sábado, setembro 20, 2008

Praga - Turista dá em árvore

Voltei pro albergue de Amsterdã bêbada de sono, desesperada para arrumar a mala e tentar dormir um pouco até umas 5h30, a tempo de pegar o trem pro aeroporto e o vôo pra Praga. Esse negócio de pegar avião de manhã é algo que não farei nas próximas viagens. Tira o meu sono, cansa minha beleza, gasta tempo, cansa e me faz chegar na próxima cidade com a pior cara do planeta. Na sala de embarque tinha um casal perto de mim que era deveras paraíba. Quando eles abriram a boca... brasileiros! Claro. O cara tava com uma camisa da coca-cola e um casaco da Marlboro. Parecia um piloto de Fórmula 1 ou um outdoor ambulante. Coisa horrorosa. Aliás, como tinha brasileiro no meu vôo! Era um povo lotando o banheiro do aeroporto pra passar a maquilage, cruzes.

Dormi a viagem inteira. Às vezes acordava e me pegava com a boca aberta, batendo cabeça na janela. Nossa, que mico! Peguei um ônibus e um metrô até o centro e, no caminho, ficava pensando “Gente, que louco. O que eu tô fazendo na República Tcheca”? Essa viagem é coisa de maluco. E a forma como os caras escrevem aqui é mais ainda.

Minhas malas estão cada dia mais pesadas. Preciso de um anti-inflamatório pq a dor muscular tá acabando comigo. Meu ombro dói mesmo quando eu não faço nenhum movimento. Por isso, no meu passeio inicial pela cidade, abandonei a mochila e saí com uma bolsa pequeninha, só com os suprimentos básicos do ser humano. Encontrei a Fernanda (mais uma amiga mochileira, de BH) e reencontrei a Rosa na Namesti Republiky, uma praça principalzona onde fica uma igreja bem famosa e uns relógios astronômicos que estão em todos os guias turísticos da cidade. A Rosa ainda descobriu um free tour com uma guia local e lá fomos nós.

Praga é taaaaaaaaaao bonita! Todas as construções são lindinhas. E como tem turista nas ruas! Mais que em Paris! E a gente foi pro tour crente que ia conhecer uma ou outra pracinha. Cara, o passeio não acabava mais! A gente não parava de andar, subir, subir, subir. Deus me livre! Resultado: conhecemos quase que a cidade inteira num só dia. Até a Tijuca é maior que Praga. Conheci umas australianas que estão viajando com a Rosa. Depois da caminhada interminável, entramos num restaurante qualquer, ávidas por comida de verdade e banheiro gratuito. E aí a vida foi bela. Comi um estrogonofe tão gostoso... putz, não agüento mais fast food. Em Amsterdã só tinha isso, saco. Cara, mas a moeda daqui é muito doida. 1 euro equivale a umas 23 coroas checas. Aí é foda. Pq vc anda com nota de 200 e até 1000 no bolso, crente que ta carregando uma super fortuna, e acha esquisitíssimo um café custar 900! Em compensação, quantos rapazes bonitos e simpáticos habitam Praga, gente. Fofura. O seu polícia é fofo, o recepcionista do albergue é fofo, os menininhos atravessando a rua são fofos.

Albergue: Pension Dlouhá. Ainda não deu pra saber se é bacana, mas parece. Free internet e wifi, já ta valendo. Bem perto da tal praça central (ok, aqui tudo é meio perto de tudo mesmo). O quarto tem umas seis beliches, mas o povo parece bem mais legal que no de Amsterdã. Quando cheguei pra deixar as malas, por volta de meio-dia, ainda tinha gente acordando. E o quarto estava com um cheiro bizarro de álcool! Hahaha Nossa, nego deve ter bebido todas noite passada. Que beleza. Espero que ronquem pouco. Caaaaaaaaaaara, tem dois malucos da Finlândia no meu quarto! Lembrei de uma certa noite em Terê, nos tempos de PUC, qdo passamos horas desenvolvendo uma teoria de que a Finlândia ainda vai dominar o mundo... hahaha Bons tempos!! Bom, mas pelo menos o albergue tem elevador, pq subir escada carregando mala é a pior coisa da vida no momento que meu corpo começa a pedir arrego. O banho daqui que ta me deixando com a pulga atrás da orelha: só tem chuveiro de mão, e a torneira é igual às de banheiro de shopping, que vc tem que apertar pra sair água durante uns 10 segundos. E aí tem que apertar de novo. E de novo, de novo, de novo... um milhão de vezes. Não é possível que seja lusitano assim. It’s Europe, babe! Aliás, outra coisa que não tem cabimento é vc ter que usar as mãos pra abrir a lixeira do banheiro. Como assim num mundo tão civilizado a pessoa é obrigada a abrir a lixeira do banheiro com a mão pra poder jogar o papelzinho fora? Blergh! Não gosto nem de pensar nisso.

E tá frrrrrrrrrrrrrrrrrrriiiiiiiiiiiiiiiiiiooooooooooooooooo!!!!!! Muito mesmo.

Para ler ouvindo: Natiruts Reggae Power (Natiruts)
Deixe a energia do som te levar
A vibe positiva solta pelo ar
Quem sente com a alma
É capaz de amar
Tá sempre livre pra cantar...

3 comentários:

André Lucio disse...

Oi Marcelinha.
Enfim dei a caras. Desculpe, mas eu estava hiper envolvido com a minha defesa de mestrado que ocorreu na semana passada. Dei uma lida em vários do seus Posts e amei. Imagino que deve estar sendo uma experiência realmente fantástica. Um dia espero fazer uma loucura dessas tb. Não sozinho como vc, pq não tenho coragem. Se quiser me convidar para uma aventura dessas da próxima vez que vc for, estou dentro. Estou mesmo hein. Vamos para o Egito, para a China, Dubai, Burundi. Enfim pro mundo. rsrsrsrsrs. Muitas saudades. Volta logo para nos contar tudo pessoalmente. Muito beijos,
André

Unknown disse...

wow!!!!!!!!!!!...it's amazing. To "andando pelo mundo" tb...hehehe
we miss u, sweetheart. Take care of u. Kisses, with love,
aunty Dás :D

Unknown disse...

ôuôôooou! natiruts reggae power chegoooouuu! ôuôôooou! transformando toda noite em amôr! úl!
eu quero ir tb com vc e o andré!
me chaaama, me chaaama, me chaaaamaaaaaaa... (lobão).
bjooooooooo