sábado, setembro 26, 2009

Paris - Não tem jeito

É a cidade mais linda do mundo. Não adianta. É e pronto. Vim pra cá, confesso, com uma certa pena de deixar Berlim. E pensando que ela não conseguiria mais me emocionar tanto, já que é minha segunda vez aqui. Bullshit! Fez um dia lindo, céu azul, não muito frio, e aí eu cheguei na margem do Sena, exatamente como no ano passado, e não consegui controlar o choro. As lágrimas saíam como torneira mal fechada. Foi do nada. Eu não pensei em nada, não forcei nada. Elas simplesmente vieram (em abundância!) e eu não tenho como negar que sou completamente apaixonada por esse lugar.

Aliás, é muito sebo esse negócio de “ah, é minha segunda vez em Paris”. É bom DEMAIS chegar aqui e já saber andar, qual metrô pegar, como mexer na maquininha de ticket do metrô, em qual rua entrar... Mas confesso que me surpreendi comigo mesma ao entrar no mercadinho em frente ao hostel e me lembrar exatamente onde ficava a água e a seção dos deliciosos biscoitos franceses. Choquei. Tô em casa.

Dessa vez eu vim sem roteiro. Saí hj e nem toquei no mapa. Já visitei as principais atrações da outra vez, então agora eu caminho sem rumo, entro onde der vontade, e isso é maravilhoso. Fiz um passeio bacana pelo Quartier Latin e comprei um croissant numa padaria com um cheirinho inesquecível de pão quente, que ia fisgando as pessoas pela rua que nem desenho do Tom e Jerry. Ah, e eu pedi em francês pq, cara, como eu me divirto falando francês! Falo pouco, mas já quebra um galho que eu nem te conto. Tirando com a mulherzinha do metrô, que eu pedi “um bilhete pro dia todo” e ela ficou toda querendo me dar esporro pq eu tinha que ter pedido “1-jour billet”. Ah, faça-me o favor.

Acabou que à tarde fui pro Louvre. Sim, eu sei que já fui lá, mas achei muito desperdício estar aqui tão pertinho de um dos melhores museus do mundo e não dar nem uma passadinha. O melhor é que fui de graça. Conheci no hostel uns brasileiros que já tinham ido lá hj e me deram o ingresso deles, que vale pro dia todo. Uhuuuuu!!! Louvre de graça foi lindo demais. Ok, passei de novo na Monalisa e na Venus de Milo, só pra dar um Hi 5, afinal a gente já se conhece. E depois saí andando pelo museu sem seguir nenhum guia. Sempre quis fazer isso.

Quase desfalecendo de fome mais uma vez, comprei um croque monsieur e fui ver o por-do-sol da Pont des Arts, sobre o Sena, com vista pras outras pontes, pra Torre Eiffel e pra Île de La Cité. Ou seja, paraíso na Terra. Aí a tarde foi caindo, o céu foi ficando alaranjado, depois rosa, depois violeta. E eu fui ficando ainda mais feliz, feliz, feliz...

Gente, tá tocando Chico Buarque na recepção do albergue!!! Emoção!!!

Sobre o albergue: Absolute Paris. É o mesmo do ano passado, mas o cara me botou num quarto horroroso. Velho, banheiro sujo e fedido, cortina do box nojenta, chuveiro que jorrava água pra fora. Aí botei minhas coisas em cima da única cama que me pareceu livre, na parte de cima da beliche. E tinha uma aranha enorme no teto, bem pertinho da cama. Não estava acreditando naquilo. Fiquei puta, mas achei melhor relevar e ir pra rua, afinal são apenas duas noites aqui. Aí eu voltei ainda há pouco e algum ser humano do quarto tinha tirado minhas coisas de cima da cama e colocado as dele. Tipo “Ooooooi!!!! Não viu que tinha coisa em cima da porra da cama”?? Aí não deu. Fui na recepção e pedi pra me trocarem de quarto. Agora estou num bem mais bonitinho, com banheiro limpo e, pela primeira impressão, pessoas organizadinhas. Graças.


















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