamente onde ficava a água e a seção dos deliciosos biscoitos franceses. Choquei. Tô em casa.
Dessa vez eu vim sem roteiro. Saí hj e nem toquei no mapa. Já visitei as principais atrações da outra vez, então agora eu caminho sem rumo, entro onde der vontade, e isso é maravilhoso. Fiz um passeio bacana pelo Quartier Latin e comprei um croissant numa padaria com um cheirinho inesquecível de pão quente, que ia fisgando as pessoas pela rua que nem desenho do Tom e Jerry. Ah, e eu pedi em francês pq, cara, como eu me divirto falando francês! Falo pouco, mas já quebra um galho que eu nem te conto. Tirando com a mulherzinha do metrô, que eu pedi “um bilhete pro dia todo” e ela ficou toda querendo me dar esporro pq eu tinha que ter pedido “1-jour billet”. Ah, faça-me o favor.
Acabou que à tarde fui pro Louvre. Sim, eu sei que já fui lá, mas achei muito desperdício estar aqui tão pertinho de um dos melhores museus do mundo e não dar nem uma passadinha. O melhor é que fui de graça. Conheci no hostel uns brasileiros que já tinham ido lá hj e me deram o ingresso deles, que vale pro dia todo. Uhuuuuu!!! Louvre de graça foi lindo demais. Ok, passei de novo na Monalisa e na Venus de Milo, só pra dar um Hi 5, afinal a gente já se conhece. E depois saí andando pelo museu sem seguir nenhum guia. Sempre quis fazer isso.
Quase desfalecendo de fome mais uma vez, comprei um croque monsieur e fui ver o por-do-sol da Pont des Arts, sobre o Sena, com vista pras outras pontes, pra Torre Eiffel e pra Île de La Cité. Ou seja, paraíso na Terra. Aí a tarde foi caindo, o céu foi ficando alaranjado, depois rosa, depois violeta. E eu fui ficando ainda mais feliz, feliz, feliz...
Gente, tá tocando Chico Buarque na recepção do albergue!!! Emoção!!!
Sobre o albergue: Absolute Paris. É o mesmo do ano passado, mas o cara me botou num quarto horroroso. Velho, banheiro sujo e fedido, cortina do box nojenta, chuveiro que jorrava água pra fora. Aí botei minhas coisas em cima da única cama que me pareceu livre, na parte de cima da beliche. E tinha uma aranha enorme no teto, bem pertinho da cama. Não estava acreditando naquilo. Fiquei puta, mas achei melhor relevar e ir pra rua, afinal são apenas duas noites aqui. Aí eu voltei ainda há pouco e algum ser humano do quarto tinha tirado minhas coisas de cima da cama e colocado as dele. Tipo “Ooooooi!!!! Não viu que tinha coisa em cima da porra da cama”?? Aí não deu. Fui na recepção e pedi pra me trocarem de quarto. Agora estou num bem mais bonitinho, com banheiro limpo e, pela primeira impressão, pessoas organizadinhas. Graças.
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Berlim - Sardinhas a bordo
Na minha última noite em Berlim eu consegui ir pro lugar mais morraico da cidade. O pessoal do hostel descobriu um bar muito doido. Na verdade, é um espaço feio, com umas duas lâmpadas fluorescentes no teto, um balcão onde vc pode comprar cerveja normal (não a Weiss, que é a que eu gosto mais) e uma mesa de ping pong no centro. Uma. Aí cada pessoinha pega uma raquetinha e o povo fica todo em volta da mesma mesa jogando a bolinha um pro outro. Entenderam? É como se fosse uma fila em volta da mesa, que vai andando conforme cada um joga e vai diminuindo pq as pessoas erram e têm que deixar o jogo. Enfim, é muito sem noção, mas é uma ideia incrível e muito simples de socialização. Acaba que todo mundo fica fazendo a mesma coisa e pegando muita amizade.
Meu trem pra Paris só saía à noite, então consegui aproveitar – correndo – o último dia. Fui a uma exposição ao ar livre (mais uma!) sobre o período do nazismo e depois passei no Checkpoint Charlie, que era a única passagem entre os dois lados do muro, e onde hj ficam uns paraibinhas vestidos de soldado e cobrando 1 euro pra tirar foto com os turistas bobinhos. Pelo menos em Berlim as atrações principais não ficam tão lotadas quanto nas outras cidades. Não sei se é pq a cidade é grande, ou se a procura é menor mesmo. Mas é uma vantagem e tanto pra quem quer ver as coisas sem perder a paciência. Meu caso.
Descobri uma loja muito maneira, que só vende camisas de futebol. Aí fui lá comprar a camisa do Bayer pro Marcelo e obviamente peguei muita amizade com o mocinho atendente. Horas conversando sobre futebol e eu fazendo a maior propaganda do Flamengo. No fim, o mocinho me deu de presente um pin do Flamengo! Que fofoooooooooo!!! E eu ainda conquistei torcedores alemães pro meu time. Pronto. É o clube mais famoso do mundo. E não se fala mais nisso.
Pra encerrar minha passagem por essa cidade incrível, onde as pessoas são MUITO simpáticas, segui indicações da Silvia e do Mauricio e fui comer no Einstein Cafe da Unter den Linden. Gente, passo adiante a dica: apfelstrudel com vanilla sauce. Vem um pedaço giga, a torta quentinha hummmmmmmmm......
Aí peguei um ônibus pra estação, me sentindo o ser mais abençoado do planeta pq ia pegar um trem noturno pra Paris. Trem com caminha, não era aquela pobreza de poltrona não! Um sebo. Então chegou o trem e eu percebi que as cabines eram um pouco menores do que eu pensava. A menina na minha frente estava se acabando pra conseguir entrar com as malas numa cabine que já tinha outras pessoas e eu dei graças a Deus de não estar naquela cabine. Mas eu estava. Um minuto de silencio pra quem se fudeu..........
...
...
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...
Então vamos imaginar a situação: uma cabine 2x2m, com seis camas divididas em duas triliches. Minha cama era a de cima e eu batia a cabeça no teto se ficasse sentada nela. Então a galera ficava sentadinha toda dobrada, que nem Frei Damião. Eu mal cabia deitada na minha cama, imaginem os meninos! Tô com pena deles até agora. Ainda não acabou. Éramos seis pessoas (dois alemães, três franceses e uma brasileira), umas 14 malas, duas raquetes de tênis (!) e UMA PRANCHA DE SURFE (!!!!!!!!). De novo: o trenzinho sai de Berlim (longe do litoral) pra Paris (longe do litoral) e o ser humano me leva uma prancha de surfe na caralha da cabine!!!!!! Oi????
Calma que não acabou! Pq, além de fazermos parte do programa “Seja uma sardinha na lata por 11 horas”, uma das sardinhas soltava PUM! Sim, com frequência. Do pior tipo: silencioso e fedido. Agora como é que o indivíduo europeu, em toda a sua consciência, acha que é super normal ficar peidando num ambiente micro, fechado e com outras cinco pessoas??? Como????? E eu fiquei sem saber quem era o culpado.
Cinco minutos de silêncio pra quem se fudeu:
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Meu trem pra Paris só saía à noite, então consegui aproveitar – correndo – o último dia. Fui a uma exposição ao ar livre (mais uma!) sobre o período do nazismo e depois passei no Checkpoint Charlie, que era a única passagem entre os dois lados do muro, e onde hj ficam uns paraibinhas vestidos de soldado e cobrando 1 euro pra tirar foto com os turistas bobinhos. Pelo menos em Berlim as atrações principais não ficam tão lotadas quanto nas outras cidades. Não sei se é pq a cidade é grande, ou se a procura é menor mesmo. Mas é uma vantagem e tanto pra quem quer ver as coisas sem perder a paciência. Meu caso.
Descobri uma loja muito maneira, que só vende camisas de futebol. Aí fui lá comprar a camisa do Bayer pro Marcelo e obviamente peguei muita amizade com o mocinho atendente. Horas conversando sobre futebol e eu fazendo a maior propaganda do Flamengo. No fim, o mocinho me deu de presente um pin do Flamengo! Que fofoooooooooo!!! E eu ainda conquistei torcedores alemães pro meu time. Pronto. É o clube mais famoso do mundo. E não se fala mais nisso.
Pra encerrar minha passagem por essa cidade incrível, onde as pessoas são MUITO simpáticas, segui indicações da Silvia e do Mauricio e fui comer no Einstein Cafe da Unter den Linden. Gente, passo adiante a dica: apfelstrudel com vanilla sauce. Vem um pedaço giga, a torta quentinha hummmmmmmmm......
Aí peguei um ônibus pra estação, me sentindo o ser mais abençoado do planeta pq ia pegar um trem noturno pra Paris. Trem com caminha, não era aquela pobreza de poltrona não! Um sebo. Então chegou o trem e eu percebi que as cabines eram um pouco menores do que eu pensava. A menina na minha frente estava se acabando pra conseguir entrar com as malas numa cabine que já tinha outras pessoas e eu dei graças a Deus de não estar naquela cabine. Mas eu estava. Um minuto de silencio pra quem se fudeu..........
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Então vamos imaginar a situação: uma cabine 2x2m, com seis camas divididas em duas triliches. Minha cama era a de cima e eu batia a cabeça no teto se ficasse sentada nela. Então a galera ficava sentadinha toda dobrada, que nem Frei Damião. Eu mal cabia deitada na minha cama, imaginem os meninos! Tô com pena deles até agora. Ainda não acabou. Éramos seis pessoas (dois alemães, três franceses e uma brasileira), umas 14 malas, duas raquetes de tênis (!) e UMA PRANCHA DE SURFE (!!!!!!!!). De novo: o trenzinho sai de Berlim (longe do litoral) pra Paris (longe do litoral) e o ser humano me leva uma prancha de surfe na caralha da cabine!!!!!! Oi????
Calma que não acabou! Pq, além de fazermos parte do programa “Seja uma sardinha na lata por 11 horas”, uma das sardinhas soltava PUM! Sim, com frequência. Do pior tipo: silencioso e fedido. Agora como é que o indivíduo europeu, em toda a sua consciência, acha que é super normal ficar peidando num ambiente micro, fechado e com outras cinco pessoas??? Como????? E eu fiquei sem saber quem era o culpado.
Cinco minutos de silêncio pra quem se fudeu:
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quinta-feira, setembro 24, 2009
Berlim - Solto a voz nas estradas
Vários dias sem escrever pq, gente, tem coisa demais pra fazer aqui. Berlim é do caralho!!! Já falei que adoro uma cidadezona bem grande, cheia de gente e bagunça, né_ Pois então. Em Berlim eu me sinto confortável por isso. Tem gente de todo tipo, vestida de todo jeito. Gente que fica reparando nas outras no metrô (adoro isso!). Hj mesmo eu comprei uma carteira (estava precisando!!) na Puma e saí toda humilde com uma sacolinha da loja. Aí no metrô sentou na minha frente um ser humano com um casaco Nike, um relógio que mal cabia no pulso dele de tão cebolão e uma sacola enooooooooooooorme da Hugo Boss com um terno dentro. O cara me compra um terno na Hugo Boss e depois pega o metrô! Paraaaaaaaaaa!!!! Não conseguia parar de olhar pra ele. Nem a alemã que sentou ao lado dele. Ou seja, aqui o povo tá liberado pra olhar e não disfarçar.
Por falar em metrô, aqui são várias linhas, mas dois tipos. Não sei ao certo qual a diferença (acho que o S-Bahn vai pra lugares mais distantes), só sei que desde ontem o S-Bahn tá em greve. A quatro dias das eleições. Uma beleza. E aí eu tenho que ficar quebrando a cabeça pra fazer zilhões de baldeações pelo U-Banh pra chegar nos lugares. Berlim é grande. Isso dá trabalho.
Ontem fui de manhã ao Memorial do Muro, uma exposição gratuita (oba!) sobre a história do Muro que dividia Berlim. Gente, essa história não faz o menor sentido. De um dia pro outro sua cidade é dividida e vc não pode mais passar pro outro lado. Imagina se isso acontece no Rio e o Wilton não consegue mais ir pra São Gonçalo! Que sorte! Hahaha Tô brincando, Wilton! Mas é muito doido mesmo. Ainda restam uns resquícios do muro em lugares diferentes de Berlim. Em outros, há uma marcação no chão indicando que o muro passava por ali. É comovente. As fotos, os vídeos... nossa, são de arrepiar, de esmagar o coração e encher os olhos de lágrimas. Numa outra exposição, agora na Alexandreplatz, é muito emocionante assistir aos vídeos e ver as fotos do dia da queda e da reunificação. Vale por todas as aulas de história da escola.
Subi a Torre de TV pq todo mundo sabe que eu adoro subir nessas coisas e ver a cidade de cima. Mas Berlim nem é daquelas cidades cheias de mega monumentos pra se ver de longe. Mesmo assim, esperei anoitecer um pouco pra ver as luzinhas acenderem lá embaixo. Pequenas coisas da vida que me fazem feliz.
Já contei que eu to no melhor albergue de Berlim, no quarto mais fervo de Berlim, com as pessoas mais gente boa de Berlim_ Bom, é isso. Aí cheguei no albergue à noite, após um dia exaustivo, e fui com Charlie e Tiffany procurar algo diferente pra comer. Diferente significa “qq coisa exceto salsichas”. Paramos num restaurante africano. Alguém já ouviu falar nisso_ Nem eu. Mas era o máximo! Todo trabalhado na zebra, na onça, com som de tambores, luz de velas. Tinha uma cerveja africana chamada Dju Dju, sabores manga e banana! Tinha carne de zebra e crocodilo!! Mas eu comi carne normalzinha mesmo. Quer dizer, eu tentei. Mas estava tããão cheio de pimenta e condimentos que não consegui comer quase nada. E o que botei pra dentro saiu antes mesmo de eu pagar a conta. Ok, no more details.
E a noite terminou no bar FERVO que tem aqui no albergue, com cerveja boa e... karaokê! Hahahaha Caraca, foi uma das melhores noites da minha vida. Exagero de risadas. Muitos gringos sem noção, brasileiros ótimos e, no final, já “daquele jeito”, Hugo e eu arrasamos no karaokê. Cantamos “Sunday Morning” e tenho que admitir que deixamos Maroon 5 no chinelo. Foi algo digno de uma final do American Idol. Quase Susan Boyle.
Aí pra acordar hj foi fáááááácil..... Mas vamos nessa pq cada minuto na Europa é uma pequena fortuna. Fui com o Hugo na Eastside Gallery, uma exposição ao ar livre. Na verdade, são pinturas que artistas fizeram em uma grande extensão que sobrou do Muro. Inclusive aquela supermega famosa dos caras se beijando. Imperdível!
Passei uns 40 minutos na fila pra poder entrar no Parlamento alemão. Valeu a pena. Além de ser mais um programa gratuito, o prédio tem uma nova cúpula com design moderno e de onde se tem uma vista bem bacana da cidade. Ok, isso pareceu texto de guia turístico. Acho que estou lendo muitos desses. Tb dei uma caminhada pelo Tiergarten, um parque enooooorme e lindo. Queria ter tido tempo de ir ao zoo, mas não deu. Mas pela grade dava pra ver umas coisas, então tive um encontro fortuito com dois camelos e duas lhamas.
O destino final foi uma igreja destruída por uma bomba, mas que mantiveram as ruínas como memorial e construíram outra modernosa ao lado. Muito foda!! Com um crucifixo todo no ouro e a parede toda no mosaico azul. Sentei num banquinho pra descansar e ficar olhando os mosaicos e aí... começou uma missa! Em alemão!! E aí não tinha como ir embora pq ia ficar chatão, né_ Só sei que fiquei lá e a única coisa que entendi foi o “em nome do pai, do filho, do Espírito Santo, amém”. No resto da missa minha mente foi longe.
E aí que eu prometi a mim mesma que, dessa vez, não iria ficar sem comer. Mas hj eu fiquei. Não tenho mais tanto tempo em Berlim, tem coisa à beça pra fazer ainda, corri bastante hj pra ver a maior quantidade de coisas possível e não comi. No desespero, entrei no McDonald’s mais lotado que já vi na vida. No way. Peguei metrô de volta pro albergue já com o ponteiro no fim da reserva. E eis que surge um micro McDonald’s sem fila no meio da estação!! Uhuuuuu!!!! Sabia que ficar na missa me traria algum retorno. Foi Deus quem inaugurou aquele McDonald’s no metrô. Dois cheseburgers e uma coca depois, sou uma nova pessoa, bebendo cerveja de laranja (oi_) no quarto com os colega tudo. Aliás, Silvia acabou de me mandar um torpedo dizendo que a filha da Mari nasce hj!! Viva! Vou beber uma cerveja por ela.
Por falar em metrô, aqui são várias linhas, mas dois tipos. Não sei ao certo qual a diferença (acho que o S-Bahn vai pra lugares mais distantes), só sei que desde ontem o S-Bahn tá em greve. A quatro dias das eleições. Uma beleza. E aí eu tenho que ficar quebrando a cabeça pra fazer zilhões de baldeações pelo U-Banh pra chegar nos lugares. Berlim é grande. Isso dá trabalho.
Ontem fui de manhã ao Memorial do Muro, uma exposição gratuita (oba!) sobre a história do Muro que dividia Berlim. Gente, essa história não faz o menor sentido. De um dia pro outro sua cidade é dividida e vc não pode mais passar pro outro lado. Imagina se isso acontece no Rio e o Wilton não consegue mais ir pra São Gonçalo! Que sorte! Hahaha Tô brincando, Wilton! Mas é muito doido mesmo. Ainda restam uns resquícios do muro em lugares diferentes de Berlim. Em outros, há uma marcação no chão indicando que o muro passava por ali. É comovente. As fotos, os vídeos... nossa, são de arrepiar, de esmagar o coração e encher os olhos de lágrimas. Numa outra exposição, agora na Alexandreplatz, é muito emocionante assistir aos vídeos e ver as fotos do dia da queda e da reunificação. Vale por todas as aulas de história da escola.
Subi a Torre de TV pq todo mundo sabe que eu adoro subir nessas coisas e ver a cidade de cima. Mas Berlim nem é daquelas cidades cheias de mega monumentos pra se ver de longe. Mesmo assim, esperei anoitecer um pouco pra ver as luzinhas acenderem lá embaixo. Pequenas coisas da vida que me fazem feliz.
Já contei que eu to no melhor albergue de Berlim, no quarto mais fervo de Berlim, com as pessoas mais gente boa de Berlim_ Bom, é isso. Aí cheguei no albergue à noite, após um dia exaustivo, e fui com Charlie e Tiffany procurar algo diferente pra comer. Diferente significa “qq coisa exceto salsichas”. Paramos num restaurante africano. Alguém já ouviu falar nisso_ Nem eu. Mas era o máximo! Todo trabalhado na zebra, na onça, com som de tambores, luz de velas. Tinha uma cerveja africana chamada Dju Dju, sabores manga e banana! Tinha carne de zebra e crocodilo!! Mas eu comi carne normalzinha mesmo. Quer dizer, eu tentei. Mas estava tããão cheio de pimenta e condimentos que não consegui comer quase nada. E o que botei pra dentro saiu antes mesmo de eu pagar a conta. Ok, no more details.
E a noite terminou no bar FERVO que tem aqui no albergue, com cerveja boa e... karaokê! Hahahaha Caraca, foi uma das melhores noites da minha vida. Exagero de risadas. Muitos gringos sem noção, brasileiros ótimos e, no final, já “daquele jeito”, Hugo e eu arrasamos no karaokê. Cantamos “Sunday Morning” e tenho que admitir que deixamos Maroon 5 no chinelo. Foi algo digno de uma final do American Idol. Quase Susan Boyle.
Aí pra acordar hj foi fáááááácil..... Mas vamos nessa pq cada minuto na Europa é uma pequena fortuna. Fui com o Hugo na Eastside Gallery, uma exposição ao ar livre. Na verdade, são pinturas que artistas fizeram em uma grande extensão que sobrou do Muro. Inclusive aquela supermega famosa dos caras se beijando. Imperdível!
Passei uns 40 minutos na fila pra poder entrar no Parlamento alemão. Valeu a pena. Além de ser mais um programa gratuito, o prédio tem uma nova cúpula com design moderno e de onde se tem uma vista bem bacana da cidade. Ok, isso pareceu texto de guia turístico. Acho que estou lendo muitos desses. Tb dei uma caminhada pelo Tiergarten, um parque enooooorme e lindo. Queria ter tido tempo de ir ao zoo, mas não deu. Mas pela grade dava pra ver umas coisas, então tive um encontro fortuito com dois camelos e duas lhamas.
O destino final foi uma igreja destruída por uma bomba, mas que mantiveram as ruínas como memorial e construíram outra modernosa ao lado. Muito foda!! Com um crucifixo todo no ouro e a parede toda no mosaico azul. Sentei num banquinho pra descansar e ficar olhando os mosaicos e aí... começou uma missa! Em alemão!! E aí não tinha como ir embora pq ia ficar chatão, né_ Só sei que fiquei lá e a única coisa que entendi foi o “em nome do pai, do filho, do Espírito Santo, amém”. No resto da missa minha mente foi longe.
E aí que eu prometi a mim mesma que, dessa vez, não iria ficar sem comer. Mas hj eu fiquei. Não tenho mais tanto tempo em Berlim, tem coisa à beça pra fazer ainda, corri bastante hj pra ver a maior quantidade de coisas possível e não comi. No desespero, entrei no McDonald’s mais lotado que já vi na vida. No way. Peguei metrô de volta pro albergue já com o ponteiro no fim da reserva. E eis que surge um micro McDonald’s sem fila no meio da estação!! Uhuuuuu!!!! Sabia que ficar na missa me traria algum retorno. Foi Deus quem inaugurou aquele McDonald’s no metrô. Dois cheseburgers e uma coca depois, sou uma nova pessoa, bebendo cerveja de laranja (oi_) no quarto com os colega tudo. Aliás, Silvia acabou de me mandar um torpedo dizendo que a filha da Mari nasce hj!! Viva! Vou beber uma cerveja por ela.
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terça-feira, setembro 22, 2009
Berlim - Cultura na veiaaaa!!!!
Dormi feito pedra. Coisa linda. E descobri que, além desse albergue ser um dos melhores (o melhor, talvez) em que já fiquei, ele tem o melhor café da manhã! Me enchi de croissant com nutela! Caraca! A melhor coisa da vida. Pelo amor de Deus, dêem o Nobel pro ser humano que inventou a Nutela.
Minha ideia pra hj era passar o dia na Museum Island e visitar uns dois museus. Aí cheguei na bilheteria do primeiro, logo de manhä, e descobri que o passe válido pra quase todos os museus sairia muito mais barato. Aí babou maluco pq eu bati o recorde da história e fui a TRËS museus!!! T-R-E-S!!! No mesmo diaaaaaa!!!! AAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!! Jesus, salve minha alma, meu corpo e minha mente, principalmente, pq depois dessa maratona está tudo moído.
Num dos museus – o mais legal, aliás -, uma sala mostrava que a exposição de esculturas já havia sido montada no Brasil. Aí tinha vídeos, painéis, tudo em português! Gente, parece uma coisa idiota, mas qdo vc tá em outro país e vê algo escrito na sua língua dá uma emoção enorme! Em toda viagem eu atinjo um momento de crise, em que não dá a menor vontade de falar inglês e dá muita vontade de mandar todo mundo que já nasceu falando inglês pra um lugar bem longe e feio. Acho que hj atingi esse ponto. Entao, qdo notei a sala no museu com tudo em português, tive vontade de gritar “É português, gringalhada! Vcs não estão entendendo porra nenhuma, né? Chupa”!!!! Baixo nível essa minha revolta.
Obviamente voltei pro albergue no fim da tarde e tirei uma soneca esperta, pois ficar de pé e de olho aberto estava sendo o maior desafio de todos naquele momento. Agora já são nove da noite e vou ver se dou uma volta por aí. Sei lá, continuo cansada. Nada a ver essa coisa de expandir conhecimento e adquirir cultura.
Minha ideia pra hj era passar o dia na Museum Island e visitar uns dois museus. Aí cheguei na bilheteria do primeiro, logo de manhä, e descobri que o passe válido pra quase todos os museus sairia muito mais barato. Aí babou maluco pq eu bati o recorde da história e fui a TRËS museus!!! T-R-E-S!!! No mesmo diaaaaaa!!!! AAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!! Jesus, salve minha alma, meu corpo e minha mente, principalmente, pq depois dessa maratona está tudo moído.
Num dos museus – o mais legal, aliás -, uma sala mostrava que a exposição de esculturas já havia sido montada no Brasil. Aí tinha vídeos, painéis, tudo em português! Gente, parece uma coisa idiota, mas qdo vc tá em outro país e vê algo escrito na sua língua dá uma emoção enorme! Em toda viagem eu atinjo um momento de crise, em que não dá a menor vontade de falar inglês e dá muita vontade de mandar todo mundo que já nasceu falando inglês pra um lugar bem longe e feio. Acho que hj atingi esse ponto. Entao, qdo notei a sala no museu com tudo em português, tive vontade de gritar “É português, gringalhada! Vcs não estão entendendo porra nenhuma, né? Chupa”!!!! Baixo nível essa minha revolta.
Obviamente voltei pro albergue no fim da tarde e tirei uma soneca esperta, pois ficar de pé e de olho aberto estava sendo o maior desafio de todos naquele momento. Agora já são nove da noite e vou ver se dou uma volta por aí. Sei lá, continuo cansada. Nada a ver essa coisa de expandir conhecimento e adquirir cultura.
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segunda-feira, setembro 21, 2009
Berlim - Gostei!
Daí que antes mesmo de chegar em Berlim eu já estava sentindo algo animadinho em relação à cidade. E, de fato, Berlim é o máximo! Não tem uma beleza evidente como Veneza e Paris. É algo mais exótico, sei lá. Tem muita história aqui. Hj mesmo fui a um museu que contava a história da Alemanha desde a época do Império Romano até a queda do muro, e foi incrível. Passei quase três horas muito feliz lá dentro (pq eu já to na fase do trauma... rs). Ah, e tinha MUITO material sobre a II Guerra e o Nazismo. Emocionante (principalmente no mau sentido).
Berlim é cidade grande, como eu gosto. Cheia de gente, de ônibus, barulho. Mas a maioria dos metrôs que eu peguei não tinha escada rolante, então foi um sofrimento ter que subir e descer escadas carregando a mala. Sorte que o povo alemão é realmente muito simpático, e de graça. Sempre vinha uma boa alma me oferecer ajuda. Sempre. E assim cheguei no albergue, que é ÓTIMO!!! The Circus é o nome. Staff gente boa, bar, elevador, em frente ao metrô. E o povo do quarto é mega animado! Já conheci todo mundo, inclusive um brasileiro. Afinal, a gente é um povo que se atrai, né_
Mas Berlim é muito mais fácil do que eu pensava. Basta começar a entender mais ou menos como as coisas funcionam, horário dos trens etc. E, apesar de grande, é menor do que eu pensava. Ou as atrações ficam meio próximas, sei lá. Só sei que cheguei aqui de manhã bem cedo e o quarto não estava pronto. Então peguei o metrô e fui direto pro Brandenburg Tor, o símbolo maior de Berlim. E foi a maior sorte que eu dei, pq a redondeza ainda tava meio vazia e eu pude exercer todas as minhas tentativas de auto-foto, visto que uns minutos depois a praça já estava cheia de turistas, manifestantes e repórteres. Aliás, entrei no Starbucks ali em frente e aí chegou uma equipe de TV se preparando pra uma gravação. E a dona moça maquiadora estava fazendo a make na repórter na mesinha do Starbucks! Tipo, qq nota! Então eu comecei a sentir uma vontade incontrolável de sacudir o corpo e sair dançando. Gente, estava tocando samba no Starbucks!! Beth Carvalho. E eu aproveitando o solzinho tímido da manhã, tomando um mocca quentinho, de frente pro Brandenburg Tor. Quase chorei.
E andei a Unter den Liden inteira. É a avenida mais famosa da cidade. Até presenciei um carrinho conversível bater numa motinho e o seu moço motoqueiro ficar deitadinho no asfalto enquanto aguardava o “resgate”. Valeu ele ter esperado, pq apareceram três carros de polícia (aqui na Alemanha são todos BMW; os táxis são todos Mercedes) e cinco ambulâncias. Cinco!!! Pq o mocinho bateu de moto. Foi um circo e, no fim, parece que todos se salvaram. O que não teve salvação foi meu estômago depois do hot dog de linguiça alemã que comi no almoço. Trevas.
Já conheci alguns outros brasileiros durante o dia, mas depois de uma noite não tão bem dormida a bordo de um assento reclinável de trem, eu to acabada. Mas ainda deu pra tomar uma cerveja Weiss (boa!) aqui no bar do hostel com os brasileiros e uma menina da Nova Zelândia que tb está no quarto. Aliás, vcs podem imaginar nossa cara de felicidade ao entrarmos no quarto agora há pouco e darmos de cara com os outros gringos enchendo a cara, ouvindo música alta, gritando e fumando na janela. Lindos. Viva o povo evoluído do primeiro mundo.
PS: Fotos amanha. To exausta.
Berlim é cidade grande, como eu gosto. Cheia de gente, de ônibus, barulho. Mas a maioria dos metrôs que eu peguei não tinha escada rolante, então foi um sofrimento ter que subir e descer escadas carregando a mala. Sorte que o povo alemão é realmente muito simpático, e de graça. Sempre vinha uma boa alma me oferecer ajuda. Sempre. E assim cheguei no albergue, que é ÓTIMO!!! The Circus é o nome. Staff gente boa, bar, elevador, em frente ao metrô. E o povo do quarto é mega animado! Já conheci todo mundo, inclusive um brasileiro. Afinal, a gente é um povo que se atrai, né_
Mas Berlim é muito mais fácil do que eu pensava. Basta começar a entender mais ou menos como as coisas funcionam, horário dos trens etc. E, apesar de grande, é menor do que eu pensava. Ou as atrações ficam meio próximas, sei lá. Só sei que cheguei aqui de manhã bem cedo e o quarto não estava pronto. Então peguei o metrô e fui direto pro Brandenburg Tor, o símbolo maior de Berlim. E foi a maior sorte que eu dei, pq a redondeza ainda tava meio vazia e eu pude exercer todas as minhas tentativas de auto-foto, visto que uns minutos depois a praça já estava cheia de turistas, manifestantes e repórteres. Aliás, entrei no Starbucks ali em frente e aí chegou uma equipe de TV se preparando pra uma gravação. E a dona moça maquiadora estava fazendo a make na repórter na mesinha do Starbucks! Tipo, qq nota! Então eu comecei a sentir uma vontade incontrolável de sacudir o corpo e sair dançando. Gente, estava tocando samba no Starbucks!! Beth Carvalho. E eu aproveitando o solzinho tímido da manhã, tomando um mocca quentinho, de frente pro Brandenburg Tor. Quase chorei.
E andei a Unter den Liden inteira. É a avenida mais famosa da cidade. Até presenciei um carrinho conversível bater numa motinho e o seu moço motoqueiro ficar deitadinho no asfalto enquanto aguardava o “resgate”. Valeu ele ter esperado, pq apareceram três carros de polícia (aqui na Alemanha são todos BMW; os táxis são todos Mercedes) e cinco ambulâncias. Cinco!!! Pq o mocinho bateu de moto. Foi um circo e, no fim, parece que todos se salvaram. O que não teve salvação foi meu estômago depois do hot dog de linguiça alemã que comi no almoço. Trevas.
Já conheci alguns outros brasileiros durante o dia, mas depois de uma noite não tão bem dormida a bordo de um assento reclinável de trem, eu to acabada. Mas ainda deu pra tomar uma cerveja Weiss (boa!) aqui no bar do hostel com os brasileiros e uma menina da Nova Zelândia que tb está no quarto. Aliás, vcs podem imaginar nossa cara de felicidade ao entrarmos no quarto agora há pouco e darmos de cara com os outros gringos enchendo a cara, ouvindo música alta, gritando e fumando na janela. Lindos. Viva o povo evoluído do primeiro mundo.
PS: Fotos amanha. To exausta.
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Fussen - Conto-de-fadas nipônico
23h02. Já to sentadinha no trem noturno esperando ele sair da estação de Munique rumo a Berlim. Hj passei a maior parte do dia dentro de trens, e a noite não vão ser diferente. Foram duas horas e três trens até Fussen e mais dois ônibus até o castelo do Rei Ludwig II. Aliás, não sei o que me impressionou mais, se foi a beleza do castelo ou a do motorista do ônibus. Além de lindo, era simpático.
Gente, essa Alemanha tá me surpreendendo na quantidade de homens bonitos. Ah, e na quantidade de japoneses tb. Caceta! Como existe tanto japonês assim no mundo__ No ônibus subindo pro castelo, um grupo de amigas estilosas e piriguetes, com sainha e MUITA maquiagem, furou a fila. E ainda tive a sorte de pegar o mesmo ônibus que uma excursão de japas. Onibus lotado, povo apertado, e eu era uma das únicas ali que não tinha os olhos puxados. O ônibus freava, os japas todos diziam “Oh”! A cada curva, “Oh”! Aí viram um lago e “Oh”! E viram o castelo ao longe – “Oh”! Aquilo estava me emputecendo.
Bom, mas aí chegamos e a vista (lago + castelo) de fato impressionou. Gente, é o castelo que inspirou Walt Disney a criar o da Cinderela! Aí chegou meu horário do tour e adivinha quem estava no meu grupo? A excursão de japoneses!! Meu Pai eterno! Quase tive um treco. E não paravam de tirar fotos dentro do castelo, sendo que isso era expressamente proibido. Foi um exercício de paciência e controle. E agora que eu to no trem, adivinha quem está ao meu lado? Uma japonesa! Rá! É mais ou menos assim que funciona: vc compra uma passagem pra Europa e ganha uma viagem pra Ásia.
Gente, essa Alemanha tá me surpreendendo na quantidade de homens bonitos. Ah, e na quantidade de japoneses tb. Caceta! Como existe tanto japonês assim no mundo__ No ônibus subindo pro castelo, um grupo de amigas estilosas e piriguetes, com sainha e MUITA maquiagem, furou a fila. E ainda tive a sorte de pegar o mesmo ônibus que uma excursão de japas. Onibus lotado, povo apertado, e eu era uma das únicas ali que não tinha os olhos puxados. O ônibus freava, os japas todos diziam “Oh”! A cada curva, “Oh”! Aí viram um lago e “Oh”! E viram o castelo ao longe – “Oh”! Aquilo estava me emputecendo.
Bom, mas aí chegamos e a vista (lago + castelo) de fato impressionou. Gente, é o castelo que inspirou Walt Disney a criar o da Cinderela! Aí chegou meu horário do tour e adivinha quem estava no meu grupo? A excursão de japoneses!! Meu Pai eterno! Quase tive um treco. E não paravam de tirar fotos dentro do castelo, sendo que isso era expressamente proibido. Foi um exercício de paciência e controle. E agora que eu to no trem, adivinha quem está ao meu lado? Uma japonesa! Rá! É mais ou menos assim que funciona: vc compra uma passagem pra Europa e ganha uma viagem pra Ásia.
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Munique - Oktoberfest
Comprei a mala, pronto. Entrei na tal loja em promoção e pedi logo a maior de todas. Lilás. Fiquei rica hj e tb comprei um tênis e um casaco. Foda-se. Agora to feliz, equipada e sem dor nas costas.
Mas a vida não existe sem aventura. Nossa reserva no albergue era só pro primeiro dia. Nos outros, reservamos um quarto num hotel Ibis, mas com o detalhe de que o site só informava que o hotel abriria em setembro, mas não dizia a data específica. Cara, eu tava tão tensa de não conseguir lugar pra dormir que cheguei a sonhar com isso. Aí saltamos do metrö e demos de cara com um terreno baldio. Pensei “Fudeu. O hotel nem foi construído ainda”.Pänico. Me imaginei dormindo num banco da estação de trem. Mas aí virei de costas e lá estava ele. Fofinho e todo novinho. Tipo, ainda tinha gente botando coisa no lugar, com furadeira, martelo... e as moças da recepçao totalmente perdidas. Hahaha Perguntamos pra elas qdo o hotel havia inaugurado e elas responderam "Há dois dias"! O importante é que estreamos o quarto, com edredon delícia, TV de LCD e um banheiro branquinho que nunca tinha sido usado. Obrigada, Senhor, por essa dádiva. Não quero pensar nos euros gastos nisso.
Ontem fomos ao Allianz Arena, o estádio principal da cidade. E o tour era em... alemão! Hahahaha Foi incrível. Não entendi UMA palavra do que aquele guia falou. Depois pegamos o metrô pro complexo esportivo das Olimpíadas de Munique. Avistamos várias pessoinhas com camisas azuis e brancas e descobrimos que estavam indo pra um jogo de hóquei. Entao nós... fomos pro jogo de hóquei!! Hahahha E eu nunca havia assistido a uma antes. Foi hilário!! Me diverti horrores! EHC München!!!
Tá, mas o que importa é que o sábado foi todinho dedicado à Oktoberfest!! Sim, a oficial!! Gente, nessa época Munique fica pior que o Rio no Carnaval! É gente pra todo lado usando aquelas roupinhas típicas, vestidinhos coloridos para elas e uma calça abaixo do joelho com camisa xadrez pra eles. E pensa que nego acha que é mico? Pensa nada! O povo acha o máximo! O metrö abarrotado de gente fantasiada, como que indo pra Sapucaí. Aí chegamos naquele meeeeeeeeeega parque de diversões, cheio de alemães vestidinhos com roupinhas típicas, cheio de turistas do mundo todo e de galpões abarrotados, nem um mísero lugarzinho! E pra conseguir pedir cerveja vc tem que estar sentado! Oi_ Nossa, nunca imaginei que o maior problema num festival de cerveja fosse comprar cerveja. Aquela frustração tomando conta da alma, eis que vi um seu moço do lado de fora do galpão com um copao de cerveja e resolvi perguntar onde ele tinha adquirido bem tão precioso. Pois bem: logo na entrada do evento, meio escondidinho, um bar vendia cerveja pros pobres desafortunados que não conseguiam lugar nos galpões. E aí a tarde foi bonita. E andamos de roda gigante e montanha russa. E ficamos hooooooooras esperando o moço segurança do bar olhar pro outro lado pra podermos levar o copo da cerveja como souvenir. Foi ridículo, mas deu certo. E eu alcancei a marca de 1 litro de cerveja num dia. Acreditem, isso é demais pra mim. Prost!
Mas a vida não existe sem aventura. Nossa reserva no albergue era só pro primeiro dia. Nos outros, reservamos um quarto num hotel Ibis, mas com o detalhe de que o site só informava que o hotel abriria em setembro, mas não dizia a data específica. Cara, eu tava tão tensa de não conseguir lugar pra dormir que cheguei a sonhar com isso. Aí saltamos do metrö e demos de cara com um terreno baldio. Pensei “Fudeu. O hotel nem foi construído ainda”.Pänico. Me imaginei dormindo num banco da estação de trem. Mas aí virei de costas e lá estava ele. Fofinho e todo novinho. Tipo, ainda tinha gente botando coisa no lugar, com furadeira, martelo... e as moças da recepçao totalmente perdidas. Hahaha Perguntamos pra elas qdo o hotel havia inaugurado e elas responderam "Há dois dias"! O importante é que estreamos o quarto, com edredon delícia, TV de LCD e um banheiro branquinho que nunca tinha sido usado. Obrigada, Senhor, por essa dádiva. Não quero pensar nos euros gastos nisso.
Ontem fomos ao Allianz Arena, o estádio principal da cidade. E o tour era em... alemão! Hahahaha Foi incrível. Não entendi UMA palavra do que aquele guia falou. Depois pegamos o metrô pro complexo esportivo das Olimpíadas de Munique. Avistamos várias pessoinhas com camisas azuis e brancas e descobrimos que estavam indo pra um jogo de hóquei. Entao nós... fomos pro jogo de hóquei!! Hahahha E eu nunca havia assistido a uma antes. Foi hilário!! Me diverti horrores! EHC München!!!
Tá, mas o que importa é que o sábado foi todinho dedicado à Oktoberfest!! Sim, a oficial!! Gente, nessa época Munique fica pior que o Rio no Carnaval! É gente pra todo lado usando aquelas roupinhas típicas, vestidinhos coloridos para elas e uma calça abaixo do joelho com camisa xadrez pra eles. E pensa que nego acha que é mico? Pensa nada! O povo acha o máximo! O metrö abarrotado de gente fantasiada, como que indo pra Sapucaí. Aí chegamos naquele meeeeeeeeeega parque de diversões, cheio de alemães vestidinhos com roupinhas típicas, cheio de turistas do mundo todo e de galpões abarrotados, nem um mísero lugarzinho! E pra conseguir pedir cerveja vc tem que estar sentado! Oi_ Nossa, nunca imaginei que o maior problema num festival de cerveja fosse comprar cerveja. Aquela frustração tomando conta da alma, eis que vi um seu moço do lado de fora do galpão com um copao de cerveja e resolvi perguntar onde ele tinha adquirido bem tão precioso. Pois bem: logo na entrada do evento, meio escondidinho, um bar vendia cerveja pros pobres desafortunados que não conseguiam lugar nos galpões. E aí a tarde foi bonita. E andamos de roda gigante e montanha russa. E ficamos hooooooooras esperando o moço segurança do bar olhar pro outro lado pra podermos levar o copo da cerveja como souvenir. Foi ridículo, mas deu certo. E eu alcancei a marca de 1 litro de cerveja num dia. Acreditem, isso é demais pra mim. Prost!
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quinta-feira, setembro 17, 2009
Munique - Hei de beber, beber, beber
Já é Alemanha! Prost! Mas o tempo tá uma droga, chuvinha fina e fria. Mas o que importa é que todo mundo – literalmente – tá vindo pra Oktoberfest, que começa depois de amanhã. E eu já to aqui!
Ontem à noite conheci uns australianos no hostel em Zurique e, depois de muito tempo de papo furado na cozinha, resolvemos sair pra beber alguma coisa. Mas olha, foi difícil. Dizem que nos fins de semana a cidade fica mais animada à noite, mas numa quarta-feira (fiquei horas tentando lembrar que dia da semana foi ontem, confesso) não tinha muita opção. Terminamos num bar bonitinho tomando uma cerveja suíça. Boa. Não Antarctica.
E o medo de perder a hora hj cedo_ Acordei uns 40 minutos antes pra não perder o trem de novo. Peguei uma amizade rápida com uma alemã e uma japonesa que estavam no meu quarto, peguei o trem – lindas paisagens, ainda que enevoadas – e cá estou! E já encontrei o Hugo (que está no mesmo albergue que eu) bem no meio da Marienplatz, a praça principal da cidade. Cheguei lá e tava rolando um showzinho de música à capela. O máximo!!
Bom, comemos um treco qualquer meio pretzel, meio pizza, sei lá, e saímos andando até o Engilsch Garten, um parque lindo, cheio de árvores, um rio e um gramado enorme, onde se pode tirar uma soneca sensacional. Mas tava chovendo, tempinho cinza e feio. Uma pena, visto o sono com que me encontro. E no meio de uma ponte nos deparamos com um grupo pegando onda num rio! A força das águas criava ondas e o povo ficava lá amarradão. E eu já falei do frio, né_
Início da noite, uma fome sinistra batendo, vontade de comer e não fazer mais nada... fomos pra Hofbrauhaus, a bier house mais famosa daqui. É um espaço imeeeeeeeeeenso, com musiquinha típica, garçons vestidos a caráter, mesas compridas e cheias de gente e MUITA cerveja!! Muita mesmo. Pedimos a primeira que tinha no cardápio e veio uma caneca de UM LITRO! PRA CADA UM!!! Jesus Cristo, salve essas almas! Hahahaha Ah, e pedimos salsichas tb pq, se a gente está na Alemanha, é pra fazer a coisa direito, oras! Gente, que delícia! Obviamente eu não agüentei beber o litro todo, mesmo a cerveja aqui sendo aparentemente mais fraca que as do Brasil. Mas o Hugo... demorou, mas não deixou nem uma gotinha pra contar história. Que orgulho! Enquanto isso, o amiguinho da mesa ao lado já ia pro seu terceiro litrinho.
O albergue é ótimo! Parece até hotel. Tudo limpinho, arrumadinho, lençóis rosa... a Barbie não me deixa. Mas o melhor é que o quarto tem três camas e... SÓ TEM EU! Uhuuuuuuuuuuuuuu!!!! Não acreditoooooo!!!! Um quarto só pra mim depois de tanto tempo! E eu posso fazer a bagunça que eu quiser, acender a luz a qq hora, abrir o zíper da mochila fazendo bastante barulho, mexer em saco plástico... ai, que sonho!
Por falar nisso, resolvi que vou comprar uma mala. Já estava amadurecendo essa ideia antes, aí cheguei aqui e descobri uma loja com vários tipos de mala em promoção. Foi um sinal divino. Preciso de algo com rodas. Tô velha, cheia de tralhas e ainda quero adquirir mais coisas. Eu ponho o mochilão nas costas e os braços ficam dormentes. Não rola. O menino massagista de Interlaken não está mais aqui pra quebrar meu galho.
Ontem à noite conheci uns australianos no hostel em Zurique e, depois de muito tempo de papo furado na cozinha, resolvemos sair pra beber alguma coisa. Mas olha, foi difícil. Dizem que nos fins de semana a cidade fica mais animada à noite, mas numa quarta-feira (fiquei horas tentando lembrar que dia da semana foi ontem, confesso) não tinha muita opção. Terminamos num bar bonitinho tomando uma cerveja suíça. Boa. Não Antarctica.
E o medo de perder a hora hj cedo_ Acordei uns 40 minutos antes pra não perder o trem de novo. Peguei uma amizade rápida com uma alemã e uma japonesa que estavam no meu quarto, peguei o trem – lindas paisagens, ainda que enevoadas – e cá estou! E já encontrei o Hugo (que está no mesmo albergue que eu) bem no meio da Marienplatz, a praça principal da cidade. Cheguei lá e tava rolando um showzinho de música à capela. O máximo!!
Bom, comemos um treco qualquer meio pretzel, meio pizza, sei lá, e saímos andando até o Engilsch Garten, um parque lindo, cheio de árvores, um rio e um gramado enorme, onde se pode tirar uma soneca sensacional. Mas tava chovendo, tempinho cinza e feio. Uma pena, visto o sono com que me encontro. E no meio de uma ponte nos deparamos com um grupo pegando onda num rio! A força das águas criava ondas e o povo ficava lá amarradão. E eu já falei do frio, né_
Início da noite, uma fome sinistra batendo, vontade de comer e não fazer mais nada... fomos pra Hofbrauhaus, a bier house mais famosa daqui. É um espaço imeeeeeeeeeenso, com musiquinha típica, garçons vestidos a caráter, mesas compridas e cheias de gente e MUITA cerveja!! Muita mesmo. Pedimos a primeira que tinha no cardápio e veio uma caneca de UM LITRO! PRA CADA UM!!! Jesus Cristo, salve essas almas! Hahahaha Ah, e pedimos salsichas tb pq, se a gente está na Alemanha, é pra fazer a coisa direito, oras! Gente, que delícia! Obviamente eu não agüentei beber o litro todo, mesmo a cerveja aqui sendo aparentemente mais fraca que as do Brasil. Mas o Hugo... demorou, mas não deixou nem uma gotinha pra contar história. Que orgulho! Enquanto isso, o amiguinho da mesa ao lado já ia pro seu terceiro litrinho.
O albergue é ótimo! Parece até hotel. Tudo limpinho, arrumadinho, lençóis rosa... a Barbie não me deixa. Mas o melhor é que o quarto tem três camas e... SÓ TEM EU! Uhuuuuuuuuuuuuuu!!!! Não acreditoooooo!!!! Um quarto só pra mim depois de tanto tempo! E eu posso fazer a bagunça que eu quiser, acender a luz a qq hora, abrir o zíper da mochila fazendo bastante barulho, mexer em saco plástico... ai, que sonho!
Por falar nisso, resolvi que vou comprar uma mala. Já estava amadurecendo essa ideia antes, aí cheguei aqui e descobri uma loja com vários tipos de mala em promoção. Foi um sinal divino. Preciso de algo com rodas. Tô velha, cheia de tralhas e ainda quero adquirir mais coisas. Eu ponho o mochilão nas costas e os braços ficam dormentes. Não rola. O menino massagista de Interlaken não está mais aqui pra quebrar meu galho.
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quarta-feira, setembro 16, 2009
Zurique - Como uma criança feliz
Tô frenética na Suíça, pulando de cidade em cidade. Já tô em Zurique, e só por hoje. Acordei às 6h30 pra dar tempo de pegar o trem. Imaginem acordar no pé dos Alpes com o céu ainda escuro. Foi fácil não. Mas o pior era o chuveiro do albergue, que vc tinha que ficar apertando o botãozinho pra sair água a cada minuto. Boooooooooring! Não satisfeito, o chuveiro jorrava água a 300 litros por hora, tipo quase arrancando minha pele. E ainda não satisfeito, o bicho largava litros de água gelada antes de vir a quente. Fazendo um barulho ensurdecedor. Ou seja: delicinha.
Aí cheguei toda bela na estação e... descobri que meu trem era de uma hora antes! Eu tinha me confundido e visto o horário da conexão, na cidade seguinte! Desespero. Fui lá desenrolar com a mocinha da bilheteria e acabou dando tudo certo. Consegui embarcar bonitinha no trem seguinte. O australiano de ontem tb pegou o trem pra Zurique hj de manhã, mas me perdi dele pq eu sou chique e meu assento era de 1a classe, e não o encontrei mais. kkkkkk!!!!
O albergue em Zurique, City Backpackers, é na rua do fervo, pelo que entendi. Só que ele fica no quarto andar de um prédiozinho. E os andares de baixo sao a cozinha de um restaurante! hahahaha Aí vc vai subindo e se deparando com vários indianos cozinheiros que não deixam vc passar na frente na escada, mesmo estando com várias malas. Já conheci tudo o que queria. Uma pena o tempo estar nublado e chuviscando, pq o lago deve ficar lindo num dia de sol. Cidade super fofa! Me lembrou Amsterdã, com pontes, casinhas pequenas, trams, pessoas loiras e nórdicas, crianças que parecem bonecas... Meu almoço foi um pão enoooooooooorme com uma salsicha enoooooooooorme dentro. rsrsrs Pensei em assistir a um concerto numa igreja, mas achei caro. Aí avistei um cinema e pensei que poderia ver um filme. Me aproximei e... era cinema pornô! hahahahaha Pornô naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Então veio a hora da perdição. E eu só tenho três coisas a declarar:
1- Chocolates suíços em promoção
2- Calvin Klein em promoção
3- Fudeu. Não tenho mais espaço na mala.
Aí cheguei toda bela na estação e... descobri que meu trem era de uma hora antes! Eu tinha me confundido e visto o horário da conexão, na cidade seguinte! Desespero. Fui lá desenrolar com a mocinha da bilheteria e acabou dando tudo certo. Consegui embarcar bonitinha no trem seguinte. O australiano de ontem tb pegou o trem pra Zurique hj de manhã, mas me perdi dele pq eu sou chique e meu assento era de 1a classe, e não o encontrei mais. kkkkkk!!!!
O albergue em Zurique, City Backpackers, é na rua do fervo, pelo que entendi. Só que ele fica no quarto andar de um prédiozinho. E os andares de baixo sao a cozinha de um restaurante! hahahaha Aí vc vai subindo e se deparando com vários indianos cozinheiros que não deixam vc passar na frente na escada, mesmo estando com várias malas. Já conheci tudo o que queria. Uma pena o tempo estar nublado e chuviscando, pq o lago deve ficar lindo num dia de sol. Cidade super fofa! Me lembrou Amsterdã, com pontes, casinhas pequenas, trams, pessoas loiras e nórdicas, crianças que parecem bonecas... Meu almoço foi um pão enoooooooooorme com uma salsicha enoooooooooorme dentro. rsrsrs Pensei em assistir a um concerto numa igreja, mas achei caro. Aí avistei um cinema e pensei que poderia ver um filme. Me aproximei e... era cinema pornô! hahahahaha Pornô naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Então veio a hora da perdição. E eu só tenho três coisas a declarar:
1- Chocolates suíços em promoção
2- Calvin Klein em promoção
3- Fudeu. Não tenho mais espaço na mala.
terça-feira, setembro 15, 2009
Interlaken - The hills are alive!
Minha bateria do laptop tá acabando, então infelizmente vou ter que escrever pouquinho hj. Depois eu completo o relato.
Ontem à noite peguei amizade com uns 20 gringos aqui na night do albergue. EUA, Austrália em peso, mas tenho a sensação de ser a única brasileira em toda a cidade. Foi mega divertido! O carinha do Arizona me dando vários moles, mas como nao dei ideia ele pegou uma fortinha de Londres que queria se dar bem a qq custo! hahahaha Tava na cara dela! Gente boa toda vida, mas juro que não entendia UMA palavra do que aquela criatura dizia. Gente, aquilo não era inglês!!! Tá, mas a melhor da noite foi qdo eu conheci um menino de Wisconsin. Calma, gente. Nada disso do que vcs estão pensando. Eu só perguntei o que ele fazia da vida, aí o menino foi cair na besteira de dizer que fazia massoterapia. Oi__ Não pensei duas vezes. Virei de costas pra ele e disse "Pode começar". Cara, foi o momento mais prazeroso de toda a minha viagem. A massagem mais maravilhosa e providencial que eu poderia receber.
Aí combinei com um australiano de fazermos o passeio up to the mountains hj. E foi o passeio mais incrível do planeta! Pegamos um ônibus, um trem e depois um tipo de bonde pra chegar lá em cima dos Alpes. E fizemos uma caminhada de 3 horas e meia por uma trilha maravilhosa, com vistas de tirar o fôlego. Sem a menor dúvida foi a coisa mais bonita que eu já vi na vida. É sério. Os picos com neve eterna, os gramados verdinhos, vaquinhas com sininhos no pescoço e um silêncio inacreditável. Uma paz sem igual, com o ar mais puro do mundo. Pegamos amizade com vários outros andarilhos pelo caminho, inclusive um simpático casal de senhores escoceses. Tô muito cansada, mas ainda tá cedo e daqui a pouco vou dar uma volta no centro. Fiquem com umas fotos pra terem o gostinho. Queria escrever mais, mas enfim. Quem tiver a oportunidade, venha e veja pessoalmente! Venha sentir o frio dos Alpes, ver vaquinhas e curtir a paisagem mais incrível e breathtaking do planeta.
PS1: Sim, eu sorri MUITO em todas as fotos.
PS2: Sim, eu abri os braços em todas as fotos.
PS3: Sim, amei esse meu casaco que não deixa passar vento!
Ontem à noite peguei amizade com uns 20 gringos aqui na night do albergue. EUA, Austrália em peso, mas tenho a sensação de ser a única brasileira em toda a cidade. Foi mega divertido! O carinha do Arizona me dando vários moles, mas como nao dei ideia ele pegou uma fortinha de Londres que queria se dar bem a qq custo! hahahaha Tava na cara dela! Gente boa toda vida, mas juro que não entendia UMA palavra do que aquela criatura dizia. Gente, aquilo não era inglês!!! Tá, mas a melhor da noite foi qdo eu conheci um menino de Wisconsin. Calma, gente. Nada disso do que vcs estão pensando. Eu só perguntei o que ele fazia da vida, aí o menino foi cair na besteira de dizer que fazia massoterapia. Oi__ Não pensei duas vezes. Virei de costas pra ele e disse "Pode começar". Cara, foi o momento mais prazeroso de toda a minha viagem. A massagem mais maravilhosa e providencial que eu poderia receber.
Aí combinei com um australiano de fazermos o passeio up to the mountains hj. E foi o passeio mais incrível do planeta! Pegamos um ônibus, um trem e depois um tipo de bonde pra chegar lá em cima dos Alpes. E fizemos uma caminhada de 3 horas e meia por uma trilha maravilhosa, com vistas de tirar o fôlego. Sem a menor dúvida foi a coisa mais bonita que eu já vi na vida. É sério. Os picos com neve eterna, os gramados verdinhos, vaquinhas com sininhos no pescoço e um silêncio inacreditável. Uma paz sem igual, com o ar mais puro do mundo. Pegamos amizade com vários outros andarilhos pelo caminho, inclusive um simpático casal de senhores escoceses. Tô muito cansada, mas ainda tá cedo e daqui a pouco vou dar uma volta no centro. Fiquem com umas fotos pra terem o gostinho. Queria escrever mais, mas enfim. Quem tiver a oportunidade, venha e veja pessoalmente! Venha sentir o frio dos Alpes, ver vaquinhas e curtir a paisagem mais incrível e breathtaking do planeta.
PS1: Sim, eu sorri MUITO em todas as fotos.
PS2: Sim, eu abri os braços em todas as fotos.
PS3: Sim, amei esse meu casaco que não deixa passar vento!
segunda-feira, setembro 14, 2009
Interlaken - O vale encantado
País novo, ar puro das montanhas. Saltei na estação e senti um cheirinho delícia de bosta de vaca. Alguma idéia de onde eu esteja_ Sim, Suíçaaaaaaaaa!!!!! EEEEEEEEEEEEEEE!!!! Finalmente deixei Milão pra trás, extremamente ansiosa pra chegar aqui. No trem, sentei em frente a uma americana que estava viajando com o bebê MAIS FOFO do planeta! Ele não parava de rir, todo simpatiquinho e quietinho no colo da mãe.
O trem passou por vários lugares incríveis! Montanhas enormes, laguinhos, casinhas fofas, picos com neve láááá em cima... Comecei a ficar ainda mais empolgada. Só que pra chegar a Interlaken eu tive que trocar de trem em Spiez. E enquanto o trem não chegava, resolvi atravessar a rua (a estação era pequena) e foi a maior surpresa da vida! Me deparei com um lago enooooooooooorme e maravilhoso. Nunca pensei que fosse ver uma paisagem daquelas um dia... Os olhos encheram d’água. Tava demorando pra eu chorar nessa viagem. A partir daí a coisa só melhorou. Foram uns 20 minutos de trem até Interlaken, num percurso que beirava o lago e que me deixou louca, não acreditando no que eu estava vendo.
A cidade aqui é pequenininha e fica entre dois lagos (por isso o nome – Interlaken) e várias montanhas lindas. Tem várias casinhas bonitinhas de madeirinha, com florzinhas nas janelinhas. E eu to falando tudo no diminutivo pq tudo aqui dá vontade de apertar, tamanha a fofura. Todas aquelas coisinhas típicas da Suíça eu vejo o tempo todo por aqui. Inclusive zilhões de lojas vendendo relógios maravilhosos, canivetes e... chocolates!!!! Ai, Jesus, como a vida é doce. Passei no mercado agora há pouco e fiquei HORAS em frente à prateleira de chocolate pra tentar escolher um. Isso pq era um mercado normal. Vcs precisam ver as lojas de chocolate que tem aqui. Dá vontade de ficar lá dentro pra sempre.
Tb dá vontade de passar o dia atravessando a rua. Quase não tem sinal aqui, mas vc nem precisa botar o pé na rua pros carros pararem. Basta parar na calçada e olha pro outro lado da rua. TODOS os carros e motos param e os motoristas ainda te dão um sorriso! Geeeeeente, isso é muito evoluído pra minha cabeça terceiromundista.
Obviamente eu me perdi pra achar o hostel, ou não seria eu, né_ Que mania essa minha de sempre entrar nas ruas erradas qdo to carregando bilhões de quilos nas costas! Saco! Não falo UMA palavra em alemão, mas resolvi entrar numa lanchonete e pedir ajuda. Gente, o cara foi tãããããão simpático comigo que eu quase dei um abraço nele! No final mandei um “dunke” e ele ficou todo prosa! Hahahaha Fofo! Aliás, as pessoas aqui são bem simpáticas. Eu faço aquela coisa horrível de já chegar falando inglês e todas respondem na boa. Deve ser por causa do meu lindo sorriso. Kkkkk!
Aqui não tem muitas atrações, com exceção dos esportes radicais (vcs estão imaginando minha cara de “Zona de impacto” agora, né_) e da paisagem. Entao eu saí andando sem rumo e admirando a vista. Atravessei umas pontes que passam pelo lago e a água é verde! Parece piscina, uma coisa de louco! Com patinhos e cisnes e um sileeeeeeeeeeeeeencio inacreditável. Tb tá fazendo um frio bacana. Voltei pro albergue morrendo de frio e o relógio só marcava 18 graus. Impossível! Aí fui ao mercado e voltei 20 minutos depois: 15 graus. Ou seja, agora deve estar abaixo de zero, se seguirmos nessa progressão.
Todas as meninas do quarto são umas fofas. Tem duas inglesas e duas neozelandesas. Tb já conheci dois americanos que perguntaram onde eu trabalho. Esse povo vem sempre com perguntas difíceis. Rsrsrs Agora eles me adoram mais ainda. Bom, e mais tarde abre o bar do albergue e o povo já combinou de se encontrar. Portanto, é isso aí! Ah, e vários bonitinhos no albergue e na cidade.
PS: E minhas olheiras, hein... que medo.
O trem passou por vários lugares incríveis! Montanhas enormes, laguinhos, casinhas fofas, picos com neve láááá em cima... Comecei a ficar ainda mais empolgada. Só que pra chegar a Interlaken eu tive que trocar de trem em Spiez. E enquanto o trem não chegava, resolvi atravessar a rua (a estação era pequena) e foi a maior surpresa da vida! Me deparei com um lago enooooooooooorme e maravilhoso. Nunca pensei que fosse ver uma paisagem daquelas um dia... Os olhos encheram d’água. Tava demorando pra eu chorar nessa viagem. A partir daí a coisa só melhorou. Foram uns 20 minutos de trem até Interlaken, num percurso que beirava o lago e que me deixou louca, não acreditando no que eu estava vendo.
A cidade aqui é pequenininha e fica entre dois lagos (por isso o nome – Interlaken) e várias montanhas lindas. Tem várias casinhas bonitinhas de madeirinha, com florzinhas nas janelinhas. E eu to falando tudo no diminutivo pq tudo aqui dá vontade de apertar, tamanha a fofura. Todas aquelas coisinhas típicas da Suíça eu vejo o tempo todo por aqui. Inclusive zilhões de lojas vendendo relógios maravilhosos, canivetes e... chocolates!!!! Ai, Jesus, como a vida é doce. Passei no mercado agora há pouco e fiquei HORAS em frente à prateleira de chocolate pra tentar escolher um. Isso pq era um mercado normal. Vcs precisam ver as lojas de chocolate que tem aqui. Dá vontade de ficar lá dentro pra sempre.
Tb dá vontade de passar o dia atravessando a rua. Quase não tem sinal aqui, mas vc nem precisa botar o pé na rua pros carros pararem. Basta parar na calçada e olha pro outro lado da rua. TODOS os carros e motos param e os motoristas ainda te dão um sorriso! Geeeeeente, isso é muito evoluído pra minha cabeça terceiromundista.
Obviamente eu me perdi pra achar o hostel, ou não seria eu, né_ Que mania essa minha de sempre entrar nas ruas erradas qdo to carregando bilhões de quilos nas costas! Saco! Não falo UMA palavra em alemão, mas resolvi entrar numa lanchonete e pedir ajuda. Gente, o cara foi tãããããão simpático comigo que eu quase dei um abraço nele! No final mandei um “dunke” e ele ficou todo prosa! Hahahaha Fofo! Aliás, as pessoas aqui são bem simpáticas. Eu faço aquela coisa horrível de já chegar falando inglês e todas respondem na boa. Deve ser por causa do meu lindo sorriso. Kkkkk!
Aqui não tem muitas atrações, com exceção dos esportes radicais (vcs estão imaginando minha cara de “Zona de impacto” agora, né_) e da paisagem. Entao eu saí andando sem rumo e admirando a vista. Atravessei umas pontes que passam pelo lago e a água é verde! Parece piscina, uma coisa de louco! Com patinhos e cisnes e um sileeeeeeeeeeeeeencio inacreditável. Tb tá fazendo um frio bacana. Voltei pro albergue morrendo de frio e o relógio só marcava 18 graus. Impossível! Aí fui ao mercado e voltei 20 minutos depois: 15 graus. Ou seja, agora deve estar abaixo de zero, se seguirmos nessa progressão.
Todas as meninas do quarto são umas fofas. Tem duas inglesas e duas neozelandesas. Tb já conheci dois americanos que perguntaram onde eu trabalho. Esse povo vem sempre com perguntas difíceis. Rsrsrs Agora eles me adoram mais ainda. Bom, e mais tarde abre o bar do albergue e o povo já combinou de se encontrar. Portanto, é isso aí! Ah, e vários bonitinhos no albergue e na cidade.
PS: E minhas olheiras, hein... que medo.
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