quinta-feira, setembro 18, 2008

Barcelona - Caminhando contra o vento

Tentando reescrever o post perdido de Barcelona...


Só sei que eu dormi pacaralho. Acordei uma da tarde correndo feito uma louca pq o Museu Picasso só ficava aberto até 15h. Ufa, consegui chegar a tempo e ver a exposição, que é sensacional. De quebra, ainda havia uma exposição temporária sobre o quadro “As meninas”, do Velázquez, com pinturas de vários outros artistas baseadas nele. Mas é claro que a versão do Picasso é a mais louca. E a mais maneira tb. Uma das coisas que eu mais odeio na vida é excursão. E lá tinha um grupo de uns 1500 japoneses com um guia que falava várias gracinhas (pq eles riam de tudo, não é possível!). E as salas do museu são pequenas. Entao eu tentava ver os quadros meio rapidinho pra fugir da bodega da excursão da terra do sol nascente! Pq eles ocupavam metade das salas e impediam o resto da galera de ver vários quadros expostos. Saco!


De lá fui andando até o porto. Cara, nada melhor que ficar caminhando por ali, bem pertinho da água e das gaivotas. Cheeeeeeeeeeio à beça. O povo fica todo esparramado pelos bancos e pelo píer tomando um solzinho. Extremamente agradável mesmo. Segui a sugestão da Carol e fui no Aquário da cidade, que é um programa de criança e turista, mas é taaaaaaaaaaaao divertido!! E me baixou um santo tão paraíba lá que eu danei a tirar foto fanfa! O foda era tentar enquadrar a minha pessoa e um tubarão na mesma foto! Hahahaha Mas o povo todo tava fazendo isso. Impressionante como tem gente paraíba nesse mundo, né? E uma observação: nunca vi tanta gente fedida num mesmo lugar como nesse aquário. Que se passa???


Depois de um rolezinho ali pelo monumento do Colombo e pela Rambla, peguei o metro pra Sagrada Familia. Pq, hellooooooooooo, só tinha mais um dia em Barcelona e ainda não havia ido à atração mais importante da cidade! Como assim? Foi pra fechar o “pacote Gaudi” e realmente perceber que o cara era foda. Aquela igreja é muito doida, cara! E eu crente que ia pegar hooooooooras de fila pra subir na torre, cheguei lá e... subi. Simples assim. Tá, vc paga uma graninha pra entrar e mais um pouco pra subir. Mas tudo ta valendo. Ainda mais que é de elevador. A vista é legal, ver os detalhes da igreja de perto não tem igual e eu sou turista, oras! Mas pra descer, confesso que o bicho pegou. Era uma escadinha apertadinha, em caracol, escura e sem qq tipo de proteção pro vão central (um buraco negro). Cara! Bateu um desespero que eu nunca tinha sentido! Numa mao segurava a câmera, com a outra agarrei uma porrinha de um corrimão pequenininho, tremendo de pavor. Cheguei em terra firme, muitos minutos depois, com as pernas tremendo, toda tensa. E aí... quem disse que eu achava a saída? Ia pra uma porta: fechada. Dava a volta até outra porta: fechada. Pensei: fudeu. Fiquei presa na Sagrada Familia e só vou conseguir sair daqui amanha. Meu Deus, aquela igreja enoooorme, um silencio bizarro, cheia de material de construção espalhado. E seguro que o fantasma do Gaudi perambulava por ali. Caraca, essas coisas só acontecem comigo! Hahaha Acabou que eu encontrei a saída e fui me acalmar no McDonald’s do outro lado da rua com um maravilhoso McFlurry com Kit Kat. Gi, vc tem que provar isso! Ah, e o nome do sanduíche gostosao é Beef Supreme! Pessoas, comam! McDonald’s no exterior tb é cultura!


À noite fui com Gustavo, Flavinha e mais dois amigos deles (Lula e Nicoll) ao Ovella Negra, uma choperia super famosinha na cidade. O chopp e a sangria vem em jarra, amigo! Não é brinquedo não! Hehehe Cara, que lugar bacana! E a Carol Senra, minha amiga de passados remotos na Globosat e que agora mora aqui, ainda foi lá me encontrar. Que fofa! Carolzinha, adorei te ver, figura!!


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Último dia em Barcelona. E ainda tem coisa à beça pra ver! Segui os conselhos da Flavia e peguei um ônibus pro Parc Guell. E quem disse que eu encontrei? Ela falou pra eu saltar em frente a uma escada rolante, e eu to até agora procurando a tal da escada. Hahaha Peguei um ônibus no sentido contrário e voltei pro centro. Pelo menos ali eu sei andar. Aí aproveitei pra visitar a Catedral de Barcelona. Prontofalei: não gostei. Muito grande, muito escura, energia meio pesada e o serumano guardinha que ficava na porta não deixava entrar com os ombros e o colo à mostra. Tinha uma mendiguinha vendendo uns panos por 1 euro, mas eu sou espertinha e tinha um casaco na bolsa. E qdo eu entrei, tava cheio de velha de camiseta! Ora, faça-me o favor! Depois fui pro Palau de La Musica Catalana, mas tava fechado. Que peninha... só deu pra tirar umas fotinhos da fachada.


Aí sim, resolvi dar uma segunda chance ao Parc Guell, agora de metro. E deu certo! Viva! Gente, que lugar liiiiiiiiiiindo!!!! Andei tanto que deu uma caloria, menina! Várias outras maluquices bacaninhas do Gaudi. Aí cheguei no tal lagarto famosinho dele. E é ali que se concentra a maior quantidade de turista paraíba por metro quadrado. Pra tirar uma mísera foto do bichinho é um sofrimento pq sempre tem um ser imbecil e sem noção que monta no lagarto ou agarra o pobrezinho pra poder tirar foto e acaba prejudicando a foto do coleguinha. Respira, Marcela! Conta até 10!


Entao chegou o momento mais aguardado de toda a viagem: praia!! Uhuuuuuuuu!! Flavinha me levou em Bogatell, uma praia MARA! E como era segunda-feira, estava bem vazia. Tinha um gatinho espanhol bem perto da gente, um casal de gays tomando sol e uma velha fazendo topless. E aquele marzaaaaaaaaaao num azul que eu nunca vi antes. Caaaaaaaaara, queria ficar ali pra sempre. E como não sou de perder tempo, me joguei naquela imensidão azul e fria pra realizar o batismo em águas européias. Pq eu sou dessas, sabe? Uma pessoa chique, evoluída, que transcende. Toda me querendo com o bronzeado mediterrâneo.


Sentamos num restaurante de frente pro mar pra comer fideuá (não sei como se escreve, mas é um prato bem típico. Tipo uma paella, mas em vez de arroz tem um macarraozinho fininho e delicioso). Haja fruto do mar, minha gente! Me esbaldei! Aliás, quero deixar aqui uma homenagem e meu agradecimento especial à Flavinha. Além de uma super companhia pra qq programa (mesmo os turísticos e paraíbas), fez questão de me apresentar a todas as bebidas e comidas da região. E foi tb a responsável por me fazer beber cinco dias seguidos, fato inédito em minha vida.


No fim da tarde, fui dar uma última volta pelo Porto. Sentei num banquinho no píer, bem pertinho da água, cheio de gaivota pra lá e pra cá, um céu amarelo-rosa-azul, um ventinho gostoso. Foi minha despedida dessa cidade que ferve! Adoro momentos assim. Liguei o mp3 player e fiquei ali, pensando na vida.


À noite, Flavinha e Gustavo prepararam uma tábua com vários tipos de queijo e demais tapas espanholas. Huuuummm, delicinha! Cara, o albergue dos Radesca é alto nível! Hahahaha Obrigada, meninos! Amei ter estado aí com vcs!!


Para ler ouvindo: Shinny Happy People (REM), a música que tocou no meu mp3 qdo eu sentei pra contemplar o por-do-sol.

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