terça-feira, setembro 30, 2008

Pessoas no caminho - Parte 4

Londres


Pessoas no caminho - Parte 3

Amsterdã

Praga



Pessoas no caminho - Parte 2

Barcelona





Pessoas no caminho - Parte 1

Paris
Paris
Madrid

Toledo

Rio!

Gente, eu trabalho amanhã! Não acredito! Nem lembro mais como é isso... rs Saudades da galera. Mas precisava mesmo tirar férias das férias. Ai, tanta coisa pra fazer. E já tem ensaio do Salgueiro de novo!! E da Tijuca tb! Voltar tem seus prós e contras. Mas como disse a amiga Luana, a gente nunca volta, está sempre indo. Ainda mais depois de uma viagem dessas. Chego ao Brasil com o bolso vazio e o coração cheio. A cabeça mais aberta e a memória cheia de boas lembranças. Momentos inesquecíveis. Daqueles que vc guarda pra sempre e que vão fazer toda a diferença na sua vida no futuro. Vivi nesse último mês histórias que vou contar pros meus netos, e que enchem meu coração de orgulho e a alma de alegria. E quantos encontros (e reencontros) incríveis essa viagem propiciou. Nossa, quanta gente diferente e bacana eu conheci. E quantos amigos fofos eu tive a chance de rever e de passar ótimos momentos junto. Vou postar as fotos deles aqui, para deixar marcada a importância deles pra mim. E pra quem quiser ver...

Foram oito meses organizando essa viagem e tudo foi pefeito. Tudo valeu a pena. Cada minuto, cada encontro, cada passo, cada vez que eu senti os sapatos apertarem e as costas doerem horrores. Cada comentário que os amigos deixaram no blog e que indicavam que estavam me acompanhando de longe. Eu não estava sozinha em momento algum. Vc viaja de acordo com seu estado de espírito. E "sozinha" realmente não é a palavrapra me definir nessa experiência. Minha companhia é boa demais e Deus está sempre comigo. É a gente que faz nossos momentos, e eu fiz cada um deles ser simplesmente fantástico. Não adianta se mandar pra longe, pra lugares bonitos, se vc não está bem com vc mesmo e aberto a novos conhecimentos, novas experiências. Alegria e paz no coração são fundamentais.

Outra: pra mim, acaso é uma coisa que não existe. Acredito mesmo que tudo tem uma razão de ser. Eu agora sei exatamente por que encontrei cada uma dessas pessoinhas; por que escolhi cada um desses lugares onde estive. Londres, que quase ficou "pra próxima", entrou no meu roteiro na última hora e é o lugar onde quero morar, onde me vi envolvida por um caos apaixonante. Isso não pode ser coincidência. No mínimo, destino. Uma conjunção dos astros, talvez. Bom, prefiro chamar de vida.

Para ler ouvindo: Mil Acasos e Exilados (Skank)
Meu coração tá batendo
de amor e cansaço
Saudades do abraço, do morno regaço onde eu deixei
um pedaço de mim

Londres/Paris - Au revoir...

E aí que chegou o dia derradeiro. É triste, mas irreversível. Estava toda me querendo pq ia pegar o Eurostar e atravessar o Canal da Mancha. O trem partia às 11h. Cheguei umas 9h. Aí fiquei sabendo que, por causa de um incêndio acontecido no túnel no início do mês, haviam reduzido o número de trens e o próximo só sairia às 13h15!!! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!! Não tinha mais o que fazer pra esperar a bodega do trem. E nessa confusão toda eu ainda perdi umas horinhas a mais em Paris. :(

A viagem de trem estava legal, mas aí entrou no túnel do Canal da Mancha e foi me dando um soninho... chapei por não sei quanto tempo, foi incontrolável. Só cheguei em Paris umas 17h, trabalhando com o desespero pra ter tempo de aproveitar mais um pouquinho a cidade antes de ir embora. Larguei as malas num locker na Gare du Nord e peguei o metrô até Chatelet, pertinho do Sena. Passei no mercado pra comprar vááááários biscoitos franceses e uns queijinhos chiques. Comprei tb um croque monsieur (o famoso misto-quente, mas com uma crosta de queijo derretido por cima), passei em frente à Notre Dame pra ver mais uma vez aquela igreja linda e fui passar as últimas horinhas no meu lugar preferido de Paris: a pontinha das île de la Cité, perto da árvore com ramos que vão até o chão. E ali fiquei, olhando o rio, as pontes, o céu... foi anoitecendo e tudo foi ganhando luz. Meu coração foi ficando apertado e a essa altura as lágrimas eram incontroláveis.

Minha última visão do Sena foi exatamente no mesmo lugar onde o avistei pela primeira vez. E que mistura louca de alegria, tristeza, orgulho, saudade...

Aí me mandei pro aeroporto e cheguei no check-in uma hora antes do embarque. Aí me falaram que eu corria o risco de não embarcar no meu vôo (que eu comprei em maio!) pq teve overbooking. Tem coisas que não entram na minha cabeça: por que as companhias vendem mais assentos do que eles têm disponíveis? Se tem um índice x de "não comparecimento", this is NOT my fucking business!!! Eu comprei a caralha da passagem e eu quero embarcar!!! Enquanto aguardava a resposta deles, no auge da minha fúria, olhei pro lado e encontrei a Yasmin, minha médica. hahahaha!!! Caraca, não agüento mais encontrar gente conhecida nesse continente! Bom, aí qdo anunciaram que o vôo estava fechado, eu me revoltei e fui lá desenrolar em francês com a mulher da Air France (e discutir em outra língua é muito difícil! Que vontade de xingar em português!). Acabou que tinha uma vaguinha pra mim, graças a Deus! E eu pude voltar pra casa no 2º andar do avião (o bicho era enorme. Tinha mais de 400 pessoas dentro. Bizarro.), cercada de franceses e de um gordo careca que roncava muito alto. Pelo menos vi Sex and the City, Simpsons e Friends. E no café da manhã passei requeijão no pão até notar que não era requeijão, mas iogurte. Buuuuuuuurra!!! hahahaha

E agora tô no Rio. Cheia de sono, cheia de saudades, cheia de roupa lavando e com muitas, muitas muuuuuuuuuuuitas novidades pra contar! Passei os últimos 30 dias bem longe daqui, descobrindo milhões de coisas a cada dia. Faz as contas. Cara, eu vou ficar muito tempo falando sobre o mesmo assunto. Tipo assim: insuportável! Get ready!

Para ler ouvindo: Boa sorte/Good luck (Vanessa da Matta/Ben Harper)
É só isso, não tem mais jeito
Acabou
Boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto não mudará

segunda-feira, setembro 29, 2008

Meio do caminho II

De volta a Paris.
Parece que faz tanto tempo que estive nessa cidade... e ela continua formidavel.

Se nao for em Londres, vai ser aqui.

PS: Depois eu atualizo tudo pelo blog. Vou aproveitar minhas ultimas horas na cidade luz e chorar tudo a que eu tenho direito. Afffff.... Jah to chorando no cyber cafe. Para!!!!!

Ateh a volta, povo. Aas 5h da manha eu to aih!
Buaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!

domingo, setembro 28, 2008

Londres - Circo

Ultimo dia em Londres e eu achando que era verao. Saih so com um casaquinho fino e logo senti o ventinho gelado da manha. Bom, sobrevivi e eh isso que importa. Domingao, me mandei pra um lugar chamado Notting Hill. Rola um mercado de rua bem famoso lah nos fins de semana e fui lah conferir se o Hugh Grant ou a Julia Roberts frequentavam al lojinhas. Eh, eles nao frequentam. Alias, na hora que fui, umas 9h e pouco, quase ninguem frequenta. As lojinhas ainda estavam abrindo e os primeiros turistas, chegando. Mas foi bacana. Varias antiguidades, movimento interessante, fotos divertidas. E as ruas da redondeza sao liiiiiiiiiiiiiiindas!! Wilton, podemos alugar um ape aqui tb!

Aih meio que saih correndo pra assistir aa cerimonia de troca de guardas em frente ao Palacio de Buckingham. Sol escaldante, policiais chatos e TODOS os turistas de Londres presentes. Gente, soh faltou o cocar pra caracterizar o programao de indio. Cheio aa vera! Aih passam uns guardinhas tocando uns instrumentos (a bateria do Salgueiro eh bem mais animada!) e aih passam pelos portoes do palacio e... ninguem ve mais nada, pq a turistada toda fica do lado de fora. Caaaaaaaaara, me senti o ser mais estupido da galaxia! Foi ridiculo. Tive vontade de enfiar a porrada em Elizabeth Regina.

Precisava virar o jogo e fazer algo decente. Aih fui pra National Gallery, o museu mais foda da cidade, bem pertinho de tudo, de gratis e cheeeeeio de quadros que eu queria ver (e aos quais havia sido apresentada na faculdade). Levei o guia que o Joao me passou com todas as obras imperdiveis e passei quase tres horas lah em busca delas. Foi lindo! Me senti um ser vitorioso novamente. De quebra, ainda estava tendo uma exposicao temporaria sobre o amor (com obras de arte relacionadas a isso). Foi demais!!

Qdo saí, a Trafalgar Square (a praça da frente) estava cheia de gente, de polícia, helicóptero sobrevoando. Cara, tava rolando uma manifestação do Hezbolah!!! Oi? Eu vou morrer agora, pensei. Aí fui me esconder numa igreja fofa que tb fica ali, a St Martin in the Fields. Para minha surpresa, estava rolando o ensaio do coro da igreja, com aquelas pessoinhas vestidas com hábitos vermelhos e cantando músicas bonitinhas. Sem contar que a igreja é toda fofa. Tocou meu pobre coração.

E aí o fim da tarde do meu último dia em Londres se aproximava e eu dei um jeito de ligar pro Jack (usei aquelas cabininhas típicas de Londres! EEEEE!!!!). Fui me encontrar com ele e a Julia em Gospel Oak, perto de onde eles moram. E eu não fazia idéia de onde ficava isso. Vi no mapinha que era só pegar a linha Victoria (metrô) e depois um trem. Beleza. Só que era domingo e a tal Victoria estava fechada para obras. Tá, arrumei um jeito de pegar uma outra linha pra chegar na transferência pro trem e... era domingo e o trem não estava funcionando. E eu estava completamente perdida. Aí um guardinha disse pra eu pegar um ônibus até o lugar que eu queria. Tá, eu peguei o ônibus. Mas quem disse que eu sabia identificar o lugar que eu queria??? Gente, que momentos tensos, viu? Impressionante como eu não consigo fazer nada normalmente. Tudo tem que ter uma aventurazinha no meio.

Bom, acabou que deu certo. Encontrei o Jack, a Julia e mais um amigo deles e paramos num café todo fofinho pra tomarmos um chocolate quente. No 2º andar estava rolando uma exposição de fotos com um cara tocando piano ao vivo. Demais! À noite fomos jantar num restaurante italiano maravilhoso em Notting Hill. E tinha um garçom hilário, com uma risada toda errada, e que parecia o tio Funério, da Família Addams.

Voltei pro albergue planejando arrumar as malas, só que já tinha muita gente dormindo no quarto e eu não quis incomodá-los (meu coração continua bom). Só que haviam tirado minha roupa de cama e eu ainda tive o trabalho de ir na recepção, pedir novos lençóis e forrar tudo mais uma vez. As suíças bagunceiras e desorganizadas que estavam no quarto já foram embora, finalmente. Porra, elas chegavam às 2h da manhã falando aos berros como se fossem 2h da tarde! Odeio essa gente que passa o fim de semana em Londres.

Para ler ouvindo: Last night (P Diddy feat Keyshia Cole)

sábado, setembro 27, 2008

Londres - Rio 40 graus

O calor nessa cidade foi tao intenso hj que parecia o Rio. Ou seja, to em casa. Mas amanheceu meio nubladinho, com direito a fog!! Demais! Ai eu sai toda encasacada e no meio do dia jah queria jogar o casaco fora. Primeiro programa turistico do dia: Palacio de Buckingham! Eba! Tah, eu sei que jah fui lah no primeiro dia, mas soh hj eu entrei mesmo e fiz todo o tourzinho pelas salas reais. Ateh 29 de setembro (ou seja, daqui a dois dias), eles abrem o palacio pra plebe poder apreciar onde a rainha gasta o dinheiro deles. Gente, eh uma coisa inacreditavel! Cada aposento mais lindo que o outro, com os tetos trabalhados, moveis finissimos, cortinas de veludo e muitos outros detalhes que soh podem ser reparados com a ajudinha do audio-guia (ok, nao gosto, mas hj me rendi novamente a ele). Os mais impressionantes sao, sem duvida, a sala onde fica o trono, todo em veludo vinho, e o salao de baile, que na verdade eh uma gigantesca sala com uma gigantesca mesa onde Beth (jah peguei intimidade) recebe os convidados para banquetes esporadicos. Um luxo! Fiquei imaginando o Lula, todo sem jeito, sem saber o que fazer com tantos talheres dourados e tacas de cristal. Eu certamente ficaria perdida.

O mais interessante de tudo eh que vossa majestade a rainha, que aparece em todas as notas de dinheiro e em algumas moedas, tem um logotipo que estah bordado no trono, nas cadeiras da sala de jantar (eh, os convidados sentam no logotipo de Bethinha), no uniforme de todos os funcionarios etc. Eh um E, um R e II. Soh ontem, naquela palhacada da Torre de Londres, eu fui descobrir que significa Elizabeth Regina II. Oi? Elizabeth Regina??? Huahuhauahuahuahua!!!!!! Cara, que nome de pooooooooooooobre!!!!!! hahahahahaha Passo mal de rir toda vez que lembro disso...

Depois dos encantos da realeza, peguei o metro lah pro Estadio do Chelsea. Eu tb to cansada de fazer tour em estadio, entao deixei pra proxima. 15 libras pra conhecer outro estadio nao dah! Jah tenho tres na bagagem e tah de bom tamanho. Aih fui soh na loja do clube com a incumbencia de adquirir o casaco do menino Wilton. Alias, amanha eh aniversario dele. Wiltooooooooooon, feliz aniversario!!!! Habemos casaco!!! To ateh pensando em pegar ele pra mim. rsrsrs

Na volta, planejei ir pra Chelsea (a regiao, nao o clube), mas a linha de metro District eh uma zona! A mesma linha tem quatro trens diferentes que vao pra lugares distintos. Aih eu fiquei hoooooras pra descobrir isso. Mas consegui chegar, exausta. Serio, meu peh fica formigando toda vez que eu paro de andar. Tudo doi. Soh to aguentando firme pq daqui a dois dias volto pro Brasil Buaaaaaaaaa!!!!! Eu queri ficar mais... snif... Enfim, aih saltei do metro numa pracinha muito singela, cercada de ruas singelas. Aih passou um carrinho barulhento, baixo, preto, com um cavalinho na frente. Ah, sim, uma Ferrari. Aih olhei pro lado e tinha um outro desse estacionado. E outro, e mais outro. Jah dizia Nelson Rodrigues que a unanimidade eh burra. E as pessoas que moram em Chelsea sao muito humildes, pelo que pude perceber. Wilton, a gente pode alugar um ape aqui, o que acha?

Aih jah estava no meio da tarde e eu havia planejado fazer milhoes de coisas, mas o tempo passou muito rapido. Pensei em ir pra National Gallery (preciso fazer isso amanha, sem falta), mas estava tao pertinho do Natural History Museum que resolvi ir pra esse mesmo. Gente, a-do-ro um museu de historia natural, ainda mais esse de Londres que nao tem aquele aspecto velho e empoeirado dos outros museus do ramo. Lembrei das minhas aulas de Geografia com o Sr. Wilson e das aulas de biologia com o Fragossomo! hahahaha Nossa, como faz tempo isso! Quem vier a Londres, nao deixe de ir nesse museu. Eh foda e, o melhor, eh de graca (como a maioria dos museus daqui. Cidade evoluida)!

No fim, nao sabia mais quem eu era. Cara, eu to acabada. rs Aih me arrastei ateh o Hyde Park pra poder sentar e respirar um pouquinho. Era tudo que eu precisava. Nao deu pra fazer um piquenique, mas eu deitei na grama, perto do memorial aa princesa Diana (eh soh uma fonte bonitinha onde as pessoas molham os pes), coloquei o mp3 no ouvido e fiquei degustando um chocolate mara enquanto descansava e aproveitava os ultimos raios de sol do dia. Aih tocou Beatles e eu nao consegui conter a emocao. Tah, eh super cliche vir pra Inglaterra e ficar ouvindo Beatles. Mas nao tem coisa melhor. Tocou lah no fundo da minha alma repleta de chao.

Agora to de volta ao albergue. Preciso dormir, mas ainda vou na rua comer e aproveitar um pouco da noite. Acho que preciso de McDonalds (nao me condenem! Preciso de calorias!). Talvez encontre a Patricia, nao sei. Soh vim fazer uma horinha na net pra poder recuperar um pouquinho da energia. E amanha jah eh meu ultimo dia aqui, que pena. Nao quero nem pensar nisso. Ah! Esqueci de contar que ontem, na Torre, durante uma troca de guardas, um dos guardinhas escorregou e quase tomou o maior estabaco! hahahaha Adoro esses momentos que quebram os protocolos. Alias, vou ver se amanha consigo ver a tal troca de guardas famosa em frente ao palacio de Buckingham. E torcer pra algum guardinha cair. hihihi

E como todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite, saí ali por Piccadilly pra ver o movimento da night. Gente, é o momento que as feras saem de suas tocas! É muita doideira! Gente de todo tipo, vestida de todas formas , com as mais diversas caras... muito louco. Quase uma experiência antropológica.

Para ler ouvindo: All you need is love (The Beatles) e I guess that's why they call it the blues (Elton John). Hj eu to pegando pesado no cliche!

sexta-feira, setembro 26, 2008

Londres - Love, love, love...

Por que essa cidade faz isso comigo? Passei o dia me fazendo a mesma pergunta. E a vida hj em Londres foi mais que bela. É impossível achar uma lata de lixo por aqui (deve ser medo de bomba, sei lá), mas a gente releva. O importante é que fez um sol intenso, sem nenhuma nuvem, e um céu tão azul que nem parecia o tal lugar cinza e cheio de fog que o povo fala. Aí me pus a conhecer a área do Inns of Court (os tribunais de justiça), onde quase não se vê turista e onde ta cheio de gente séria, engravatada, saltos altos. Fui caminhando até a St Paul Cathedral, que deve ser a mais importante depois da Catedral de Westminster, até pq é mais cara pra entrar. Então eu tava toda perdida lendo alguma coisa no guia qdo, de repente, escuto “Marcela”? Tá, ninguém me conhece nessa cidade. Foi imaginação da minha cabecinha cansada, pensei. Não era. Cara, eu encontrei a Patricia, minha amiga da pós, em plena sexta-feira, em frente a uma igreja, em Londres!!!Não acredito!!!! Caraca, a gente riu muito. Ter que cruzar o oceano pra se encontrar é foda. Mais um encontro maluco nessa Europa.

Entrei na St Paul e agora é oficial: não agüento mais igrejas. Parei. Ainda bem que não tem mais nenhuma famosinha que eu tenha que conhecer. Pq chega uma hora que dá vontade de sair correndo ao avistar uma cruz, uma pietà e um túmulo (sim, pq essas igrejas históricas têm mais gente enterrada que muito cemitério por aí). Mas sem brincadeira: nunca vi tanto ouro em toda a minha vida. Não tem mais onde botar ouro, uma coisa de louco. A cúpula da catedral é enorme, altíssima e, obviamente, dá pra subir. E lá fui eu, 876 mil degraus acima. Todo movimento que eu faço agora é graças à força do pensamento pq, se depender do meu corpo físico, nem saio do lugar. Bom, aí vc chega numa tal de sala dos sussurros, ou algo parecido, onde é possível escutar o que uma pessoa diz a 30 metros de distância. E é mesmo! Bizarro. Ah, e acima de tudo tem tipo um observatório de onde se avista a cidade toda. Porreta! Qdo desci, ainda estava rolando uma missa, mas não deu pra ficar até o fim pq, além de não ser algo tão interessante, time is money e eu ainda tinha coisa à beça pra fazer!

Incorporei a turista e fui gastar preciosos pounds na Torre de Londres, onde vc faz um tour sem-vergonha com um dos “guardas da torre”, uns carinhas vestidos com roupinhas quentes sob um sol escaldante e que gostam de contar piadinhas e dar susto nos pobres dos turistas. De todos os programas que fiz aqui, esse foi disparado o mais turístico e o único totalmente dispensável. Além de caro, é bobo toda vida e não me acrescentou em nada. E essa coisa de tour guiado faz eu me sentir uma turista idiota. Mas logo ao lado da Torre fica a Tower Bridge, a ponte mais famosa de Londres, presente e todos os filmes rodados aqui. Até num álbum de figurinhas que eu tive qdo criança havia uma da Barbie com a ponte ao fundo. Aí eu dei uma de Barbie e tirei 500 mil fotos ali.

Depois cruzei a ponte (sem parar de tirar foto) até a outra margem do rio, onde fica Southbank, um dos lugares mais cool e divertidos da cidade. Pra começar, é na beira do rio. Bate um ventinho agradável (pq hj não fez frio. No inverno deve ser o caos), várias pessoas caminhando sem pressa, banquinhos, postes de luz bem bonitos, artistas de rua tocando violão em troca de qq moedinha e uma vista maravilhosa! Fora que ali ainda fica a Tate Modern. Pra quem gosta de arte moderna é imperdível. Eu tenho problemas com arte moderna. Não me venha pintar uma tela toda de azul e me dizer que é arte pq eu não vou levar a sério. Não adianta pq não entendo. Dos artistas mais recentes, só gosto do Picasso. E tenho dito. Por isso fiquei pouquinho tempo no museu. Foi mais pra marcar presença mesmo e saber mais ou menos como era.

Se tem uma coisa que me irrita, além desses ônibus turísticos de dois andares (com o segundo andar aberto), no qual o paraíba sobe e roda a cidade inteira tirando foto dos monumentos de longe, é jargão turístico. Gente, tem coisa pior que “Ah, aí eu vou pro lugar tal e já mato o museu, o obelisco e a pracinha”. Porra, “matar” é ruim demais. É tipo fazer a coisa com pressa só pra dar um ok no guia e dizer que conhecer a atração. Se for pra “matar”, pô, se mata e fica em casa mesmo.

Em Southbank tb fica a London Eye, a roda-gigante mais famosa do mundo (ou uma delas, sei lá). Como boa turista, não perdi a oportunidade: gastei mais alguns pounds e fui lá conferir. Gente, amei! Vc dá uma volta só, em velocidade de tartaruga, que dura uma meia hora. E eu fui bem na hora do pôr-do-sol (de propósito). Caraca!! O céu e o sol estavam com umas cores alucinantes! E a vista lá de cima, aquele sol vermelho, o Big Ben, as pontes... surtei. Tirei umas 300 fotos do sol e mais umas 450 do Big Ben. Se vc tiver dinheiro e quiser privacidade, pode pagar pra ter uma cápsula só pra vc. Bem ao lado da nossa tinha uma assim, com um casal de, sei lá, indianos ou árabes (o cara estava de turbante) e uma senhora segurando vela e servindo vinho. Acho que o cara aproveitou a oportunidade pra pedir a mocinha em casamento pq, qdo a gente desembarcou, ela não parava de olhar pro dedo, toda boba.

Hj de manhã, caminhando pela margem do rio, coloquei a Amy no meu mp3 (bem clichê, como eu gosto) e fiquei toda emocionada. No início da noite, ao sair da London Eye, estava tããão feliz que chegava a doer. Essa cidade está dilacerando meu pobre coraçãozinho. E eu tava numa onda muito doida (calma, não tomei nada), tentando entender o que era aquilo que eu estava sentindo. Então, por coincidência (apesar de eu duvidar que ela exista), um artista de rua começou a tocar Bob Marley. Is this Love, is this Love, is this Love, is this Love that I’m feeling? Aí tudo se encaixou. This is love, everyone!!

Pra fechar a noite, fui assistir a uma peça no National Theatre. Pq eu sou turista, mas mantenho a pose de culta. Meus amigos João e Jack disseram pra eu escolher alguma indicada pela Time Out, mas não obedeci. O nome da peça escolhida é In-I e no elenco tem simplesmente a Juliette Binoche (a sortuda que pega o Johnny Depp no filme “Chocolate”. Que inveja!). Eu adoro a Juliette Binoche e foi ótimo poder vê-la por 10 pounds. Era uma peça misturada com dança, uma coisa meio louca. Pq eu sou dessas, né? Não venho pra Londres pra ver qq coisa. Dinheiro eu não tenho, mas glamour tá sobrando! :p

Para ler ouvindo: Is this love (Bob Marley). Por razões óbvias.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Londres - Achei!!

Pára tudo que agora a conversa é séria. Encontrei o lugar que eu procurava e onde eu quero morar, nem que seja por pouco tempo. Londres é foda. Mas não é pouco foda não. É, tipo assim, FOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOODAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!

Deixei para trás os encantos de Praga e o velho maluco do albergue que roncava extremamente alto e soltava uns grunhidos esquisitos no meio da madrugada; deixei pra trás os turistas japoneses aflitos para fotografar todos os detalhes daquela cidadezinha fofa; deixei pra trás a melhor sopa que eu tomei na vida, de espinafre com queijo parmesão, numa das noites frias da República Theca. Deixei isso tudo para finalmente chegar na terra dos Beatles, da Amy, do Elton John, das Spice Girls, do príncipe William, do Beckham, da Bridget Jones e do Harry Potter. E, se o que é melhor fica pro final, então eu estou no céu. Pq, depois de conhecer tantos lugares incríveis, meu último destino nessa viagem não poderia ser melhor. Wilton, tô IN LONDON!!!!!!

Inacreditável é que esta foi a última cidade que incluí no meu roteiro. Por pouco ela fica de fora. Seria imperdoável. Jà cheguei aqui com o coração batendo acelerado. Não só pela ansiedade, mas com o maior medo da imigração. A oficial que me atendeu era simpática, pelo menos. Fez umas perguntas simples sobre a duração da minha estadia, de onde eu estava vindo, que dia eu ia embora e pediu pra eu mostrar a passagem de volta. Foi rápido e indolor. E adivinha a cor do céu quando eu saí do aeroporto? Cinza, é claro! E estava chovendo, óbvio. Me senti super em Londres. Super feliz. E quando o primeiro ônibus vermelho de dois andares cruzou meu caminho, eu quase chorei.

Saber de que lado vêm os carros qdo vc vai atravessar a rua é que nem brincar de adivinho. Cada rua é uma coisa. Impossível, mesmo com os avisos no asfalto, tipo “Look left”. Meu albergue (Piccadilly Backpackers) é bem bom, com exceção dos banheiros. A cama é giga e divido quarto com um grupo de amigas suíças. E o melhor é que fica na Piccadilly Circus, bem no coração da cidade, super bem localizado. Assim que cheguei, saí pra uma caminhadinha básica pra conhecer a redondeza e descobri um parque maravilhoso, com lago, esquilinhos, patos e pombos gigantes. Por acaso era o St James, o parque que vai dar simplesmente no Palácio de Buckingham. Não acreditei qdo cheguei lá e vi aqueles guardinhas tão famosinhos, de casaco vermelho e chapeuzao preto de pelúcia. Qdo eu era criança ganhei um boneco desses guardinhas e ele era melhor amigo das minhas Barbies. Continuando o passeio por Piccadilly, tb passei em frente à singela mansão onde o príncipe Charles mora com a baranga da esposa dele e encontrei sem querer uma loja chamada Fortnum & Mason, que me havia sido indicada por meu amigo Joao (que, aliás, me deu dicas ótimas!). Cara, essa loja é o que há de mais gostoso na face da Terra! Pra começar, metade dela é só dedicada aos chocolates, de vários tipos, formas e tamanhos. A outra metade é tomada por chás, biscoitos, bebidas finas. Um luxo! Saí correndo de lá antes que me desse vontade de comprar tudo.

Às 19h30 fui encontrar o Jack, meu amigo londrino que foi meu professor de inglês na Globosat e, apesar da agenda lotada, prometeu me levar num lugar legal. E eu toda preocupada com a pontualidade britânica, cheguei lá uns 20 minutos antes. Ele que chegou depois da hora! Hahaha Tá, só uns 5 minutinhos. É que eu gosto de fazer drama. Fofo demais aquele menino! Não acreditei qdo ele disse que havia comprado dois presentes pra mim e tirou da sacola um guia (London from A to Z) e um exemplar da Time Out (a revista semanal de Londres que traz as melhores opções de programas na cidade). Óbvio que ele fez de tudo para que nosso diálogo se mantivesse em inglês, apesar de o português dele ser melhor que o meu. Encontramos a Julia, mulher dele, e mais um amigo num pub que, segundo eles, é o melhor da cidade. Mais afastado e desconhecido dos turistas. Rá! Gente, que lugar bacana! Experimentei duas cervejas daqui (maravilhosas, apesar de uma delas ser meio quente) e um prato (maravilhoso tb, para minha surpresa). Depois ainda passamos num club perto dali para beber mais cerveja e jogar conversa fora. We had a great time together! Foi ótima a noite e super divertido reencontrar o Jack depois de quase 3 anos.

Hoje já acordei toda errada e tomei café numa deli aqui na rua (o café do albergue não está incluído na diária). Mas adivinha? Fez o maior sol!!! Céu azul, tempo lindo!! E saí batendo perna por aí, segurando pra não cair no choro. Não sei explicar, mas é como se eu tivesse encontrado algo que procurava há muito tempo. Cada esquina que passava me deixava mais feliz, e com os olhos mais marejados ainda. Bateu, e bateu forte. Amei. Não adianta disfarçar.

Fui lá pros lados de Whitehall e Westminster, onde ficam os prédios ligados ao governo. Foi sem querer que avistei o Big Ben pela primeira vez. E foi emocionante. E eu tirei umas 500 fotos iguais, bem paraibona mesmo. Passei em frente a uma igreja enorme, mas tinha que pagar pra entrar eu eu não estava muito no espírito de gastar dinheiro com igreja. Mas aí eu descobri que era a Abadia de Westminster, a igreja mais importante da cidade, onde teve o velório da Lady Di! Aí não deu pra não ir, né? Ainda peguei o áudio-guia e fiquei mais de uma hora lá dentro, viajando naquele teto enorme e nas paredes cheias de história. Essa abadia existe há mil anos, tem noção???

De lá, atravessei a rua para o summer tour pelas Houses of Parliament. Os parlamentares todos estão descansando essa época, aí a gente aproveita pra visitar aquelas salonas enormes, antigas, cheias de ouro, que a gente só vê na TV. Nossa, foi legal demais! E eu me sentindo pq estava entendendo tudo que a guia falava (em inglês). E aí ela contou todas as palhaçadinhas da cerimônia de abertura do Parlamento feita pela rainha e tal. Essa Elizabeth se acha. A mulher ta em todas as notas de dinheiro!! TODAS!!! Quem é ela pra ficar nessa exibição toda??

Ao fim do tour, eu não existia mais. O que havia sobrado de minha pessoa estava clamando por comida. Aí me entupi de um sanduíche fantástico com um primo do Nescau feito de chocolate belga. Coisa pra gente de nível, feito eu. Aí fui gastar a energia adquirida na Tate Britain, um museu com arte britânica desde 1600 até os dias de hoje. Depois, um caco em pessoa, peguei o metrô pra conhecer a região de Covent Garden, que é uma baguuuuuuuuuuuuuuunça deliciosa!! Ah, falando em metrô, é fundamental comprar o Oyster Card (de uma semana, no meu caso) para pegar livremente os transportes públicos, pois uma mísera passagem de metrô custa 4 libras!!! Com o cartão sai bem mais barato. Dica dada por amigos e pela senhora que veio ao meu lado no avião. Ondrina gente boa toda vida, puxou assunto, me explicou várias coisas sobre a cidade e deu muitas dicas úteis. Eu amo os londrinos (os homens, então, estão de parabéns). Eu amo o caos organizado dessa cidade. Aqui ninguém olha pra ninguém. Vc pode estar pelado no meio da rua que o povo não vai dar a mínima. E que mistura de gente! Tô pirando!

Para ler ouvindo: In my life (The Beatles). Eu ia colocar essa música aqui no fim da viagem, mas h j ela nao me saiu da cabeça. Amo! There are places I remember all my life...

terça-feira, setembro 23, 2008

Praga - Caminhando, cantando e seguindo a canção

Chegou um casal no meu quarto que, obviamente, resolveu dormir junto na mesma cama. E obviamente essa cama é a que fica embaixo da minha. Não acredito que eles tenham feito nada de extraordinário, mas toda vez que se mexiam, a beliche balançava e eu acordava. Ai, que raiva. Mas me vinguei! Voltei pro albergue umas 19h pra arrumar as malas (já que embarco amanhã cedo) e estavam os pombinhos dormindo. Entrei no quarto, acendi a luz, fiz barulho e anda levei a tiracolo uma francesa que está aqui e fala pelos cotovelos. Pronto. Eles acordaram meio putos e saíram. Hahahaha!! Como eu sou má!! Ah, e agorinha mesmo chegou um senhor maluco que ficou reclamando que o albergue era caro (caro? É o mais barato de todos!) e que não havia TV aqui. Gente, o maluco quer TV pra quê? Pra ver novela tcheca?

Último dia em Praga. Finalmente fez sol! Pior que eu saí cheia de casaco e resolvi subir a ladeirona que dá no castelo. Caraca, no meio do caminho já estava suando em bicas, abrindo o casaco, tirando o cachecol. Lá em cima, na região do castelo, tem várias ruazinhas legais de paralelepípedo pra ficar passeando e tirando fotos. Daí que na entrada do castelo ficam dois guardinhas fardados dentro de umas casinhas de cachorro e, a cada hora, rola uma cerimônia de troca de guarda: vêm três outros soldadinhos marchando, fazem uns movimentos com as armas, batem a arma no chão e substituem os coitados que estavam lá imóveis durante toda a última hora. Mas logo antes da troca, fica um soldadinho de frente pro outro, bem sérios, é claro. E eu pensando: “Não é possível que não dê vontade de rir. Os caras ficam ali durante vários segundos paradinhos, olhando na cara do outro, cheio de japonês em volta tirando foto. Eles têm que rir”! Cara, não deu outra! Um dos soldadinhos quase teve um ataque! Tadinho, ele estava sofrendo tentando se controlar pra não rir. Hahahaha!!! Adorei!! Aliás, comentário importante: tô super aceitando pedido de casamento de um guardinha daqueles. Côdilôco!

Daí que eu já disse que a cidade foi tomada por japoneses, né? É bom deixar claro que eu não tenho nada contra eles enquanto povo, cultura, pessoas humanas etc etc etc. Mas enquanto turistas, puta que pariu! Total sem noção de espaço! Tomei vários empurrões durante a troca de guardas. Sim, pq bem no momento que eu cheguei no castelo, chegou tb um grupo giga de japoneses guiados por uma mulher louca que usava um microfone que nem o da Madonna e um guarda-chuva com estampa de bola de futebol. E a explicação dela pro castelo era tão engraçada que parecia que ela estava dando esporro nos turistas! Huahuahua!

Gente, é a água com certeza! Praga é a cidade do amor. Durante minhas andanças de hoje encontrei vários casais de noivos tirando fotinhos cafonas pela cidade. Na frente do rio, segurando um guarda-chuva rosa, sentadinhos na escadaria... fofo. Adoro.

Estava ainda há pouco comentando com um menino gente boa de Montreal o quão difícil é tomar banho no chuveiro desse albergue. Aí ele manda: “Ainda não tomei banho aqui. O chuveiro está sempre ocupado e eu não tenho paciência de ficar esperando”. Isso pq ele está aqui há uns dois dias já. Oi?

Aí eu botei meu mp3 no ouvido e saí vagando pela margem do rio. Gosto de fazer passeios assim no meu último dia em cada cidade. É uma forma bacana de se despedir e guardar na memória as coisas que mais gostei de fazer. Além de ser um ótimo exercício de pensar na vida. Aí eu me empolgava com as músicas e ficava cantando baixinho, pisando no ritmo das batidas. Ok, coisa de autista, mas foi bem divertido. Deu umas 16h e eu não tinha almoçado ainda. Minhas células estavam quase devorando umas às outras quando escolhi um restaurante pra entrar. As coisas em Praga são bem baratas. As entradas pros museus/igrejas/torres custam uns 2 euros e é tranquilamente possível comer um prato de comida e mais bebida por menos de 10 euros. Pedi um prato típico daqui, uma carne com um molho que parecia um purê de legumes e umas fatias de um pão maluco e mole que eles comem aqui. Aí chegou o prato lindão, com a carne, o tal molho e... chantilly em cima! Hein? Cara, eu comi carne com chantilly e estava gostoso! Inacreditável. Vivendo e aprendendo.

Caminhei um pouquinho pela Charles Bridge (a ponte mais famosa de Praga) pra tirar umas fotos no pôr-do-sol, pq o céu fica com uma cor linda essa hora, mesmo quando está meio nubladinho. Consegui entrar na igreja famosa (aquela com a torre maneira – tem foto aí embaixo) e voltei caminhando sem pressa pro albergue. Bom, com um pouquinho de pressa pq eu estava meio que apertadinha prum pip’s. Ok, ninguém precisa saber disso.

Gostei de Praga. Tive experiências bacanas aqui, conheci gente muito legal. Tocou o coração. E como diz Galvão: que venha Londres! Meu último destino nessas férias abençoadas. O tempo tá correndo tanto...

Para ler ouvindo: Put your records on (Corine Baley-motherfucker... não sei o nome)
Foi o que fiz hj: coloquei a musiquinha e saí fazendo o que me dava vontade. E, coincidentemente (ou não), essa foi a primeira que tocou.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Praga - Fotozká






Amsterdã - Fotosplein






Praga - Em algum lugar do passado

Ao contrario de Amsterdã, onde eu queria ficar só, no meu primeiro dia de café da manhã em Praga já peguei amizade e abri mão de seguir meu roteirinho quadradinho pra aproveitar a companhia. E foi a melhor escolha! Saímos sem rumo pela cidade e acabamos conhecendo coisa à beça! Gente, e como esse lugar é fofo!! As casinhas, as praças, as igrejas, as crianças (óbvio). Tudo é uma belezura. E o legal de sair sem destino certo é que vc acaba descobrindo atrações (turísticas ou não) sem querer. Tipo: entra numa ruazinha pequena e acaba saindo de frente pra um monumento incrível que vc havia visto no guia, mas não fazia idéia de onde era, sabe? E assim foi o dia todo. No caminho pra uma igrejinha, tomávamos outra direção, pegávamos umas trilhas pro alto da montanha e chegávamos num parque lindo. Praga é cheia de boas surpresas.

Acabamos não entrando em nenhum monumento pq o povo mochileiro é mão de vaca toda vida, né? Lá no Jewish Quarter, por exemplo, ninguém tava afim de pagar pra visitar o cemitério judaico. Aliás, essa coisa de visitar cemitério é meio bizarra, né? Em Buenos Aires eu até entrei no cemitério da Recoleta pra ver o túmulo da Evita e tal. Mas continuo achando isso tudo muito estranho. Ainda mais qdo vc tem que pagar pra entrar. Não pagamos. Saímos andando pela rua de trás e demos de cara com... o muro dos fundos do cemitério. Aí foi só subir um degrauzinho e tirar váááárias fotos! Hahaha For free!

Ainda subimos a colina quase até o castelo, mas optamos por ir até uma torrezinha aqui que é baseada na torre Eiffel. Depois, famintos, andamos muuuuuuuuuito pra achar um restaurante típico que havia sido indicado por alguém que eu desconheço. O tal lugar ficava numa parte mais distante do centro e totalmente off-turismo. Um bairro freqüentado por locais, finalmente, pq aqui é quase impossível encontrar alguém que não seja turista. Deve ser um saco viver numa cidade assim. Imagina vc querer ir na esquina comprar um pão e esbarrar com 500 mil idiotas com câmeras digitais... Deus me livre. Mas voltando: o restaurante era ótimo!! Comi um roasted pork, prato bem típico da República Tcheca, que estava uma delícia. E eu realmente estava precisada de comida. Qdo vc viaja assim, sai andando feito uma maluca e esquece de comer. Chega uma hora que o corpo surta, coitadinho. Tinha uma cerveja que vinha num copo tão grande que, se eu tivesse tomado, ficaria uns três dias sem conseguir sair da cama. Sério! Hahaha Cara, era muita cerveja! E um australiano nanico que sentou na mesa ao lado bebeu um treco inteiro desses sozinho! Fiquei chocada com a capacidade da criatura. Ah, e pra completar, dois carinhas saíam de vez em quando de dentro da cozinha tocando no acordeão e no trombone umas musiquinhas folclóricas daqui (tá, o “folclóricas” foi invenção minha. Pô, mas devia ser).
À noite foi só sair vagando pela cidade, que fica ainda mais linda quando escurece. Ah, e provar alguma cerveja local (no meu caso, foi uma Budweiser tcheca, num pub que tinha uma canga com a bandeira do Brasil estampada pendurada no teto).

Praga é antiga. Tem coisa aqui que foi construída bem antes de o Brasil ser descoberto. Coisa de maluco mesmo. Hj mesmo entrei numa igreja do ano de 1600 e fiz questão de tocar naquelas paredes. É uma loucura imaginas que essas construções existem há tanto tempo. Cara, quanta coisa deve ter acontecido ali naquele lugarzinho que vc tá pisando naquele momento, tantos séculos depois. E tem alguma coisa aqui (deve ser a água, não sei) que faz as pessoas ficarem bem amorosas e dá à cidade uma atmosfera bem romântica. Nossa, é tanto casalzinho apaixonado, tantas carícias nos banquinhos de praça, tantos passeios de mãos dadas. Paris é extremamente romântica, sem dúvida, mas Praga é menorzinha, então fica ainda mais aconchegante.

Hoje acordei acabada. Fui dormir tarde à vera depois de passar o dia inteiro andando por várias partes da cidade. Continua um frio da porra. Tô saindo todo dia de malha térmica, casacão, cachecol e luvas. E ainda assim não dá pra ficar totalmente aquecido, principalmente perto do rio Vltava (cagação de regra só pra dizer que eu entendo alguma coisa). É meio chato ter que andar cheio de coisa, mas sempre que eu me olho no espelho me acho um charme com esse ar europeu e as bochechas rosadas (por causa do frio).

Me baixou uma pilha louca e andei toda a parteà direita do rio. Praga é dividida em cinco regiões principais e hoje caminhei por três delas! Total passeio turistão! Peguei meu singelo guia de bolso e fui em busca das atrações indicadas. Estátuas, teatros, casarões, avenidas, lojas, portões de entrada pra cidade... tudo! Assim, de uma vez. Botei a Duracell e fui, simples assim. Saí pra fuçar todos os cantinhos. Engraçado como aqui eu não tenho vontade de entrar nos lugares. Os museus não me interessam muito (tb, né, depois de uns 20 museus o serumano pede arrego), as igrejas são basicamente de grátis (nessas eu entro!), sinagogas e cemitérios não me interessam e as ruas são tão lindinhas que dá vontade de ficar passeando o tempo todo. Mas hj eu subi a torre mais famosinha, que fica naquela praça principal perto do meu albergue. A senhorinha do caixa aceitou minha carteira de estudante (rá!) e lá fui eu, para o alto (tá, não tão alto assim) e avante. Nossa, que vista deslumbrante! Praga é cheia de casinhas baixas com telhadinhos iguais. Parece maquete! Hahaha Vou postar foto aqui pra vcs verem.

O melhor é que, nessa mesma torre, ficam os tais relógios astrológicos onde rola um mini showzinho de hora em hora. E quando faltam uns 10 minutos, a praça lota de turista. Cara, é tanta gente, tantas línguas diferentes, tantas câmeras apontadas pro alto, que fica difícil saber pra onde ir. O jeito é se enfiar no meio da muvuca e esperar o showzinho acabar (dura menos de 1 minuto). Comunicado importante: o Japão está deserto! Toda a população daquele país, incluindo até a quinta geração da família do Hugo, chegou à Praga hj. Tô falando sério. Pra onde quer que eu olhasse, havia um grupo enorme de japoneses. Gente, eles se proliferam que nem os Gremlins! Ok, e logo atrás estão os brasileiros. Ai, como tem brasileiro nessa cidade! Cruzes!
As pessoas em Praga são muito simpatiquinhas. E falam inglês na boa. Mesmo se for macarrônico, fazem de tudo pra te entender e te ajudar. E sempre com um sorriso. Ah, com exceção da garçonete do restaurante de ontem (que tinha cara de coveira e era paga pra servir, não pra sorrir – conclusão minha), de um casal que estava aqui tendo uma DR no meio do bar do albergue e da mocinha que limpa os banheiros. Ela é novinha, loirinha, bochechudinha e vc acha que é um docinho. Bullshit. Vc fala e ela não responde, faz cara de insatisfeita, te olha com desdém. Vou mais é sujar bastante aquele banheiro, deixar de dar descarga, fazer lama quando sair do chuveiro e entupir o ralo de cabelo. Humpf!

E essa noite dormi com protetor auditivo (dos que eu uso nos ensaios do Salgueiro). Era uma sinfonia de roncos. O maestro era o cara da Finlândia.

Para ler ouvindo: Rala a tcheca (É o Tcham)

sábado, setembro 20, 2008

Praga - Turista dá em árvore

Voltei pro albergue de Amsterdã bêbada de sono, desesperada para arrumar a mala e tentar dormir um pouco até umas 5h30, a tempo de pegar o trem pro aeroporto e o vôo pra Praga. Esse negócio de pegar avião de manhã é algo que não farei nas próximas viagens. Tira o meu sono, cansa minha beleza, gasta tempo, cansa e me faz chegar na próxima cidade com a pior cara do planeta. Na sala de embarque tinha um casal perto de mim que era deveras paraíba. Quando eles abriram a boca... brasileiros! Claro. O cara tava com uma camisa da coca-cola e um casaco da Marlboro. Parecia um piloto de Fórmula 1 ou um outdoor ambulante. Coisa horrorosa. Aliás, como tinha brasileiro no meu vôo! Era um povo lotando o banheiro do aeroporto pra passar a maquilage, cruzes.

Dormi a viagem inteira. Às vezes acordava e me pegava com a boca aberta, batendo cabeça na janela. Nossa, que mico! Peguei um ônibus e um metrô até o centro e, no caminho, ficava pensando “Gente, que louco. O que eu tô fazendo na República Tcheca”? Essa viagem é coisa de maluco. E a forma como os caras escrevem aqui é mais ainda.

Minhas malas estão cada dia mais pesadas. Preciso de um anti-inflamatório pq a dor muscular tá acabando comigo. Meu ombro dói mesmo quando eu não faço nenhum movimento. Por isso, no meu passeio inicial pela cidade, abandonei a mochila e saí com uma bolsa pequeninha, só com os suprimentos básicos do ser humano. Encontrei a Fernanda (mais uma amiga mochileira, de BH) e reencontrei a Rosa na Namesti Republiky, uma praça principalzona onde fica uma igreja bem famosa e uns relógios astronômicos que estão em todos os guias turísticos da cidade. A Rosa ainda descobriu um free tour com uma guia local e lá fomos nós.

Praga é taaaaaaaaaao bonita! Todas as construções são lindinhas. E como tem turista nas ruas! Mais que em Paris! E a gente foi pro tour crente que ia conhecer uma ou outra pracinha. Cara, o passeio não acabava mais! A gente não parava de andar, subir, subir, subir. Deus me livre! Resultado: conhecemos quase que a cidade inteira num só dia. Até a Tijuca é maior que Praga. Conheci umas australianas que estão viajando com a Rosa. Depois da caminhada interminável, entramos num restaurante qualquer, ávidas por comida de verdade e banheiro gratuito. E aí a vida foi bela. Comi um estrogonofe tão gostoso... putz, não agüento mais fast food. Em Amsterdã só tinha isso, saco. Cara, mas a moeda daqui é muito doida. 1 euro equivale a umas 23 coroas checas. Aí é foda. Pq vc anda com nota de 200 e até 1000 no bolso, crente que ta carregando uma super fortuna, e acha esquisitíssimo um café custar 900! Em compensação, quantos rapazes bonitos e simpáticos habitam Praga, gente. Fofura. O seu polícia é fofo, o recepcionista do albergue é fofo, os menininhos atravessando a rua são fofos.

Albergue: Pension Dlouhá. Ainda não deu pra saber se é bacana, mas parece. Free internet e wifi, já ta valendo. Bem perto da tal praça central (ok, aqui tudo é meio perto de tudo mesmo). O quarto tem umas seis beliches, mas o povo parece bem mais legal que no de Amsterdã. Quando cheguei pra deixar as malas, por volta de meio-dia, ainda tinha gente acordando. E o quarto estava com um cheiro bizarro de álcool! Hahaha Nossa, nego deve ter bebido todas noite passada. Que beleza. Espero que ronquem pouco. Caaaaaaaaaaara, tem dois malucos da Finlândia no meu quarto! Lembrei de uma certa noite em Terê, nos tempos de PUC, qdo passamos horas desenvolvendo uma teoria de que a Finlândia ainda vai dominar o mundo... hahaha Bons tempos!! Bom, mas pelo menos o albergue tem elevador, pq subir escada carregando mala é a pior coisa da vida no momento que meu corpo começa a pedir arrego. O banho daqui que ta me deixando com a pulga atrás da orelha: só tem chuveiro de mão, e a torneira é igual às de banheiro de shopping, que vc tem que apertar pra sair água durante uns 10 segundos. E aí tem que apertar de novo. E de novo, de novo, de novo... um milhão de vezes. Não é possível que seja lusitano assim. It’s Europe, babe! Aliás, outra coisa que não tem cabimento é vc ter que usar as mãos pra abrir a lixeira do banheiro. Como assim num mundo tão civilizado a pessoa é obrigada a abrir a lixeira do banheiro com a mão pra poder jogar o papelzinho fora? Blergh! Não gosto nem de pensar nisso.

E tá frrrrrrrrrrrrrrrrrrriiiiiiiiiiiiiiiiiiooooooooooooooooo!!!!!! Muito mesmo.

Para ler ouvindo: Natiruts Reggae Power (Natiruts)
Deixe a energia do som te levar
A vibe positiva solta pelo ar
Quem sente com a alma
É capaz de amar
Tá sempre livre pra cantar...

Amsterdã - Feel the groove!

Aí eu voltei de Delft/Den Haag com a sensação de que realmente estaba na Holanda. Pela janela do trem, o que mais vi foram vaquinhas malhadas, ovelhinhas, campos de flores e... moinhos!!! Cara, foi um clichê do tamanho de um bonde! E eu adoro um clichê, principalmente em viagens assim. Ir à França e não comer baguete? Ir à Espanha e não provar paella? Ir à Holanda e não ver vaquinhas e moinhos de vento? Não existe.

A questão era ir a Amsterdã e não provar a porra da razão que leva pra cidade 99% dos visitantes. Fumar eu não ia, já havia decidido. Mas já que estava ali, não custava nada comer alguma coisinha, né? Aí eu saí pela cidade em busca de duas coisas: uma space cake e a coragem para entrar numa coffee shop e comprar uma space cake. Dei várias voltas pela Rembrandtplein, uma praça bem movimentada. Olhava as coffee shops de longe, com aquela galera fumando tudo e mais um pouco, uma marola bizarra no ar. Demorei pra entrar. Aí escolhi uma menorzinha, numa ruazinha mais escondida. Tinha só um casal fumando lá dentro e a atendente. Pedi “algo” pra comer. E estava em falta. Como assim??? Ela me mandou procurar numa loja maior, bem no meio da praça, cheia de gente perto, com um letreiro enorme de neon. Quase como se estivesse escrito “COMPRE MACONHA AQUI, SEU TURISTA DE MERDA”. Aí eu entrei e tinha muito mais gente fumando e uma galera jogando sinuca. O moço do balcão me mostrou o “brownie” e o “muffin”. E disse “o brownie é mais light. Vc vai comer tudo sozinha???? (arregalou os olhos) Não coma tudo de uma só vez, ok”?Ok, filho. Não sou maluca de fazer isso. Comi dois pedaços, andei um pouco e nada. Fui pro albergue e nada. Dormi e... acordei no meio da noite com o corpo todo formigando! Hahahaha E dormi de novo, exausta que estava. Só isso. O engraçado é que, mesmo aqui, vc tem a impressão de estar fazendo algo errado. O cara me deu o tal brownie e eu enfiei na mochila como se estivesse comentendo um crime.

Último dia em Amsterdã e eu já não agüentava mais falar inglês. E tava de saco cheio de todos aqueles gringos chatos. Eu falei que a velhinha fofa que dorme de camisolinha ronca feito um gordo bêbado? Pois é. Bom, aí fui tomar café (o pão de forma estava congelado e não tinha como esquent´-lo!) e sentei numa mesa com uns caras lá. Trocamos umas palavras básicas em inglês e aí eu descobri que eram brasileiros! E não é só isso. Eram comunicólogos! E não é só isso. Conheciam gente da Globosat! Ê mundinho de oito pessoas... Resumindo: peguei a amizade que eu precisava, com gente legal à beça (Beto, Zé e Humberto), e falei português o dia todo (pq uma hora é necessário).

Fomos lá pro estádio do Ajax pra fazer o tourzinho. Geeeeeeeeente, é muito legal! O estádio é mega foda! Várias fotos bacaninhas (e paraíbas). E o ingresso de jogo mais barato custa muito mais que os 40 euros que paguei em Barcelona. E o teto é retrátil. E o guia tinha uns olhos lindos. rs

De lá, direto pro Sex Museum. É bom deixar claro que, enquanto profissional dedicada que sou, visitei tal recinto com finalidade única e exclusiva de pesquisa. Custa 3 euros pra entrar e, de fato, não tem nada que eu ainda não tenha visto (no trabalho, gente! Não pensa besteira!). Mas vale a pena. É divertidinho, baratinho e pequeno. E aí saí correndo de tram pro Reijksmuseum (mais uma vez não lembro como escreve). E aí foi incrível pq eu fiquei vários minutos contemplando “A leiteira”, do Vermeer (é, meu pintor preferido) e vendo pessoalmente cada detalhe que eu não havia conseguido perceber nos livros que tenho em casa. Cara, que demais! E lá ainda tem dois quadros enooooormes do Rembrandt que ocupam paredes inteiras e tem um folder pra vc poder acompanhar cada detalhe (que os pouco entendidos como eu provavelmente não perceberiam sem uma ajudinha).

Bem perto fica o Vondelpark, acho que o maior parque da cidade. Lindo, cheio de verde, lagos, chafariz, patos, gansos, bicicletas, crianças e gente fumando (óbvio). Encontrei meus novos amiguinhos lá, que estavam trabalhando com experimentações diversas. Comi mais um pedaço do space cake e dessa vez não adiantou absolutamente nada. Em compensação, o cogumelo que experimentaram deu uma onda hilária, que me fez dar muitas risadas só de olhar pros caras. Mas o melhor foi pegar a bicicleta e dar várias voltas pelo parque. Nossa, fazia anos que não pedalava. E foi lindo. Um vento gelado cortando o rosto, as mãos dormentes e roxas. Mas eu não conseguia parar, que nem criança.

Na volta, paramos no McDonald’s (ok, ta enchendo o saco já) e, por coincidência, pegamos amizade com duas brasileiras (ô raça!) que estavam na mesa ao lado. Agora, com um grupo de seis brasileiros perdidos em Amsterdã, terminamos a noite olhando vitrines... no Red Light District. Hahaha Cara, que lugar doido! Aquele bando de garotas/travecos de programa naqueles cubículos cheios de luz neon e uma caminha de solteiro lá no fundo. Bizarro. Humberto ainda perguntou de zoação quanto uma delas cobrava para um programa com mais duas pessoas. “Fifty each”, a prima respondeu.

Para ler ouvindo: Three little birds (versão do Gil)

quinta-feira, setembro 18, 2008

Barcelona - fotos do Mediterraneo




Den Haag e Delft - No mundo do Vermeer

Hj foi dia de conhecer outras cidades aqui por perto. Dispensei o tram e fui caminhando no solzinho até a estacao. Finalmente amanheceu com sol! Dia lindo lindo lindo! As canadenses chatinhas do meu quarto se foram, gracas a Deus! Agora tem uma velhinha (velhinha mesmo!!!) muito fofinha, que dorme de camisolinha rosa!!! hahahaha O foda foi acordar e nao ver mais minha toalha. Cara, me diz quem roubaria uma toalha vagabunda cor de abobora e usada??? Putz, o jeito foi alugar uma nova no hostel por 3,5. Merda. Qdo eu entro no banheiro, o que eu vejo? Minha pobre tolahinha Teka! Roubaram e ainda largaram num chuveiro qq!!! Agora vou dar um jeito de lavar. Vai que usaram pra enxugar partes indevidas? Ecaaaaaaaaa!!!!

Bom, entao peguei o trem (ja falei que adoro andar de trem, neh?) ate Den Haag, uma cidade fofa onde tem um museu com dois quadros do Vermeer, meu pintor preferido. Aih eu fiquei meia hora na frente do Moca com brinco de perolas, os olhos cheios d`agua. Cara, eu amo todos os quadros desse cara. Ainda sentei no cafe do museu pra tomar um cappuccino com brownie cheio de gotas de chocolate. Huuuuuuuuummmm.... minha alimentacao ta tao boaaaa.... hahahhaa Ai peguei o tram ate o norte da cidade, onde tem uma praia liiiiinda! O maior sol, ceu azul e eu de casaco e cachecol! hahaha

Depois peguei outro trem pra Delft, uma outra cidadezinha. Confesso que escolhi conhecer Delft por ser a cidade natal do Vermeer, o tal do meu pintor preferido. Uma ideologia boba, mas eu fiz questao. Cara, o maluco nao era genio a toa. Delft eh, sem duvida, um dos meus lugares preferidos no mundo. Nao sei explicar, mas me senti muito bem la. Eh fofa toda vida. Tudo eh cuticuticuti. Tudo eh pequenininho e parece filme. E ainda tem uma casa toda dedicada ao Vermeer! Nossa, como eu lembrava das aulas do Joao a cada minuto... que emocao por estar ali. Nunca imaginei. O hilario eh que a cidade eh toda micro, com construcoes historicas, e no meio da praca principal montaram um parque de diversoes com carrinho bate-bate, trem-fantasma e outros brinquedos nos quais eu nunca me arriscaria! hahaha 100% non sense!!

Na volta, estava eu toda feliz e cansadinha olhando pela janela do trem. Ai passa a fiscal pedindo o ticket. Aí ela me avisa que eu to na primeira classe e meu bilhete era de segunda! hahahahaha Bem que eu achei a poltroninha confortavel demais... pffffffffffffff!!!! Ainda bem que ela nao me cobrou nada, mas eu fiquei trabalhando com o medinho por uns 5 minutos. rsrsrsrs

Jah em Amsterdã, tava ha quase 1 hora procurando uma melequinha dum lugar pra usar internet. Finalmente achei esse aqui, bem escondidinho. Ai to descansando um pouquito e daqui a pouco vou tirar umas fotos da cidade aa noite. E sei que vao me matar, me crucificar, me xingar... I don`t fucking care. Mas eu nao vou fumar porra nenhuma aqui. Prontofalei. Nao vim pra isso, nao to com vontade e nao gostei de ninguem pra ser companhia. Meu objetivo aqui nao eh esse, e eu to muito feliz e satisfeita desse jeito. E quem nao estiver satisfeito, que venha aqui fazer o que tem vontade. Grata.

Para ler ouvindo: Isn`t she lovely (Stevie Wonder) e Kiss me (esqueci a banda)

Amsterdã - Terra do Nunca

Amsterdã não existe. Sério. É tudo fruto da imaginação das pessoas. E olha que nem precisa estar com os sentidos muito alterados para perceber isso. Cheguei na Centraal Station depois de mais uma noite quase em claro e não conseguia acreditar no que meus olhos viam. Só tirei uma hora de cochilo na casa do Gustavo antes de sair (e quase perdi a hora pq o relógio não despertou) e dormi durante todo o voo, que durou umas duras horas. Ou seja, cheguei aqui totalmente chapada.

Como a cama ainda levaria umas horas para estar disponível, deixei as malas no albergue (mais precisamente num locker numa garagem subterranea bizarra) e fui bater perna. Amsterdã é surreal. Não é uma cidade louca, cheia de gente despirocada. Exagera na beleza, na fofura. Tudo aquilo que vc ve em fotos e na TV é ainda mais lindo pessoalmente. Todas as casinhas e canais, sem exceção, parecem coisa de criança. Aliás, a impressão que passa é que, num certo dia, algumas pessoinhas daqui, cheias de THC no organismo, tiveram a brilhante idéia de construir uma cidade de brinquedo. E assim nasceu Amsterdã.

E lá fui eu conhecer um pouquinho dessa pequena terra apaixonante. A intençao era mesmo conhecer só a redondeza e tal. Mas nunca vi nada tao pequeno quanto isso aqui. Vc olha no mapa que tem que entrar na próxima rua à direita e, qdo percebe, já está tres quarteiroes adiante. Bizarro. Sem querer, conheci toda a regiao do centro em algumas poucas horinhas. E haja foto de casinhas fofoletes e canais! Pq todas as fotos daqui ficam liiiiiiiiiiindas!! Aí estava eu caminhando meio que sem rumo por umas ruas micro qdo de repente notei uma criatura dentro de uma das casinhas. Olhei sem querer e nao é que era uma prostituta??? Hahahaha Caraca, eu estava no Red Light District e nem havia me dado conta. Só depois desse acontecimento fui perceber dezenas de “primas” eu outras dezenas de “vitrines” por ali. E eu morrendo de medo de elas acharem que eu estava tirando fotos pq já ouvi várias histórias de gente que tomou porrada por causa disso. Mas, enfim, elas cagaram pra minha pessoa.

Atravessei uns canais singelinhos e acabei chegando ao outro lado da cidade, onde fica a Casa de Anne Frank. Caraca, esse museu é bom de-mais! Quem vier aquí, por favor nao deixa de ir! É sinistro, é bizarro, é comovente, inacreditável. E quem vier por agora (Tunis!!) tb nao esquece de trazer casaco, cachecol e luvas, pq tá um frrrrrrrrrrrrrrrrrrrioooooo!!!!! De manha é foda! É ruim de eu tomar dois banhos por dia, hein!! Hahahaha O sol só tá aparecendo a partir de 13h. Até essa hora é inverno!

Aí deu 18h e eu nao aguentava mais ficar de olho aberto. Nao tinha mais condiçoes de raciocinar absolutamente nada. Voltei pro albergue e dormi como nunca na vida. E só acordei hj de manha, linda e pronta pra outra.

Cara, andar por essa cidade deixa as pessoas doidonas. Eu fico tao zureta andando por aqui que parece que eu passei horas fumando. A atmosfera daqui é feita de maconha, não é possível! Ou então a água, sei lá. E as ruas são tão parecidinhas que, após me perder algumas vezes, resolvi parar de seguir meu roteiro e ir onde desse vontade. Dobrar qq esquina, seguir sem lenço ou documento. Aí fui parar lá no Plantage, que é onde fica o Jardim Botanico, o Zoo e o Ooster Park (ou algo assim). Ah, no meio do caminho parei pra descansar numa pracinha linda que só tinha velhinhos com andadores!!! E já mudei de opinião: as crianças mais lindas do mundo são as holandesas. Disparado. Hj vi uma mulher empurrando um carrinho com cinco!! Não tem nada mais fofo que essas bochechas vermelhinhas, esses olhos azuis e os cabelinhos quase brancos de tão loiros. Tem linhagem, né, gente? Essa beleza nórdica que tb afeta 8 entre 10 homens que cruzam o meu caminho de carro ou bicicleta. Coisa bem chata...

Tem uma lojinha aqui chamada Bagels & Beans que é tipo o Starbucks, só que menorzinha. Pra variar, já viciei. E é muito relaxante entrar ali de vez em quando pra fugir do frio e tomar um café enquanto olha pela janela e vê o mundo passar calmamente lá fora, às margens de algum canal.

Não agüento mais as pessoas falando inglês. Tomanucu. Tem umas no meu quarto do albergue que falam com uma vozinha taaaaaaaaao chata que eu já to pegando implicância. Por falar em albergue, o daqui é legalzinho, mas não conquistou meu coração. Não tenho vontade de passar muito tempo aqui dentro. Stayokay Stadsdoelen. O café é fantástico: vários tipos de pão, leite, suco, cereais e... Nutela! Cara, eu me acabo na Nutela! Bom, tb é bem localizado, tem um ponto de tram bem pertinho, é próximo à Rembrandtplein, uma região bem movimentada, tem um canal bem na frente, staff ok, cama confortável e tal. Mas sei lá. Não sei se é meu estado de espírito, mas as pessoas daqui me irritam muito. Não é TPM. Tem umas menininhas no meu quarto (aliás, como tem gente nesse quarto!) em quem eu tenho vontade de dar um soquinho às vezes. Tá mó frio e uma pirua aqui tá trabalhando bastante com a maquilage, com o mini tubinho preto e com o salto prateado. Blergh! Cara, e a mulher que tava na cama bem na frente da minha roncava que nem uma porca! Hahaha Foi foda hj de manha! Sem contar na favelada que nego faz no quarto. Não tem mais onde pendurar roupa! Bizarro. Aquelas caras nórdicas, loiras, cheias de classe, e aquela bagunça giga em cima das camas. Tb não to afim de pegar amizade por aqui. Sei que é importante e tal, mas nessa cidade ta me dando muita vontade de ficar sozinha. Não sei explicar. Não é depressão, calma. Eu to muito feliz assim.

Voltando... aí eu fui pro Van Gogh Museum, que é foda. Muito foda mesmo. E qdo eu estava na fila, adivinha o que aparece? Uma excursão de japoneses! Outra!! Caraca, Hugo, seus primos só passam férias na Europa?? Podiam conhecer a China. Lá é tão legal... Ah, nota zero pros museus que colocam um vidro na frente dos quadros e deixam a luz direta sobre a parede. Aí vc olha pro quadro e tem aquele reflexo giga de luz em cima dele. Não dá! Qdo saí do museu dei de cara com um gramadao tão lindo e verdinho e convidativo que não resisti: deitei ali no solzinho, com meu mp3 player, e passei uma horinha fazendo absolutamente nada. Não tive oportunidade de ver ninguém fazendo sexo no parque. Os casais são bem comportados aqui. As pessoas ficam ali descansando, bebendo ou fumando. Nada demais.

Entao vi num mapa que tinha um moinho de vento perto dali. Gente, vir pra Holanda e não ver um moinho de vento não dá! Resolvi ir andando. E a porra não chegava nunca. E foi me dando fome, dor muscular, cansaaaaaaaaaaaço... e chegou! EEEEEEEEE!!!! Claro que está desativado e que agora virou um barzinho, mas pelo menos eu tirei foto de um moinho. Pronto, foi. Daqui a pouco vou tentar dar uma volta aqui por perto pra ver como é a cidade à noite (já que ontem eu tava dormindo, né? Affffff....).

Para ler ouvindo: Nothing at all (Santana)

Barcelona - Caminhando contra o vento

Tentando reescrever o post perdido de Barcelona...


Só sei que eu dormi pacaralho. Acordei uma da tarde correndo feito uma louca pq o Museu Picasso só ficava aberto até 15h. Ufa, consegui chegar a tempo e ver a exposição, que é sensacional. De quebra, ainda havia uma exposição temporária sobre o quadro “As meninas”, do Velázquez, com pinturas de vários outros artistas baseadas nele. Mas é claro que a versão do Picasso é a mais louca. E a mais maneira tb. Uma das coisas que eu mais odeio na vida é excursão. E lá tinha um grupo de uns 1500 japoneses com um guia que falava várias gracinhas (pq eles riam de tudo, não é possível!). E as salas do museu são pequenas. Entao eu tentava ver os quadros meio rapidinho pra fugir da bodega da excursão da terra do sol nascente! Pq eles ocupavam metade das salas e impediam o resto da galera de ver vários quadros expostos. Saco!


De lá fui andando até o porto. Cara, nada melhor que ficar caminhando por ali, bem pertinho da água e das gaivotas. Cheeeeeeeeeeio à beça. O povo fica todo esparramado pelos bancos e pelo píer tomando um solzinho. Extremamente agradável mesmo. Segui a sugestão da Carol e fui no Aquário da cidade, que é um programa de criança e turista, mas é taaaaaaaaaaaao divertido!! E me baixou um santo tão paraíba lá que eu danei a tirar foto fanfa! O foda era tentar enquadrar a minha pessoa e um tubarão na mesma foto! Hahahaha Mas o povo todo tava fazendo isso. Impressionante como tem gente paraíba nesse mundo, né? E uma observação: nunca vi tanta gente fedida num mesmo lugar como nesse aquário. Que se passa???


Depois de um rolezinho ali pelo monumento do Colombo e pela Rambla, peguei o metro pra Sagrada Familia. Pq, hellooooooooooo, só tinha mais um dia em Barcelona e ainda não havia ido à atração mais importante da cidade! Como assim? Foi pra fechar o “pacote Gaudi” e realmente perceber que o cara era foda. Aquela igreja é muito doida, cara! E eu crente que ia pegar hooooooooras de fila pra subir na torre, cheguei lá e... subi. Simples assim. Tá, vc paga uma graninha pra entrar e mais um pouco pra subir. Mas tudo ta valendo. Ainda mais que é de elevador. A vista é legal, ver os detalhes da igreja de perto não tem igual e eu sou turista, oras! Mas pra descer, confesso que o bicho pegou. Era uma escadinha apertadinha, em caracol, escura e sem qq tipo de proteção pro vão central (um buraco negro). Cara! Bateu um desespero que eu nunca tinha sentido! Numa mao segurava a câmera, com a outra agarrei uma porrinha de um corrimão pequenininho, tremendo de pavor. Cheguei em terra firme, muitos minutos depois, com as pernas tremendo, toda tensa. E aí... quem disse que eu achava a saída? Ia pra uma porta: fechada. Dava a volta até outra porta: fechada. Pensei: fudeu. Fiquei presa na Sagrada Familia e só vou conseguir sair daqui amanha. Meu Deus, aquela igreja enoooorme, um silencio bizarro, cheia de material de construção espalhado. E seguro que o fantasma do Gaudi perambulava por ali. Caraca, essas coisas só acontecem comigo! Hahaha Acabou que eu encontrei a saída e fui me acalmar no McDonald’s do outro lado da rua com um maravilhoso McFlurry com Kit Kat. Gi, vc tem que provar isso! Ah, e o nome do sanduíche gostosao é Beef Supreme! Pessoas, comam! McDonald’s no exterior tb é cultura!


À noite fui com Gustavo, Flavinha e mais dois amigos deles (Lula e Nicoll) ao Ovella Negra, uma choperia super famosinha na cidade. O chopp e a sangria vem em jarra, amigo! Não é brinquedo não! Hehehe Cara, que lugar bacana! E a Carol Senra, minha amiga de passados remotos na Globosat e que agora mora aqui, ainda foi lá me encontrar. Que fofa! Carolzinha, adorei te ver, figura!!


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Último dia em Barcelona. E ainda tem coisa à beça pra ver! Segui os conselhos da Flavia e peguei um ônibus pro Parc Guell. E quem disse que eu encontrei? Ela falou pra eu saltar em frente a uma escada rolante, e eu to até agora procurando a tal da escada. Hahaha Peguei um ônibus no sentido contrário e voltei pro centro. Pelo menos ali eu sei andar. Aí aproveitei pra visitar a Catedral de Barcelona. Prontofalei: não gostei. Muito grande, muito escura, energia meio pesada e o serumano guardinha que ficava na porta não deixava entrar com os ombros e o colo à mostra. Tinha uma mendiguinha vendendo uns panos por 1 euro, mas eu sou espertinha e tinha um casaco na bolsa. E qdo eu entrei, tava cheio de velha de camiseta! Ora, faça-me o favor! Depois fui pro Palau de La Musica Catalana, mas tava fechado. Que peninha... só deu pra tirar umas fotinhos da fachada.


Aí sim, resolvi dar uma segunda chance ao Parc Guell, agora de metro. E deu certo! Viva! Gente, que lugar liiiiiiiiiiindo!!!! Andei tanto que deu uma caloria, menina! Várias outras maluquices bacaninhas do Gaudi. Aí cheguei no tal lagarto famosinho dele. E é ali que se concentra a maior quantidade de turista paraíba por metro quadrado. Pra tirar uma mísera foto do bichinho é um sofrimento pq sempre tem um ser imbecil e sem noção que monta no lagarto ou agarra o pobrezinho pra poder tirar foto e acaba prejudicando a foto do coleguinha. Respira, Marcela! Conta até 10!


Entao chegou o momento mais aguardado de toda a viagem: praia!! Uhuuuuuuuu!! Flavinha me levou em Bogatell, uma praia MARA! E como era segunda-feira, estava bem vazia. Tinha um gatinho espanhol bem perto da gente, um casal de gays tomando sol e uma velha fazendo topless. E aquele marzaaaaaaaaaao num azul que eu nunca vi antes. Caaaaaaaaara, queria ficar ali pra sempre. E como não sou de perder tempo, me joguei naquela imensidão azul e fria pra realizar o batismo em águas européias. Pq eu sou dessas, sabe? Uma pessoa chique, evoluída, que transcende. Toda me querendo com o bronzeado mediterrâneo.


Sentamos num restaurante de frente pro mar pra comer fideuá (não sei como se escreve, mas é um prato bem típico. Tipo uma paella, mas em vez de arroz tem um macarraozinho fininho e delicioso). Haja fruto do mar, minha gente! Me esbaldei! Aliás, quero deixar aqui uma homenagem e meu agradecimento especial à Flavinha. Além de uma super companhia pra qq programa (mesmo os turísticos e paraíbas), fez questão de me apresentar a todas as bebidas e comidas da região. E foi tb a responsável por me fazer beber cinco dias seguidos, fato inédito em minha vida.


No fim da tarde, fui dar uma última volta pelo Porto. Sentei num banquinho no píer, bem pertinho da água, cheio de gaivota pra lá e pra cá, um céu amarelo-rosa-azul, um ventinho gostoso. Foi minha despedida dessa cidade que ferve! Adoro momentos assim. Liguei o mp3 player e fiquei ali, pensando na vida.


À noite, Flavinha e Gustavo prepararam uma tábua com vários tipos de queijo e demais tapas espanholas. Huuuummm, delicinha! Cara, o albergue dos Radesca é alto nível! Hahahaha Obrigada, meninos! Amei ter estado aí com vcs!!


Para ler ouvindo: Shinny Happy People (REM), a música que tocou no meu mp3 qdo eu sentei pra contemplar o por-do-sol.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Meio do caminho

Eh soh pra dizer que eu to em Amsterda, que eh tudo lindo aqui e que eu to bem. Escrevi posts enormes, mas nao tenho como publicar agora pq o comp aqui nao tem usb... afff....

bjooo

segunda-feira, setembro 15, 2008

Barcelona - Taí o que vcs queriam!


EEEEEEE!!! Que saudadona, hein!


Barcelona - fotos



Olha a cara desse peixe!



Pq eu continuo muito puta! Mas pelo menos temos fotos.




Barcelona - ??????

Porra!!! Eu estava há 1 hora e meia escrevendo uma porra dum post gigante! Qdo eu fui publicar, ele sumiu! Agora eu to puta e vou demorar muito pra recuperar minha paciencia. Tchau.

domingo, setembro 14, 2008

Barcelona - Raça, amor e paixao

Continuo minha empreitada nessa terra cheia de sol, de sal, de mar... Um pouquinho de frio (bem pouquinho!) na sexta à noite e no sábado de manha, mas o calor já está de volta, para alegria de todos (bom, pra minha, pelo menos).

Sábado me juntei à minha companheira de paraibadas (Flavinha) e peguei o trem pra Tarragona, uma cidade próxima à Barcelona. Além de um marzao lindo de enlouquecer, a cidade tem uma parte histórica medieval, com castelo, muralha, mercado, ruínas e ruazinhas apaixonantes. Tarragona é tao grande, mas taaaaaaaao grande, que se vc der um espirro, acaba a cidade. Depois de conhecermos as atraçoes locais, sentamos pra almoçar num lugarzinho fofo, com comidinha boa e... vinho da casa. Já viu, né? Saímos as duas de lá achando tudo lindo e super engraçado. Doidinhas. Nao deu pra pegar uma prainha pq eu tinha compromisso em Barcelona (adiante vcs saberao mais sobre isso). E a viagem de volta passou rapidinho pq nós viemos chapaaaaaaaaaadas no trem. FDP daquele fiscal que me acordou pra pedir o bilhete.

Aí, na correria, só deu tempo de passar em casa rapidinho pra tomar um banho e ir pro jogo do Barcelona!!!! EEEEEEEEEEEEE!!!!! É, minha gente, estava eu a caminho do Camp Nou para mais uma partida emocionante qdo me dei conta de que, na pressa, havia esquecido a camera em casa. Como assim eu estava indo a um jogo do Barça sem camera??????? Que raiva da minha própria pessoa! Minha sorte foi conseguir encontrar o Danilo, o cara mais corinthiano de toda a Espanha. Já havíamos nos encontrado sem querer no estádio olímpico no dia anterior e agora, por querer, no Camp Nou. Aí super tirei casquinha da camera dele.

Nossa torcida era composta de uma flamenguista (eu, óbvio), um corinthiano, um turco e um equatoriano. Bem posicionados laaaaaaaaaaa em cima (onde o ingresso mais barato custa a bagatela de 40 euros), assistimos à emocionante partida entre FC Barcelona e Racing Santander. Jogo corrido, muitas chances de gol e a torcida vibraaaaaaaaaaava a cada lance, cantava com o coraçao, bradava aos quatro ventos seu amor ao clube catalao e... MENTIRA!! Geeeeeeente, nem uma igreja consegue ser tao silenciosa. Fiquei cho-ca-da! Uma parte micro da torcida canta um pouquinho, às vezes, algo tipo la la la la Barça! E olhe lá! Aí ficavam a flamenguista e o corinthiano boiando. Cade os gritos, os xingamentos, os morteiros???? Cade o desprezo pelo adversário??? Cade as vaias?? Cara, era uma paz sem tamanho. E eles aplaudem tudo, mesmo se o jogador faz a maior cagada do planeta. Mas sério agora: valeu! Foi meio coisa de maluco vc se dar conta de que está realmente ali. Estádio muito legal, fotos muito legais, gol do Messi... É claro que eu tive que gritar que o Obina é melhor que o Heto! hahahaha E tinha um espanhol gato sentado à nossa frente. Que graça. E ele nao parava de comer biscoito com o amigo que estava ao lado. Vez ou outra uma manifestaçao em relaçao a alguma bola perdida. E logo voltava pros biscoitos.

Depois do jogo fomos comer/beber algo na Rambla e eu tentando falar com a Flavia pelo telefone. E nada... liguei 500 vezes e só atendia um cara, em espanhol. E eu precisava muito falar com ela pra poder voltar pra casa. Aí fui dando aquela desesperadinha, achando que dormiria num banco de praça. A última cartada foi ligar pro Gustavo, que estava em Toulouse naquela noite, e confirmar o número da Flavia. E nao é que eu tinha copiado o número errado? Ai, que burra!! Ainda acordei o menino. Grrrrrr!!! Bom, o importante é que, no fim, tudo deu certo. Consegui voltar pra casa de metro (nos fins de semana funciona até 2h da manha) e dormir numa caminha quentinha. Tao boa que eu me ferrei e só acordei às 13h!!!!! Gente, a Europa é cara!!! Quem eu to pensando que sou pra dormir tanto assim e perder todo esse tempo? Fiquei puta. Mas amanha eu conto pq já to aqui caindo de sono. Beijomedeixaumcomentário.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Barcelona: Positive vibrations

EEEEEEEEEEEEEE!!!! Cheguei a Barcelona e já amei! É o típico lugar que vc gosta de cara. Cheio de energia, cheio de gente, luzes, cores, sons... Barcelona é vibrante. Uma cidade que pulsa. Guardadas as devidas proporçoes, é bem parecida com o Rio. Na coisa do caloooooooor escaldante, do povo de bermuda e chinelo, no clima de cidade litoranea, nos travestis... rsrsrs

O voo foi tranquilo e rápido, e nao serviram nem uma agüinha... Comprar voo por 30 euros dá nisso. Cheguei no aeroporto com duas malas bem pesadinhas. Um onibus, um metro e muitos quilos perdidos depois, chueguei sa e salva à casa do Gustavo e da Flavinha. Carlinha, morra de inveja! :)

Fui pra rua, claro! Andei, andei, andei e fui conhecer La Pedrera, uma das construçoes famosas do Gaudi. Linda demais! Gaudi é genio. Nunca vi uma coisa tao doida fazer tanto sentido. Depois desci e fui caminhando pela Rambla (uma das avenidas principais da cidade) até a estátua do Colombo. E estava uma maravilhosa lua no céu. La Rambla é uma coisa de maluco. Tipo a Avenida Rio Branco o meio-dia, mas bem mais divertida e cheia e turistas (cheia mesmo, do tipo que é quase impossível andar), artistas de rua e paquistaneses chatos vendendo cerveja.


À noite, fui com Gustavo e Favinha ver o show de águas e luzes na fonte de Montjuic. Ai, que brega e lindo aquele chafariz se movimentando ao som de Whitney Houston. Adoro uma coisa cafona!! Era só a Whitney bradar "And IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII uilólueis lóviuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu" que a água - "tchaaaaaaaaa" - ia lá no alto. Coisa linda de Deus. Depois saímos caminhando pra eu conhecer as atraçoes noturnas. Aí eu pedi uma marguerita e... viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiixe! Desandei a falar e a ver tudo girando, girando, girando. Feito a Leila Lopes. E ainda terminamos a noite comendo um kebab. Gente, que comidinha mais gordurosinha, né?

Ganhei uma nova companheira de visita a lugares turísticos: a Flavinha. E ela é óóóótima pq me acompanha em todas as fotos paraíbas! Nossa, como a gente tirou foto fanfa! Hoje cedo fomos lá pra Montjuic. Pegamos o teleférico (que divertiiiiiiiiiido!) até o castelo, de onde se tem uma vista fantástica da cidade e do mar (Mediterraneo, tá, gente?). Depois ainda fomos ao estádio olímpico (construído para os jogos de 1992), ao museu olímpico (Frediiiiiiiiiiiiiiinho, lembrei muito de vc! O museu é pouco divulgado, é suuuuuper divertido e só custa 4 euros - estudante paga menos) e à Fundaçao Miró. Vale a pena a visita, principalmente se vc for fa desse pintor. Tem várias obras dele lá. E vários franceses cultos analisando quadro a quadro. Ai, ai...

Na volta ainda saltei do onibus (Viva! A pobre andou de onibus!) pra visitar a Casa Batló, outra construçao famosa do Gaudi e ainda mais maneira que aquela outra. Que prediozinha foda! Bem caro pra entrar (uns 16 euros), mas vale muito a pena. Momento prontofalei: cara, eu nao tenho a menor paciencia pra áudio-guia. Mas na Casa Batló ele é indispensável! Portanto, se vier, nao recuse! Tá incluído no preço.

Agora à noite fomos com o Lula, um amigo do Radesca e da Flavia, num barzinho em Gracia. E toma-lhe de sangria, batatinhas bravas, pao com tomate e jamon... uma belezura. Mas, pra variar, eu to trazendo o frio pra cidade (como eu fiz em Paris e Madrid). Entao já está um ventinho quase desconfortável.

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Os supermercados da Europa merecem ser falados aqui. Pq neles a vida é bela. Pq ali tudo é lindo. Nao há carrinhos, mas vc coloca as mercadorias em cestas com rodinhas que sao puxadas que nem malas de viagem. Os frutos do mar sao frescos. Os biscoitos sao incriveis. Os chocolates Lindt estao em promoçao. Há dezenas de opçoes de Magnum (o de cappuccino arrebenta!). Queijo que nao acaba mais. Várias e várias gondolas com vinhos e bebidinhas bacaninhas, de todos os tipos. Só hj fui duas vezes com a Flavinha e em nenhuma delas conseguimos sair de lá com menos de tres sacolas de delícias. Parabéns supermercados europeus. Parabéns.

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Depois da paella valenciana sem-vergonha que eu comi em Madrid, finalmente consegui degustar uma daquelas maravilhosas, cheia de camaroes, mexilhoes e afins. E preparada pelo meu amiguinho Gustavo. Espetáculo! Depois coloco a foto aqui.

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Encontros e desencontros parte II: to dizendo que a Europa tem uma aura propícia a encontros inesperados... A saga continua! Ontem, ao entrar na Pedrera, sem querer dei de cara com a Joyce, uma menina que trabalha na Globosat. Hoje, em pleno estádio olímpico, encontrei duas meninas que estavam no meu quarto no albergue de Madrid (uma delas é a australiana que nao saía do quarto, mas depois eu conto a história dela). Nisso, comentei com a Flavinha sobre essa coisa louca dos encontros pela Europa. 30 segundos depois, encontrei o Danilo, meu amigo da comunidade de mochileiros com quem eu havia combinado de me encontrar em Barcelona. Mas esse encontro de hj foi totalmente ao acaso (existe acaso?), até pq, minutos antes, havíamos tido um pequeno diálogo em ingles pq um pensou que o outro era gringo, vejam só. Cara, to até com medo do que está por vir. Vou rezar pra encontrar o Colin Farrel.