quinta-feira, setembro 16, 2010

Paris - L'Alliance Française

Agora eu escrevo por temas pq fica mais fácil, tá? Então vamos falar do curso, um dos motivos que me trouxe à esta amada cidade.

Achei que o curso "intensivo" seria mais frenético. Não é. Bem tranquilo, por sinal. Tem deverzinho todo dia, a professora, Caroline (pronuncia-se Carrrrroline) fala docemente e numa velocidade que todo mundo compreende. É ótimo! Já falei que ela usa retroprojetor e apaga o quadro negro com uma esponjinha que ela molha na água, né? E eu pensei que fosse ter aula no lugar mais moderno do mundo... rsrsrs Tô aprendendo MUITO. Cara, como eu gosto dessa língua! E como ela tem exceções, meu Deus! É sempre assim: "Neste tempo verbal, todos os verbos são regulares, com exceção de..." e aí vem uma lista imensa.

Mas nada consegue ser melhor que o fato de vc olhar a turma, olhar o mapa mundi pendurado na parede e se dar conta de que cada uma daquelas pessoinhas veio de um lugar diferente do planeta. Agora estão ali, ao seu lado, com o mesmo objetivo. Nossa, isso é demais! Os intervalos, então, qdo nos reunimos na cafeteria e o bate-papo (em francês) rola solto, são de um aprendizado e uma troca de experiências e culturas sem tamanho.

A cada semana algumas pessoas vão embora e novos coleguinhas chegam, então fica tudo muito dinâmico. A turma é bem cheia e as pessoas são (quase todas) MUITO legais. Mas como o francês é movido pelas exceções, tb temos algumas na turma. É feio ficar citando a nacionalidade, até pq não quero generalizar nem gerar uma crise diplomática. Mas tem uma ser humana que eu nem achava tão chata, mas agora ela começou a me irritar (e ai resto da turma tb) pq ela ri muito alto e em momentos nada engraçados, fala alto PACARALHO, quer responder a tudo e hj ainda deu fora em duas meninas. A outra, de outro país, é mega anti-social, acha que entende MUITO, tem um sotaque ESCROTO que NINGUÉM entende e quando tem trabalhinho em grupo ela vira de lado e começa a fazer sozinha. Que imbecil.

Confesso que tb é difícil entender quando os orientais falam. Não é preconceito, gente, é fato. A língua deles é totalmente diferente, deve ser complicado pra eles. De qq forma, é muito bacana esse esforço. A tailandesa fala tão baixinho, tão pra dentro, que parece que está contando um segredo. Ela tb troca o R pelo L, que nem o Cebolinha, então um verbo como "arrête" vira "alête". Difííííícil, viu? A chinesa é uma fofinha que mistura todas as línguas e põe o dedinho no queixo pra pensar. Os gregos trocam o J pelo Z, então "je suis" vira "ze suis". Bonitinho. Queria saber como eles veem o sotaque brasileiro.

Adoro a chinesa, a grega, e tb as brasileiras, as australianas, as alemãs o mexicano que fala metade da frase em francês e a outra metade em inglês, sempre carregado com sotaque castelhano, e a iraniana, que é a mais doida de todas, a mais figura e a que fala melhor. Loira, com piercing, roupas coloridas, fala besteira à beça. Vc olha pra ela e NUNCA imagina que é de um país islâmico e cheio de restrições. Dia desses a tarefa era apresentar o amiguinho do lado. Aí a chinesa foi apresentar a iraniana: "Ela é do Iraque..." hahahaha! E a iraniana, rindo: "Não!!!!! Eu sou do Irã! Iraque é nosso inimigo"!!!!! Caraca, me mijei de rir!

Um comentário:

Unknown disse...

hahahaahahaha...sen-sa-si-o-nal!!!..."Iraque é nosso inimigo" é o q há!!!...cara, é fantástico vivenciar todas essas experiências. Fico tão orgulhosa de ter vc pra me contar todas essas coisas maravilhosas...minha lindona!! :D