Na minha última noite em Berlim eu consegui ir pro lugar mais morraico da cidade. O pessoal do hostel descobriu um bar muito doido. Na verdade, é um espaço feio, com umas duas lâmpadas fluorescentes no teto, um balcão onde vc pode comprar cerveja normal (não a Weiss, que é a que eu gosto mais) e uma mesa de ping pong no centro. Uma. Aí cada pessoinha pega uma raquetinha e o povo fica todo em volta da mesma mesa jogando a bolinha um pro outro. Entenderam? É como se fosse uma fila em volta da mesa, que vai andando conforme cada um joga e vai diminuindo pq as pessoas erram e têm que deixar o jogo. Enfim, é muito sem noção, mas é uma ideia incrível e muito simples de socialização. Acaba que todo mundo fica fazendo a mesma coisa e pegando muita amizade.
Meu trem pra Paris só saía à noite, então consegui aproveitar – correndo – o último dia. Fui a uma exposição ao ar livre (mais uma!) sobre o período do nazismo e depois passei no Checkpoint Charlie, que era a única passagem entre os dois lados do muro, e onde hj ficam uns paraibinhas vestidos de soldado e cobrando 1 euro pra tirar foto com os turistas bobinhos. Pelo menos em Berlim as atrações principais não ficam tão lotadas quanto nas outras cidades. Não sei se é pq a cidade é grande, ou se a procura é menor mesmo. Mas é uma vantagem e tanto pra quem quer ver as coisas sem perder a paciência. Meu caso.
Descobri uma loja muito maneira, que só vende camisas de futebol. Aí fui lá comprar a camisa do Bayer pro Marcelo e obviamente peguei muita amizade com o mocinho atendente. Horas conversando sobre futebol e eu fazendo a maior propaganda do Flamengo. No fim, o mocinho me deu de presente um pin do Flamengo! Que fofoooooooooo!!! E eu ainda conquistei torcedores alemães pro meu time. Pronto. É o clube mais famoso do mundo. E não se fala mais nisso.
Pra encerrar minha passagem por essa cidade incrível, onde as pessoas são MUITO simpáticas, segui indicações da Silvia e do Mauricio e fui comer no Einstein Cafe da Unter den Linden. Gente, passo adiante a dica: apfelstrudel com vanilla sauce. Vem um pedaço giga, a torta quentinha hummmmmmmmm......
Aí peguei um ônibus pra estação, me sentindo o ser mais abençoado do planeta pq ia pegar um trem noturno pra Paris. Trem com caminha, não era aquela pobreza de poltrona não! Um sebo. Então chegou o trem e eu percebi que as cabines eram um pouco menores do que eu pensava. A menina na minha frente estava se acabando pra conseguir entrar com as malas numa cabine que já tinha outras pessoas e eu dei graças a Deus de não estar naquela cabine. Mas eu estava. Um minuto de silencio pra quem se fudeu..........
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Então vamos imaginar a situação: uma cabine 2x2m, com seis camas divididas em duas triliches. Minha cama era a de cima e eu batia a cabeça no teto se ficasse sentada nela. Então a galera ficava sentadinha toda dobrada, que nem Frei Damião. Eu mal cabia deitada na minha cama, imaginem os meninos! Tô com pena deles até agora. Ainda não acabou. Éramos seis pessoas (dois alemães, três franceses e uma brasileira), umas 14 malas, duas raquetes de tênis (!) e UMA PRANCHA DE SURFE (!!!!!!!!). De novo: o trenzinho sai de Berlim (longe do litoral) pra Paris (longe do litoral) e o ser humano me leva uma prancha de surfe na caralha da cabine!!!!!! Oi????
Calma que não acabou! Pq, além de fazermos parte do programa “Seja uma sardinha na lata por 11 horas”, uma das sardinhas soltava PUM! Sim, com frequência. Do pior tipo: silencioso e fedido. Agora como é que o indivíduo europeu, em toda a sua consciência, acha que é super normal ficar peidando num ambiente micro, fechado e com outras cinco pessoas??? Como????? E eu fiquei sem saber quem era o culpado.
Cinco minutos de silêncio pra quem se fudeu:
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sábado, setembro 26, 2009
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2 comentários:
Tô chocada com a cabine... e com o companheiro de cabine... aliás já tinha ficado chocada com a poltrona do trem de Munique pra Berlim...
O toque de Poliana é que pelo menos eram só umas horas e passou!!
hahahaha tô adorando esse blog!
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