Vários dias sem escrever pq, gente, tem coisa demais pra fazer aqui. Berlim é do caralho!!! Já falei que adoro uma cidadezona bem grande, cheia de gente e bagunça, né_ Pois então. Em Berlim eu me sinto confortável por isso. Tem gente de todo tipo, vestida de todo jeito. Gente que fica reparando nas outras no metrô (adoro isso!). Hj mesmo eu comprei uma carteira (estava precisando!!) na Puma e saí toda humilde com uma sacolinha da loja. Aí no metrô sentou na minha frente um ser humano com um casaco Nike, um relógio que mal cabia no pulso dele de tão cebolão e uma sacola enooooooooooooorme da Hugo Boss com um terno dentro. O cara me compra um terno na Hugo Boss e depois pega o metrô! Paraaaaaaaaaa!!!! Não conseguia parar de olhar pra ele. Nem a alemã que sentou ao lado dele. Ou seja, aqui o povo tá liberado pra olhar e não disfarçar.
Por falar em metrô, aqui são várias linhas, mas dois tipos. Não sei ao certo qual a diferença (acho que o S-Bahn vai pra lugares mais distantes), só sei que desde ontem o S-Bahn tá em greve. A quatro dias das eleições. Uma beleza. E aí eu tenho que ficar quebrando a cabeça pra fazer zilhões de baldeações pelo U-Banh pra chegar nos lugares. Berlim é grande. Isso dá trabalho.
Ontem fui de manhã ao Memorial do Muro, uma exposição gratuita (oba!) sobre a história do Muro que dividia Berlim. Gente, essa história não faz o menor sentido. De um dia pro outro sua cidade é dividida e vc não pode mais passar pro outro lado. Imagina se isso acontece no Rio e o Wilton não consegue mais ir pra São Gonçalo! Que sorte! Hahaha Tô brincando, Wilton! Mas é muito doido mesmo. Ainda restam uns resquícios do muro em lugares diferentes de Berlim. Em outros, há uma marcação no chão indicando que o muro passava por ali. É comovente. As fotos, os vídeos... nossa, são de arrepiar, de esmagar o coração e encher os olhos de lágrimas. Numa outra exposição, agora na Alexandreplatz, é muito emocionante assistir aos vídeos e ver as fotos do dia da queda e da reunificação. Vale por todas as aulas de história da escola.
Subi a Torre de TV pq todo mundo sabe que eu adoro subir nessas coisas e ver a cidade de cima. Mas Berlim nem é daquelas cidades cheias de mega monumentos pra se ver de longe. Mesmo assim, esperei anoitecer um pouco pra ver as luzinhas acenderem lá embaixo. Pequenas coisas da vida que me fazem feliz.
Já contei que eu to no melhor albergue de Berlim, no quarto mais fervo de Berlim, com as pessoas mais gente boa de Berlim_ Bom, é isso. Aí cheguei no albergue à noite, após um dia exaustivo, e fui com Charlie e Tiffany procurar algo diferente pra comer. Diferente significa “qq coisa exceto salsichas”. Paramos num restaurante africano. Alguém já ouviu falar nisso_ Nem eu. Mas era o máximo! Todo trabalhado na zebra, na onça, com som de tambores, luz de velas. Tinha uma cerveja africana chamada Dju Dju, sabores manga e banana! Tinha carne de zebra e crocodilo!! Mas eu comi carne normalzinha mesmo. Quer dizer, eu tentei. Mas estava tããão cheio de pimenta e condimentos que não consegui comer quase nada. E o que botei pra dentro saiu antes mesmo de eu pagar a conta. Ok, no more details.
E a noite terminou no bar FERVO que tem aqui no albergue, com cerveja boa e... karaokê! Hahahaha Caraca, foi uma das melhores noites da minha vida. Exagero de risadas. Muitos gringos sem noção, brasileiros ótimos e, no final, já “daquele jeito”, Hugo e eu arrasamos no karaokê. Cantamos “Sunday Morning” e tenho que admitir que deixamos Maroon 5 no chinelo. Foi algo digno de uma final do American Idol. Quase Susan Boyle.
Aí pra acordar hj foi fáááááácil..... Mas vamos nessa pq cada minuto na Europa é uma pequena fortuna. Fui com o Hugo na Eastside Gallery, uma exposição ao ar livre. Na verdade, são pinturas que artistas fizeram em uma grande extensão que sobrou do Muro. Inclusive aquela supermega famosa dos caras se beijando. Imperdível!
Passei uns 40 minutos na fila pra poder entrar no Parlamento alemão. Valeu a pena. Além de ser mais um programa gratuito, o prédio tem uma nova cúpula com design moderno e de onde se tem uma vista bem bacana da cidade. Ok, isso pareceu texto de guia turístico. Acho que estou lendo muitos desses. Tb dei uma caminhada pelo Tiergarten, um parque enooooorme e lindo. Queria ter tido tempo de ir ao zoo, mas não deu. Mas pela grade dava pra ver umas coisas, então tive um encontro fortuito com dois camelos e duas lhamas.
O destino final foi uma igreja destruída por uma bomba, mas que mantiveram as ruínas como memorial e construíram outra modernosa ao lado. Muito foda!! Com um crucifixo todo no ouro e a parede toda no mosaico azul. Sentei num banquinho pra descansar e ficar olhando os mosaicos e aí... começou uma missa! Em alemão!! E aí não tinha como ir embora pq ia ficar chatão, né_ Só sei que fiquei lá e a única coisa que entendi foi o “em nome do pai, do filho, do Espírito Santo, amém”. No resto da missa minha mente foi longe.
E aí que eu prometi a mim mesma que, dessa vez, não iria ficar sem comer. Mas hj eu fiquei. Não tenho mais tanto tempo em Berlim, tem coisa à beça pra fazer ainda, corri bastante hj pra ver a maior quantidade de coisas possível e não comi. No desespero, entrei no McDonald’s mais lotado que já vi na vida. No way. Peguei metrô de volta pro albergue já com o ponteiro no fim da reserva. E eis que surge um micro McDonald’s sem fila no meio da estação!! Uhuuuuu!!!! Sabia que ficar na missa me traria algum retorno. Foi Deus quem inaugurou aquele McDonald’s no metrô. Dois cheseburgers e uma coca depois, sou uma nova pessoa, bebendo cerveja de laranja (oi_) no quarto com os colega tudo. Aliás, Silvia acabou de me mandar um torpedo dizendo que a filha da Mari nasce hj!! Viva! Vou beber uma cerveja por ela.
quinta-feira, setembro 24, 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Marcelinha, Luiza nasceu a coisa mais fofa... 50cm e 3kg de pura calma!
Mas voltando a Berlim: só vá ao Zoo se estiver sobrando tempo. Vale o mesmo (e até mais) pro Aquario. E se tiver sobrando muito tempo, volta pra Munique e vai no de lá!!!hahaha..... já põe na lista da próxima visita, pq vale a pena!
beijos!!!
Postar um comentário